TJ recebe denúncia contra Sebastião Madeira

sebastiao_madeiraEm decisão da 1ª Câmara Criminal, o Tribunal de Justiça (TJ) recebeu, por unanimidade, denúncia contra Sebastião Torres Madeira (PSDB), prefeito do município de Imperatriz; Hudson Alves Nascimento; Elson de Araújo e Denise Magalhães Bride, por crimes contra Lei de Licitações.

Segundo o Ministério Público (MP), a Prefeitura de Imperatriz teria firmado contrato de prestação de serviços de publicidade, no valor de R$ 4 milhões, através de licitação, que teve a empresa Open Door Ltda como vencedora.

Contudo, segundo relata a denúncia, Sebastião Madeira, na qualidade de prefeito, permitiu que o procedimento licitatório se realizasse, mesmo sendo ele o ordenador de despesas e principalmente, após ter sido comunicado e informado das ilegalidades ocorrentes no procedimento licitatório em questão, validando-o e posteriormente, determinando sua continuidade, mesmo contra a manifestação do Ministério Público Estadual.

Em sua defesa, Madeira alegou a falta de justa causa para o oferecimento da denúncia pelo Ministério Público, em razão da inexistência da prática de crime de qualquer natureza.

Na sessão que apreciou o pedido do Ministério Público, o relator, desembargador Raimundo Melo afirmou que “para o recebimento da denúncia é suficiente a comprovação da materialidade delitiva e a exposição dos fatos tidos por criminosos, só podendo ser rejeitada a inicial acusatória quando o fato narrado não constituir crime, já estiver extinta a punibilidade ou for manifesta a ilegitimidade da parte ou faltar condição exigida pela lei para o exercício da ação penal”.

Segundo o relator, os fatos narrados na denúncia apontam fortes indícios de autoria e materialidade na prática do crime previsto na Lei 8.666/93, que instituiu normas de licitações e contratos da administração pública.

“A peça acusatória descreve fato em tese subsumido em norma penal incriminadora, com base em prova documental e testemunhal colhida no decorrer das investigações preliminares”, observou.

Explicou também que a falta de justa causa, conforme entendimento já pacificado, restringe-se às situações especiais, como nos casos em que é evidente e inafastável a negativa de autoria, quando o fato narrado não constitui crime, sequer em tese, e em situações similares. “A busca da verdade real exige o cotejo das provas com exame acurado dos elementos colhidos durante ao conjunto probatório da ação, circunstância que jamais pode ser dirimida nesta fase processual”, finalizou.

Ex-prefeito de Apicum-Açu é acionada na Justiça

Por ter realizado contratação irregular de servidores, o ex-prefeito de Apicum-Açu, Benonil da Conceição Castro, foi acionado judicialmente pelo Ministério Público do Maranhão em Ação Civil Pública por ato de improbidade administrativa, nesta quarta-feira, 11.

A ação tem como base Representação formulada pelo Sindicato dos Profissionais de Enfermagem do Maranhão contra o Município de Apicum-Açu, que originou processo administrativo instaurado no âmbito da Procuradoria Regional do Trabalho da 16ª Região, na época em que o ex-gestor administrou a cidade, de 2005 a 2008.

Segundo o promotor de justiça Francisco de Assis Silva Filho, que responde pela Promotoria de Bacuri, da qual Apicum-Açu é termo judiciário, a irregularidade do ex-prefeito consistiu na contratação de servidores sem a devida aprovação em concurso público. “A existência dos atos de admissão ilegal de servidores está provada pela lacuna e omissão na emissão de respostas às inúmeras notificações com o fito de apresentar documentações inseridas no Termo de Ajustamento de Conduta (TAC) firmado entre o município e o Ministério Público do Trabalho”, informa o representante do Ministério Público.

Como penalidade ao ex-prefeito, na Ação Civil, é requerida à Justiça a perda da função pública; a suspensão dos direitos políticos de cinco a oito anos; a proibição de contratar com o Poder Público ou receber benefícios ou incentivos fiscais ou creditícios, direta ou indiretamente, ainda que por intermédio de pessoa jurídica da qual seja sócio majoritário, pelo prazo de cinco anos.

Maria do Amparo agora atua em Balsas

Louca do IPTUA ex-secretária de Planejamento de João Castelo (PSDB), Maria do Amparo, que foi denunciada pelo Ministério Público junto ao prefeito e ao também ex-secretário Domingos Brito [Habitação] por improbidade administrativa, agora atua em Balsas.
É ela, segundo denúncias ao blog, quem manda e desmanda na gestão de Rochinha (PSB), irmão do vice-prefeito de São Luís, Roberto Rocha (PSB).

Maria do Amparo, que ficou conhecida no cenário político como “a louca do IPTU” [quem a chamava assim era o deputado Roberto Costa (PMDB)] por ter armado o maior barraco na Assembleia Legislativa em uma audiência pública que tratava de uma fraude no IPTU 2011, segundo fontes de Balsas, é apresentada no município como técnica federal e passou a atuar na administração pública.

Ela responde a processo na 5ª Vara da Fazenda Pública por fraude no processo de preparação e validação técnica da Planta Genérica de Valores (PGV) para fim de elaboração do IPTU de 2011, que teve reajuste de até 8.500%. A proposta foi derrubada na Justiça Estadual após uma série de reportagens de O Estado que denunciou as irregularidades.

O blog aguarda mais informações…

Promotor pede afastamento da prefeita Socorro Waquim

O promotor Eduardo Borges, da 4ª Vara de Timon, pediu o afastamento da prefeita de Timon, Socorro Waquim (PMDB), por improbidade administrativa.

Na Ação Civil Pública, protocolada na última terça-feira (18), ele pede, ainda, a indisponibilidade dos bens da prefeita e da irmã, Suely Almeida Mendes, secretária de Educação.

Socorro Waquim é acusada principalmente pelo atraso no pagamento de servidores púbicos durante todo o ano de 2010.

O Ministério Público também requer a busca e apreensão de computadores e outros meios de provas junto a Prefeitura e a Secretaria Municipal de Educação.

Outro lado

A assessoria de comunicação informou ao blog que a Prefeitura de Timon vai aguardar o posicionamento da Justiça. Adiantou, no entanto, que as áreas de Saúde e Educação, responsáveis por 80% da folha de pagamento do Município e principais objetos da ação do MP, estão “rigorosamente em dia”.