ALGUÉM TÁ MENTINDO! Ribamar Alves admite conversas sobre filiação de Flávio Dino ao PSB

ribamar_dinoO secretário de organização do PSB e prefeito de Santa Inês, Ribamar Alves, confirmou que o presidente da Embratur, Flávio Dino (PCdoB), esteve recentemente reunido com o governador de Pernambuco, Eduardo Campos, presidente nacional do PSB, e que os dois trataram da possibilidade de filiação do comunista aos quadros socialistas.

“O Eduardo Campos me contou que o Flávio Dino esteve reunido com ele e trataram sobre essa possibilidade, do PSB ser a nova legenda do presidente Embratur”, declarou Alves, em entrevista a O Imparcial.

O caso vem sendo mantido sob certo segredo pelo próprio Dino e por seus aliados. Ao titular do blog, na segunda-feira desta semana (11), o presidente da Embratur negou qualquer encontro com Campos. “Jamais houve tal encontro”, disse, categórico.

Segundo ele, a última reunião que manteve com o presidente do PSB foi em 2011. “A reunião que houve entre mim, Zé Reinaldo, Marcelo [Tavares] e Eduardo [Campos], foi no começo de 2011, há mais de dois anos”, completou.

Tem alguém mentindo.

O blefe de José Reinaldo

O ex-governador José Reinaldo resolveu reagir ao ímpeto do vice-prefeito de São Luís, Roberto Rocha, ambos do PSB, que toda semana reafirma sua candidatura ao Senado no ano que vem.

E usa o sobrinho, o deputado estadual Marcelo Tavares (PSB), para disseminar seu recado a Rocha.

Roberto Rocha provocou crise de ciumeira em José Reinaldo

Diz José Reinaldo, via Marcelo, que só não é candidato a senadora se não quiser. Clara manifestação de contrariedade pelos recentes movimentos de Roberto Rocha.

Ocorre que a reação – e qualquer um minimamente instruído sobre o que se passa na oposição sabe – não passa de blefe do ex-governador.

José Reinaldo será candidato a deputado federal. Isso é fato. O que ele diz sobre a disputa pelo Senado tem um único objetivo: fazer o vice-prefeito da capital “baixar a crista” e debater nas bases, como é tradição no PSB.

Mas a questão é: por que afrontar assim um aliado, só para mostrar que ele não tem assim tanto poder?

Vai ver a proximidade entre Roberto Rocha e Eduardo Campos explique.

Luis Fernando critica a “mudança de gogó”

roseanaO  secretário de Estado de Infraestrutura, Luis Fernando Silva (PMDB), cunhou ontem (13) uma expressão interessante para definir o discurso quase paranoico dos oposicionistas por “mudança” no Maranhão.

Sem projeto – como já revelaram Miosótis Lúcio, Eliziane Gama e Igor Lago (veja aqui e aqui) – e ansiosos pelo poder, comunistas, pedetistas e afins repetem o axioma da alternância de poder pela simples alternância de poder.

E o peemedebista foi “cirúrgico” ao comentar o assunto. Disse que a pregação da oposição não passa de “mudança de gogó”.

“O governo está investindo e realizando a mudança que o povo do Maranhão quer. Essa história de dizer que vai mudar o Maranhão só no ‘gogó’ não leva a nada. Se muda o Maranhão é trabalhando é fazendo o que estamos fazendo, investindo e melhorando a qualidade de vida das pessoas”, disse, ao analisar os investimentos de R$ 600 milhões que serão realizados na construção de estradas no interior do estado.

Não poderia ser mais preciso.

“Quem fala mal desse empréstimo, fala bobagem”, diz Roseana Sarney

A governadora Roseana Sarney (PMDB) resolveu usar um exemplo didático hoje (13) para explicar à oposição porque o Governo do Estado vai contrair do BNDES R$ 3,8 bilhões para investimento no programa “Viva Maranhão”.

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(Foto: Flora Dolores/O Estado)

Ao assinar os contratos para elaboração dos projetos para construção de 550 km de estradas no interior do Maranhão, ela revelou que as obras custarão aos cofres do Estado algo em torno de R$ 600 milhões, e que a viabilização dos serviços só será possível de imediato devido à parceria com o BNDES.

“Sem esse dinheiro, evidentemente que nós não poderíamos tocar um programa de desenvolvimento como nós estamos fazendo para o Maranhão. Quem fala mal desse empréstimo, fala bobagem, não sabe o que diz. Para fazer estradas custa dinheiro, hospitais também. E nós não temos esse recurso inteiro em caixa. Então, como se pode pagar, se pede o empréstimo. É como o cidadão comum, que não tem uma geladeira em casa, mas pode comprar a geladeira e pode pagar em prestação, e faz isso. É o que o Maranhão está fazendo”, declarou.

