
Manoel Ribeiro deu parecer favorável
O deputado Manoel Ribeiro (PTB) ainda não baixou a guarda no confronto com o Governo do Estado. Nesta terça-feira (7), em reunião da Comissão de Constituição, Justiça e Cidadania (CCJ) da Assembléia Legislativa, deu mais uma amostra de que pretende levar a desavença adiante.
Como relator do projeto de Decreto Legislativo apresentado pelo deputado Rubens Junior (PC do B) para sustar os efeitos de uma cláusula do contrato entre o Estado e o Banco do Brasil garantindo à instituição financeira exclusividade na concessão de crédito consignado aos servidores estaduais, Manoel Ribeiro deu parecer favorável à matéria.
A atitude foi encarada pelos governistas como mais um ato de rebeldia do petebista, já que a orientação do governo é para que seja mantida a exclusividade contratual.
Para contornar a situação e evitar votação em plenário já nesta quarta-feira (8), o deputado Rogério Cafeteira (PMN) pediu vistas do projeto.
Proposta interessante
A verdade é que o deputado Manoel Ribeiro sabe onde está pisando. Apesar da determinação do Palácio dos Leões para que a proposta do deputado Rubens Junior não passe em plenário, nenhum dos deputados já ouvido por este blog sobre assunto nega que ela seja interessante.
“Principalmente porque atende ao anseio da maioria dos servidores”, contou um dos parlamentares governistas, nesta terça-feira.
E é jogando com a oposição e com os interesses pessoais e eleitorais de cada um dos colegas de parlamento que Ribeiro pretende emplacar uma derrota ao governo.
Encontro
Apesar da iminente perda da liderança por conta dos atos de rebeldia, Manoel Ribeiro conseguiu articular uma um encontro com a governadora Roseana Sarney (PMDB) no fim da manhã.
Mas não foi a governadora quem o convidou para uma conversa no Palácio dos Leões. Segundo apurou o blog, a reunião foi costurada pelo deputado Tatá Milhomem (DEM) e pelo secretário de Saúde, Ricardo Murad.
Manoel prometeu diminuir a intensidade dos ataques contra Fábio Gondim – estopim da crise -, mas não garantiu retirar as emendas à LDO, tampouco mudar seu voto na CCJ sobre a exclusividade do BB no caso do crédito consignado.
De outro lado, Roseana não deu certeza de que manterá Manoel na liderança do governo da Assembléia Legislativa.