Veja abaixo nota emitida pelo DataM após a divulgação do post Leitor flagra pesquisador do DataM preenchendo questionários sozinho.
No comunicado, o jornalista José Machado, proprietário do instituto, reconhece que há pesquisadores que podem fraudar questionários, mas garante que há meios de evitar que esse comportamento interfira no resultado final das consultas.
“Nenhum questionário é aceito se o coletador não trouxer para serem digitadas todas essas informações, que são rigorosamente checadas”, disse.
Leia a íntegra da nota:
Meu caro Gilberto Leda,
Sei que você, como jornalista profissional que é, não se insere entre os que estão em campanha contra o Instituto Data M, que tem apenas um candidato por quem torce: o Sr. Acerto.
Assim, respondo, tranquilamente, à matéria publicada há pouco, em seu blog, sob o título“Pesquisador do Data M responde questionário sozinho”.
Temos por norma fiscalizar e auditar o trabalho de entrevistas de todo o pessoal de campo. Como são coletadores terceirizados, aqui e acolá algum deles pode se arvorar de entrevistador/eleitor. São conhecidos, neste ramo, como “falsificadores”. É trabalho dos institutos de pesquisa identificar e combater essa prática. Como fazê-lo? Exigindo, para cada questionário preenchido e devolvido, além dos dados de praxe (nome, idade, grau de instrução, sexo, renda e religião), endereço e telefone. E, através destes, entrando em contato com o entrevistado.
Nenhum questionário é aceito se o coletador não trouxer para serem digitadas todas essas informações, que são rigorosamente checadas.
Ontem mesmo, desligamos da nossa equipe de coletadores um senhor – não poderia dizer se é o mesmo que aparece no vídeo – cujos questionários de sua responsabilidade não “batiam” quando confrontados com alguns de seus entrevistados, em São Luís. Tivemos que mandar refazer o setor, dessa vez sob supervisão.
Tão logo tomei conhecimento da matéria, convidei, você, Gilberto, a vir, imediatamente, aqui, no escritório da empresa, para constatar essa providência e mostrar-lhes como funciona nosso SISTEMA DE CONTROLE E FISCALIZAÇÃO. Mas você, alegando compromisso particular, pediu-me que lhe dispensasse da formalidade. Mesmo assim, o convite continua de pé.
Resta dizer que é assim que trabalhamos. Sabemos da responsabilidade de fazer uma pesquisa para um cliente, pela importância das informações que reúne, do resultado em si, da repercussão, seja ela registrada ou não.
Somos maranhenses. Aqui vivemos, criamos e educamos os nossos filhos. Temos consciência de que a “prova dos nove” dos números de uma pesquisa eleitoral é o resultado do próprio pleito.
Acertamos, “na mosca” em 2012. Acertaremos, de novo, em 2014.
Atenciosamente,
Jornalista José Machado – Diretor do Instituto Data M