Bolsonaro diz que Lula não merece compaixão por estar na cadeia

O presidente Jair Bolsonaro (PSL) comentou, em entrevista à Veja, a prisão do ex-presidente Lula (PT).

Segundo ele, o petista não merece compaixão porque “estava trabalhando para roubar também a nossa liberdade”.

“Mesmo dentro do quartel você sente [citando sua própria prisão, quando ainda servia ao Exército]. Imagine o Lula dentro de uma cela. O cara sente. Ele saiu de uma situação de líder para a de um cara preso, condenado por corrupção. Apesar disso, não tenho nenhuma compaixão em relação a ele. Ele estava trabalhando para roubar também a nossa liberdade”, disse.

Durante a entrevista, Bolsonaro disse que sofre”sabotagens” no governo, com ministérios aparelhados e políticos inexperientes que esperavam dele resolver problemas “no peito e na raça”.

“É uma luta de poder. Há sabotagens às vezes de onde você nem imagina. No Ministério da Defesa, por exemplo, colocamos militares nos postos de comando. Antes, o ministério estava aparelhado por civis. Havia lá uma mulher em cargo de comando que era esposa do 02 do MST. Tinha ex-deputada do PT, gente de esquerda… Pode isso? Mas o aparelhamento mais forte mesmo é no Ministério da Educação”, disse o presidente.

Bolsonaro disse não ser contra os estudos nas escolas e universidades sobre Che Guevara, o guerrilheiro líder da Revolução Cubana, contanto que também se fale aos estudantes sobre o coronel Brilhante Ustra (apontado como torturador durante a ditadura militar). Ele reconheceu, porém, que errou ao nomear Ricardo Vélez para a Educação, sob indicação do guru Olavo de Carvalho.

Na visão do presidente, falta “patriotismo para algumas pessoas que decidem o futuro do Brasil”. Contou que sente uma pressão “muito grande” no cargo, sob as acusações de não ter governabilidade. “Mas o que é governabilidade?”, questionou. Para Bolsonaro, a maioria dos parlamentares já entendeu a mudança de como se faz política em sua gestão.

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“Se o Lula acredita no candidato ele passa a ter peso maior”, diz Roseana

roseanaUm dia depois da reunião do ex-presidente Lula (PT) com o senador Edison Lobão Filho, pré-candidato do PMDB ao Governo do Estado, a governadora Roseana Sarney (PMDB) avaliou o apoio que petista garantiu para a manutenção da aliança PT/PMDB no Maranhão.

“Muito importante isso [apoio do ex-presidente Lula à pré-candidatura de Lobão Filho], porque a aliança PT/PMDB não é uma aliança maranhense, é uma aliança nacional”, disse.

Segundo ela, a pré-candidatura de Lobão Filho ganha ainda mais peso com o apoio do ex-presidente.

“O Lula é uma pessoa muito querida em todo o Brasil, porque é uma pessoa que fez o melhor para o Brasil, trabalhou muito e as pessoas acreditam nele. E se o Lula acredita no candidato ele passa a ter um peso muito maior com a sua candidatura no nosso estado”, disse.

Lula e Lobão Filho estiveram juntos na noite de ontem (14), em São Paulo, quando o petista confirmou que a aliança PT/PMDB será reeditada  no Maranhão e, ainda, fez duras críticas ao fato de o pré-candidato do PCdoB, Flávio Dino, cobrar apoio do PT ao seu projeto, ao mesmo tempo em que trabalha alianças com partidos de adversários da presidente Dilma Rousseff (PT).

Médico de Lula diz que chance de cura é de 80%

Do site do Fantástico

O ex-presidente Lula teve diagnosticado um tumor na laringe neste sábado (29), em São Paulo. Este domingo foi um dia de repouso para Lula, inclusive repouso vocal. O ex-presidente recebeu uma ordem expressa dos médicos de poupar a garganta, de não falar. E ele está seguindo esta orientação à risca.