Para a governadora, os críticos do projeto “não têm o que falar”. “Quem critica é porque não tem o que falar. A gente está fazendo o nosso trabalho e sempre com muita responsabilidade, com muita visão de que o Maranhão precisa se desenvolver”, disse.

Leo Coutinho e Roseana

roseanaO prefeito de  Caxias, Leo Coutinho (PSB), relembrou na reunião da semana passada a portas fechadas com a governadora Roseana Sarney (PMDB), a proximidade que sempre teve com a peemdebista.

Fechados em uma sala quando alinhavavam os termos da parceria que deve garantir a instalação de um pólo industrial para uma das principais cidades dos Cocais, Roseana, Luis Fernando, Hildo Rocha e Humberto Coutinho ouviram do prefeito.

“Não terei dificuldades em fazer parceria com a governadora Roseana, afinal de contas, comecei minha vida na política votando nela e pedindo votos a ela”, declarou.

Quem sabe da proximidade dos Coutinho com os Lobão, entende que  essa não é uma declaração qualquer.

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IMAGEM DO DIA: apenas imagens

“Não abrirei mão de ser candidato ao Senado”, diz Roberto Rocha

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(Foto: Biné Morais/O Estado)

O vice-prefeito de São Luís, Roberto Rocha (PSB), parece mesmo decidido a levar  em frente seu projeto de candidatura ao Senado. Depois de fazer uma espécie de pré-lançamento e declarar  ter o “direito legítimo” de ser candidato a senador (veja), ele afirmou hoje (11) que já está até em pré-campanha.

“Já fiz muitos gestos, o último na eleição passada quando lutei para que o partido se mantivesse na aliança e não fosse compor coligação com o adversário. Para 2014 defendo a manutenção desta mesma aliança de 2012, se possível, mais ampliada, mas não abrirei mão de ser candidato ao Senado, já estou em pré-campanha”, afirmou Rocha, em entrevista ao jornalista Jorge Vieira.

Não é de hoje que Rocha vem mostrando certo ressentimento pela forma como vem sendo tratado pela oposição. A principal mágoa do socialista deve-se ao fato de ele ter conseguido levar o PSB “pelo beiço” para os braços do prefeito Edivaldo Holanda Júnior (PTC) – o que lhe garantiu melhor tempo de TV – e, mesmo assim, ter tão pouco espaço na administração da capital.

E, por isso, ele não quer mais arriscar. Vai mobilizar esforços para garantir o seu mandato, sem precisar depender dos caciques da oposição

Opinião? Não na oposição

ttUm fato curioso reforçou, ontem (10), uma tese do titular deste blog: a de que, entre os esquerdistas do Maranhão, há um patrulhamento sem fim da atividade jornalística.

Partem deles, na maioria dos casos, as perguntas sobre como é exercido, por exemplo, o controle da produção de jornalistas empregados no Sistema Mirante. E quase nunca acreditam quando confrontados com o fato de que há um clima de absoluta liberdade dentro das redações – respeitando-se, claro, a linha editorial dos veículos.

Mas, como se disse acima, um outro fato tornou ainda mais clara essa percepção. No domingo (10), após ler um artigo de Cunha Santos no qual ele defendia o direito de “falar mal de Sarney” (veja), o titular do blog fez o seguinte comentário no Twitter: “Só posso dizer uma coisa: Cunha Santos é um gênio. O Mario Vargas Llosa do Brasil”.

Ato contínuo, o colega Robson Paz, secretário-adjunto de Comunicação da Prefeitura e filiado ao PPS, respondeu: “Cunha Santos realmente é um gênio do jornalismo, o que não o impede de fazer análise equivocada como essa sobre a saúde”.

Ou seja, por ser o titular deste blog um governista, pensou Paz que o elogio a Cunha Santos partira por causa do artigo “Parem de torturar o povo de São Luís. Repassem os pacientes dos Socorrões para o Estado” (leia).

O que acabou levando-o a pecar duas vezes: primeiro por criticar um aliado assim, publicamente, diante de uma simples demonstração de independência – prova de patrulhamento; depois, por julgar o comportamento deste que vos escreve pelas suas próprias atitudes.

É que, para Robson Paz – como para praticamente 100% da oposição -, seria inimaginável um governista elogiar a produção de um oposicionista. Ainda mais “falando mal de Sarney”.

Tsc, tsc…

Oposição cada vez mais sem norte

roseanaNão é de hoje que a oposição no Maranhão anda fora de rumo. Desde a vitória em São Luís no ano passado – a principal dos oposicionistas desde a eleição comprada de Jackson Lago (PDT) – os principais líderes do anti-sarneísmo maranhense batem-cabeça para definir espaços num jogo que, até agora, só serviu para os afastar ainda mais.

