“É um absurdo!”, diz deputado sobre mudança no Regimento da AL

Deputado ouvido pelo blog garante que os colegas do chamado Bloquinho não vão votar a favor do projeto de resolução que visa a modificar o Regimento Interno da Assembléia Legislativa permitindo a mudança de votos dos parlamentares mesmo após a apreciação das matérias.

Na prática, a medida – anunciada pelo presidente Arnaldo Melo (PMDB) na última quinta-feira (28) – é para permitir que todos os deputados mudem seu voto, antes da entrada em votação da matéria seguinte na mesma ordem do dia.

“Isso é um absurdo! O mínimo que podemos exigir é que os deputados estejam presentes e ligados no que está sendo votado”, argumentou nosso interlocutor.

Se vigorar esse posicionamento, o Bloquinho consegue barrar a matéria, já que a oposição e o PDT não devem aprovar o projeto.

Manobra

Apesar de o presidente Arnaldo Melo alegar que o projeto seria uma forma de evitar problemas provocados pela desatenção dos deputados – “que muitas vezes votam sem saber do que se trata o assunto” –, está claro que a manobra veio para garantir que não ocorram mais episódios como o que culminou com a convocação da secretária de Educação, Olga Simão, para tratar da greve.

Leia mais sobre a crise Bloquinho X Blocão no blog do Marco D’Eça.

Rogério Cafeteira é indicado vice-líder do governo na AL

Rogério Cafeteira: vice-líder

O deputado Rogério Cafeteira (PMN) foi indicado vice-líder do governo na Assembléia Legislativa. Ele aceitou a indicação.

O convite foi feito, a pedido da governadora Roseana Sarney (PMDB), pelo líder Manoel Ribeiro (PTB).

“Para mim é uma honra aceitar o convite. Isso mostra que, apesar de dois blocos na Casa, somos um só corpo atuando unido para dar à nossa governadora condições de fazer um bom governo”, declarou Cafeteira.

O gesto, mais do que efeitos práticos, está carregado de simbologia, qual seja: a união definitiva da base governista, costurada, principalmente, pelos secretários Luís Fernando Silva (Casa Civil) e Hildo Rocha (Articulação Política).

Bloco da União Democrática pode virar Blocão

Ainda sobre composição da futura Mesa Diretora e a relação de forças que se acomodam no plenário da Assembléia Legislativa, uma articulação tem movimentado os bastidores e envolve o PSDB.

É que os dois néfitos tucanos, Neto Evangelista e Fufuquinha, não estão nem um pingo dispostos a serem tutelados pela deputada Gardeninha. Ela quer liderar um bloco junto com o PDT. O PDT foge desse acordo como o diabo foge da cruz.

O problema da filha do prefeito João Castelo (PSDB) é que os novatos já se deram conta de que são maioria na bancada do partido e podem definir os rumos do tucanato estadual.

E, nesse cenário, o ninho perfeito para o pouso dos tucanos é o governo. E é aí que o Bloco da União Democrática pode se fortalecer.

Isso porque, se forem para o chamado Blocão, que já conta com 16 membros, os tucanos comporiam um grupo de 19 deputados, o que não lhes garante nenhuma vaga a mais na composição da Mesa.

Sendo assim, Neto, Fufuquinh e Gardeninha teriam que entrar na briga com DEM, PV, PTB e PMDB por um posto.

Nada bom.

Mas se agregarem com o antigo bloquinho – também de viés governista – a bancada subiria de 14 para 17 membros. O que não só daria ao PSDB uma vaga direta na Mesa, pelo critério da proporcionalidade, como garantiria ao BUD o status de Blocão.

Nada mal…

Resolução de Marcelo Tavares pode ser um tiro no pé

Marcelo Tavares: erro de estratégia?

A resolução proposta pelo deputado Marcelo Tavares (PSB) e aprovada no fim do ano passado, garantindo a formação de blocos parlamentares com apenas quatro membros, pode acabar se revelando um empecilho nas intenções do ainda presidente de unir a oposição num grupo mais forte.

Ocorre o seguinte: o PDT tem quatro deputados – Camilo Figueiredo, Graça Paz, Carlinos Amorim e Valéria Macedo.

Em cenários normais, o mais correto seria imaginar uma composição com o PSDB de Gardeninha, Fufuquinha e Neto Evangelista. Mas a filha do prefeito está isolada pelos dois novatos, que podem pender, inclusive, para algum bloco do governo.

O PDT não vai junto, apesar de o blog ter apurado que Ricardo Murad (PMDB) já teria conversado sobre o assunto com Graça Paz (PDT). A negociação não evoluiu.

Do lado da oposição, o grupo do atual presidente, Marcelo Tavares, tem cinco deputados. Se compuser com PPS, PSB e PC do B, o PDT acaba formando um bloco de 9 deputados, o que lhe garantiria uma vaga na Mesa que não seria disputada com ninguém. Já seria automaticamente do PDT e de Graça Paz. Bom negócio.

“Ainda não desistimos [de ter o apoio do PDT]”, diz fonte graúda oposição.

O problema é a nova resolução. Se quiserem, os pedetistas formam o bloco de um partido só, também garantem uma vaga na Mesa – também para Graça Paz – e, de lambuja, levam uma liderança, com tempo para falar no grande expediente. Um ótimo negócio!

Um verdadeiro tiro no pé disparado pelo próprio presidente.

Discussão sobre pedidas do blocão e do bloquinho superadas; acerto agora é entre PMDB e PV

Ao que tudo indica, a discussão entre os membros dos dois blocos governistas – vulgarmente chamados blocão e bloquinho – está superada.

Interlocutores dos dois grupos garantem que não há mais o que se debater e que ficou acertado que a primeira pedida é da dupla PMDB/PV e a segunda da turma de Jota Pinto, Rogério Cafeteira e Cia.

O novo embate, agora, se dará dentro do próprio blocão, mas pode acabar “respingando” no bloquinho.

Ocorre o seguinte: o PMDB tem seis deputados e, tecnicamente, seria o dono da primeira pedida – fora a Presidência, já garantida, por consenso, a Ricardo Murad.

Mas foram os próprios peemedebistas que levantaram questão para que Murad não fosse contado como indicação do partido, já que é consenso.

Sendo assim, o futuro presidente não figura, também, na contagem dentro do blocão. Assim, o PMDB fica com 5 deputados, mesmo número do PV.

Os dois, então, vão ter que se entender para saber quem terá direito à primeira pedida.

E é aí que o destino de Jota Pinto (PR) pode ser decidido.
Se o PMDB fizer a primeira pedida, vai optar pela 1ª Vice-Presidência. Jota seria o 1º Secretário.

Se for do PV a pedida inicial, o partido escolhe a 1ª Secretaria, e Jota Pinto vai para onde quer, a 1ª Vice-Presidência. E ficaria tudo resolvido.

Ficaria…