No apartamento, em São Bernardo do Campo, o ex-presidente apareceu em dois momentos; com o neto no colo e, depois sozinho, e de chapéu. Ele se recupera da intervenção cirúrgica que fez neste sábado, uma biópsia para investigar o tipo de câncer que tem na laringe.

Já a Dona Marisa foi à sacada e acenou para os jornalistas, que fizeram plantão na porta do prédio.
Lula passou o domingo em casa, acompanhado da família e descansando para enfrentar, nesta segunda-feira, a primeira sessão de quimioterapia.

No meio da tarde, recebeu a visita do doutor Roberto Kalil filho, chefe da equipe médica que o acompanha.

Por causa do tratamento, a agenda de viagens nacionais e internacionais do ex-presidente até janeiro próximo foi suspensa.

Metalúrgicos da força sindical exibiram, durante uma assembleia pela manhã, em São Paulo, uma faixa com mensagens de apoio ao antigo companheiro.

À tarde, no estádio do Pacaembu, o corintiano mais famoso também foi lembrado. Jogadores entraram em campo torcendo por ele. Em casa, o ex-presidente que acompanhava o início da partida contra o Avaí viu pela televisão e se emocionou com o gesto de carinho.

A primeira sessão de quimioterapia a que o ex-presidente será submetido nesta segunda vai incluir três medicamentos. O repórter José Roberto Burnier conversou com o médico de Lula. Ele acredita que a chance de cura é muito grande.

Dr. Roberto Kalil Filho está coordenando a equipe médica que está acompanhando o ex-presidente Lula. Ele é médico particular de Lula há mais de 20 anos e esteve com o ex-presidente neste domingo. O médico disse que Lula está tranquilo e confiante: “Evidentemente, por orientação médica, ele está falando menos, para poupar as cordas vocais. Ele está um pouco mais rouco, porque foi submetido a exames ontem. Então, isso causa um processo inflamatório. Ele está tranquilo, sem dor, ciente do diagnóstico, ciente das etapas de tratamento. Não digo a você que se recebe bem uma notícia dessa, mas ele recebeu otimista e com força”.

Mesmo sem poder falar, Lula deu instruções. O médico disse que o ex-presidente fez questão que o hospital lançasse um boletim médico. E, por determinação dele, Dr. Roberto conversou com a imprensa.

“Não dá pra dizer que o tumor foi descoberto bem no início, nem muito avançado. É um tumor localizado e os oncologistas acham que a resposta da quimioterapia vai ser muito boa. Do ponto de vista clínico, ele é uma pessoa extremamente estável e saudável. Pontualmente, por ter descoberto um tumor de laringe, ele vai ter que ser submetido a um tratamento mais agressivo com quimioterapia”, explica o médico.

Lula vai receber cm coquetel com três medicamentos: taxotere, cisplatina e fluorouracila. A ação da quimioterapia é semelhante no tratamento de qualquer tipo de câncer. O medicamento age para tentar interromper a multiplicação desordenada das células.

Lula e Roseana deixam repórter do Estadão sem fala

Lobão, Lula, Roseana e João Alberto durante visita à obra da Hidrelétrica de Estreito

O presidente Lula (PT) e a governadora Roseana Sarney (PMDB) reagiram a contento e deixaram caladinho o repórter Leonencio Nossa, do Estadão, que tentou polemizar com o petista sobre mais uma vinda ao Maranhão.

Lembrem-se que o Estadão é o mesmo que tem rixa antiga com o grupo Sarney por conta da Operação Factor – outrora Operação Boi Barrica, na qual estava envolvido o empresário Fernando Sarney.

“Se você tiver que fazer algum protesto, você vai para o Amapá, porque foi lá que o povo elegeu Sarney. E vai para São Paulo, porque o povo elegeu Tiririca. Na medida em que a pessoa é eleita e toma posse, ela passa a ser uma instituição e tem que ser respeitada”, disse o presidente, quando perguntado se sua visita era uma forma de agradecimento ao senador José Sarney (PMDB-AP).

