Stênio Rezende diz que dois blocos de governo são viáveis

O líder do Bloco Parlamentar pelo Maranhão (BPM), Stênio Rezende (PMDB), declarou, nesta terça-feira (8), que não vê problemas na manutenção de dois blocos de governo na Assembléia Legislativa.

Além do BPM, o Bloco da União Democrática (BUD), liderado pelo deputado Eduardo Braide (PMN), também é alinhado ao Palácio dos Leões.

“Se for para juntar todo mundo, estamos abertos, mas não vejo problema algum em ficarem dois blocos de governo na Casa”, disse.

Apesar disso, ainda há a possibilidade de que todos os governistas unam-se em um único grupo. O problema seria regimental, já que a formação dos dois blocos já foi publicada no Diário da Assembléia.

Quem sair, só pode entrar em outro bloco na próxima sessão legislativa, ano que vem.

Três deputados querem deixar Bloquinho e integrar BPM

Os deputados Alexandre Almeida (PT do B), Edson Araújo (PSL) e Léo Cunha (PSC) deram entrada, nesta quinta-feira (3), em ofício esclarecendo que não assinaram documento formando o Bloco da União Democrática (BUD).

Na explicação escrita – igual para os três deputados -, eles argumentam que nunca integraram oficialmente o BUD, bloco do qual dizem desconhecer até o nome, e que os seus nomes foram incluídos em bloco para fins exclusivos de “formação de chapas para concorrer à Mesa Diretora”.

Segundo os três, eles fazem parte do Bloco Parlamentar pelo Maranhão – estão inclusive na lista que cria o BPM e designa Stênio Resende (PMDB) o seu líder.

No Diário da Assembléia desta quinta, no entanto, já está publicada a formação do Bloco da União Democrática, com as assinaturas de Alexandre Almeida, Edson Araújo e Léo Cunha. O documento teria sido subscrito dia 1º de fevereiro.

Segundo Marcelo Tavares (PSB), devido a isso, os deputados não podem mais compor o BPM. Regimentalmente, é facultado a qualquer parlamentar deixar um bloco. “Mas eles têm que ficar isolados, usando o tempo de reserva. Não podem integrar um novo bloco”, declarou o ex-presidente.

E isso por um ano, segundo explica a Secretaria Geral da Mesa.

Em contato com o blog, por telefone, o deputado Alexandre Almeida disse que tomou a decisão “por questões políticas”. Ele afirmou que realmente oficializou  a entrada no BUD, mas que já assinou a saída.

“Assinei esse requerimento [de saída do bloco], mas ainda existem questões a serem tratadas e o presidente Arnaldo Melo está conduzindo esse processo com muita habilidade”, ressaltou.

O blog ainda não conseguiu contato com os demais deputados envolvidos na polêmica.