Governo recua mas inviabiliza Expoema, diz deputado

Área dos estábulos do Parque Independência; foto: Biaman Prado, de O Estado

Área dos estábulos do Parque Independência; foto: Biaman Prado, de O Estado

O deputado estadual Edilázio Júnior (PV) afirmou há pouco, na Assembleia Legislativa, que o Governo do Estado recuou em relação à decisão de tomar da Associação dos Criadores do Maranhão (Ascem)  Parque Independência.

Em reunião com os criadores realizada ontem, representantes do Executivo informaram que poderão ceder o espaço do Parque Independência para os criadores, neste ano, mas retomam novamente o controle do imóvel em 2017.

Ocorre que apesar de a decisão – “que só ocorreu por causa do desgaste provocado a Flávio Dino (PCdoB)”, reforçou Edilázio -, a realização da Expoema já está inviável.

Os criadores afirmam, por exemplo, que já devolveram aos bancos os recursos referentes a patrocínios para o evento, e que haverá dificuldade em contratar bandas – em decorrência do calendário de shows -, e serviços.

“O Governo recuou, mas inviabilizou, ao mesmo tempo, a realização da Expoema. Os criadores encaminharam ofícios ao Estado pedindo apoio ao evento em setembro do ano passado. Ou seja, Expoema se organiza com um ano de antecedência. O dinheiro aos bancos já foi devolvido e não há como contratar uma grade shows de uma hora para outras. As bandas são contratadas meses antes do evento”, disse Edilázio.

A Assembleia Legislativa discutira hoje, em audiência pública, uma solução para a realização da Expoema 2016. O evento, contudo, está suspenso, a pedido da Ascem.

Outro lado

O governador Flávio Dino (PCdoB) se manifestou em seu perfil, em rede social, sobre o tema. Ele afirmou que não procede a informação de que o seu governo acabou com a Expoema. Disse que essa versão é absurda, “inclusive porque se trata de evento privado, não governamental”.

Abaixo, a íntegra do posicionamento do governador.

“Não procede versão de que governo “acabou com Expoema”. Ela pode e deve se realizar, como já foi esclarecido inúmeras vezes.
O que o governo não concorda é com uma área pública imensa ficar abandonada para ser usada uma vez por ano. Vamos retomar para melhor gerir.
Versão de que governo “acabou com a Expoema” é absurda, inclusive porque se trata de evento privado, não governamental.
Áreas públicas devem ser geridas pelo Poder Público, visando ao interesse público. Uso privado deve ser excepcional, temporário e eficiente.
Trata-se, ademais, de área hoje eminentemente urbana, em que outros usos são mais razoáveis e eficientes, por exemplo projetos habitacionais”.