O PDT não se entende com o PCdoB – principalmente na Secretaria de Educação de São Luís. O PSB acha que foi alijado do processo de formação da equipe que administra a capital.

E, mais recentemente, setores importantes da esquerda começaram a externar todas as críticas (e as mágoas também) que têm em relação ao principal expoente desse grupo: o presidente da Embratur, Flávio Dino (PCdoB).

Enquanto a turma dele ainda se recuperava das derrotas no debate sobre as acusações do comunista ao Tribunal Regional Eleitoral (TRE) do Maranhão, apareceram Miosótis Lúcio, Eliziane Gama, Igor Lago levantando a tese de que os comunistas não têm projeto para o Maranhão.

roseana2Eles recuaram e, no fim da semana passada, tentaram emplacar o discurso de que “o projeto a gente vê depois, agora é derrotar Sarney”. A emenda saiu pior do que o soneto, já que é justamente disso que o acusam os esquerdistas que se afastaram de Dino.

Sem tempo para respirar, já se viram diante de outra encruzilhada: como tratar a aproximação da governadora Roseana Sarney (PMDB) dos prefeitos de Timon, Luciano Leitoa, e de Caxias, Leo Coutinho, ambos do PSB.

Um dia após os encontros entre os três no interior, houve reação contra os dois socialistas – que eram acusados por aliados de “trair a causa”. Mas percebeu-se que essa não era a melhor estratégia e, agora, tentam a todo custo fazer parecer que são os governistas quem estão “maravilhados” com a capacidade de diálogo da oposição.

Argumento até bom, só que, mais uma vez, usado fora de tempo, principalmente depois do que já causaram nos dois prefeitos atacados. A verdade é que falta um timoneiro melhor na nau oposicionista. Ou ela continuará sem norte.

“Não subimos em palanque para falar mal dos outros”, dispara Roseana

roseanaA governadora Roseana Sarney endureceu o discurso, hoje (7), durante agenda de inaugurações nos municípios de Codó, São João do Sóter e Timon, contra a banda da oposição que, segundo ela, apenas “fala mal” da família Sarney.

Segundo ela, a oposição “não tem assunto para falar”, por isso “o único assunto deles é falar do Sarney”.

“Nós não subimos em palanque para falar mal dos outros. Andamos no Maranhão é para mostrar trabalho, inaugurar hospital, entregar estradas e promover geração de empregos. Os outros falam porque não tem assunto para falar. O único assunto deles é falar do Sarney. O assunto é só esse, eles não falam que o Maranhão vai crescer, que estamos gerando emprego, capacitando nossos jovens, só sabem é falar mal”, desabafou a governadora em São João do Sóter, onde foi inaugurado um hospital de 20 leitos.

Roseana também citou as críticas que são feitas ao modelo de construção de hospitais em pequenos municípios do estado. “Que história é essa que os municípios pequenos não têm direito a grandes hospitais? Que conversa é essa?”, questionou a governadora.

Na mesma linha, os secretários Ricardo Murad (Saúde) e Luis Fernando (Infraestrutura) questionaram o posicionamento dos críticos. Para Murad, a prova da inoperância dos oposicionistas está na história política do Estado.

“Quando eles estiveram à frente do Estado acabaram com o Maranhão”, alfinetou Murad.

Já o secretário Luis Fernando voltou a criticar o modelo de “mudança” dos oposicionistas.

“A verdadeira mudança que ocorre no Maranhão é a mudança para melhor, é a mudança que o nosso jovem precisa. É a mudança que gera resultados e que o governo da Roseana está fazendo, é a do trabalho de dar a oportunidade do nosso jovem se profissionalizar e ganhar seu lugar no mercado de trabalho – pontou o secretário.

Marqueteiros tentam convencer Flávio Dino a diminuir o “ar professoral”

flavio_dino_comissãoO encontro aconteceu há poucos dias. Foi num jantar, com a participação do presidente da Embratur, Flávio Dino (PCdoB).

À mesa, além de aliados políticos, marqueteiros.

E uma avaliação que mexeu com os brios do comunista: as recentes pesquisas de consumo interno mostram que o perfil de grande líder da oposição está dando lugar ao do togado de 2006.

O ar professoral com que entra nos debates e as opiniões nem sempre “políticas” sobre assuntos polêmicos têm dado ao grande público a ideia de que o pré-candidato acha-se, de fato, um “professor de Deus”.

A ordem, então, é mudar o tom – assim como já fizeram quando obrigaram Dino a “baixar a bola” no Twitter (reveja). Querem os marqueteiros uma atuação mais “propositiva” (foi o termo que utilizaram) do pré-candidato.

Como bom aluno que já mostrou ser, é capaz que haja um recuo por parte do comunista.