As incongruências do discurso de Arnaldo Melo

Arnaldo discursa em Passagem Franca

Um fato é inegável: ainda não agradou nem gregos, tampouco troianos, a gestão do deputado estadual Arnaldo Melo (PMDB) à frente da Assembléia Legislativa.

Deputados, funcionários e imprensa em geral reclamam dos métodos por demais austeros do novo presidente.

As nomeações – ou renomeações – de quem já estava na Casa estão saindo a conta-gotas.

A alguns diretores o peemedebista já anunciou que serão necessários cortes na equipe.

Mas Arnaldo Melo se defende.

Diz que são necessários alguns ajustes para adequar os gastos da Casa ao orçamento deste ano.

Perfeito… não fossem as incongruências desse discurso.

Como pode falar em austeridade financeira um presidente que, em duas semanas, já levou a estrutura da Assembléia Legislativa – com cerimonial e tudo – para audiências em Colinas e Passagem Franca, como revelado aqui na última sexta-feira?

A primeira é base eleitoral, a segunda, base eleitoral e cidade natal do presidente.

Ofício de Edson Araújo ao presidente

Como pode falar em ajustes orçamentários, um gestor que bancou com recursos do próprio Legislativo a alimentação de mais de 130 pescadores, a pedido de Edson Araújo (PSL), conforme informou em primeira mão o colega Luís Cardoso (veja documento ao lado)?

Há algo de errado nisso tudo: nas ações do Legislativo ou no discurso do presidente.