Ele disse, ainda que a pergunta era “preconceituosa” e que tratava-se de “uma doença”. Sugeriu, também, que o repórter procurasse tratamento e psicanálise.

“Uma pergunta preconceituosa como esta é grave, para quem está oito anos cobrindo Brasília. Demonstra que você não evoluiu nada. É uma doença. O Sarney colaborou muito para a institucionalidade. Eu não sei por que o preconceito. Você tem de se tratar. Quem sabe fazer psicanálise”.

Foi nesse momento que a governadora Roseana Sarney entrou na conversa.

“É preconceito contra a mulher. Eu fui eleita governadora do Maranhão para tomar conta do povo”, disparou.

Lula completou: “Sarney não é o meu presidente. Ele é o seu presidente do Senado, ele é o presidente do Senado deste País. Eu lamento que [você] não tenha tido evolução”.

Lula homenageia Gastão Vieira por empenho na expansão do ensino técnico superior

Gastão posa ao lado de Lula, Natalino Salgado (UFMA) e Fernando Haddad (Educação)

Uma cerimônia realizada no Palácio do Planalto, em Brasília, marcou a conquista da meta prevista pelo Plano de Expansão da Rede Federal de Educação Profissional, Científica e Tecnológica, e o avanço do Programa de Expansão e Reestruturação das Universidades Federais (Reuni).

Com empenhada participação na luta pela expansão da Rede Federal, assim como do Reuni, o deputado federal Gastão Vieira (PMDB) participou da cerimônia, na qual o Presidente Lula e o Ministro da Educação, Fernando Haddad, oficializaram 30 escolas federais de educação profissional e 25 campi ligados a 15 universidades federais.

Durante a cerimônia, Gastão Vieira foi homenageado por ter a iniciativa de levar o campus da Universidade Federal do Maranhão para a cidade de Chapadinha, além dos IFETS para Açailândia e Alcântara, ambos já entregues pelo presidente. O deputado foi homenageado ainda por ter sido o relator do projeto que criou o IFET de São Raimundo das Mangabeiras, de iniciativa do então diretor geral do Senado, Raimundo Carreiro, hoje ministro do Tribunal de Contas da União.

De acordo com o MEC, de 2005 até hoje, foram criadas 214 novas escolas. E com o Reuni, foram criados 126 novos campi e unidades universitárias, passando dos 148 existentes até 2002 para 274, já em funcionamento em 2010. Hoje, as universidades federais estão presentes em 230 municípios nas 26 unidades da federação e no Distrito Federal.

Serra critica Lula na França e ouve: “Por que não te calas?”

José Serra: era melhor ficar calado

Derrotado nas urnas, o ex-candidato tucano à presidência, José Serra, participou nesta sexta-feira do encerramento do XI Fórum de Biarritz, no sul da França – dedicado a analisar as relações entre América Latina e União Europeia (UE) – a acusou o governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva de desindustrializar o país e fazer “populismo” de direita em matéria econômica. Da plateia, um homem reagiu e gritou: “Por que não te calas?”

Durante sua palestra, Serra argumentou que não pôde discutir como gostaria durante a campanha eleitoral e declarou que o Brasil é um país fechado ao exterior. “Há um processo claro de desindustrialização”, afirmou, criticando “a fraqueza” dos investimentos do governo e a elevada carga tributária.

“É um governo populista de direita em matéria econômica”, afirmou, complementando que a a democracia não é só ganhar eleições, “é governar democraticamente”.

O tucano também criticou o modelo de orçamento participativo, no qual o contribuinte pode decidir sobre a distribuição de parte dos impostos, adotado pelo Brasil e por outros países latino-americanos.

O ex-candidato também acusou o governo de se unir a ditaduras, como a do Irã. Neste momento, foi interrompido por um membro da Fundação Zapata, do México, que estava na plateia, e gritou: “Por que não te calas?”, provocando um momento de agitação.

(As informações são do Jornal do Brasil)