Carlinhos Amorim rebate críticas da oposição sobre posicionamento do PDT na Assembléia

Carlinhos: todos votaram com o governo

O deputado Carlinhos Amorim (PDT), rebateu, nesta quinta-feira (3), as críticas que o partido vem recebendo pelo fato de a bancada pedetista na Assembléia Legislativa ter fechado questão com o deputado Ricardo Murad (PMDB) em torno do apoio ao Governo do Estado.

Segundo Amorim, todos os partidos de oposição declararam apoio ao Governo, no momento em que escolheram Ricardo Murad, ou Arnaldo Melo, ambos peemedebistas.

“Tanto Ricardo Murad, quanto Arnaldo Melo são do PMDB, são roseanistas. Se é para questionar o PDT, porque votou com Ricardo Murad, vamos questionar o PSDB, o PC do B e o PPS, que votaram com Arnaldo Melo, portanto, votaram com o governo”, afirmou.

A verdade é que, após a eleição de Arnaldo Melo presidente da Casa, a oposição murchou.

Oposição foi a maior derrotada com eleição de Arnaldo Melo

Eleição de Arnaldo enfraquece a oposição

Houve quem, na oposição, comemorasse a eleição do deputado Arnaldo Melo (PMDB) para o cargo de presidente da Assembléia Legislativa.

Sem sentido.

Se há um grande derrotado em todo o processo que culminou com a derrocada de Ricardo Murad (PMDB) do posto de virtual-presidente e a assunção do Bloquinho ao status de Blocão, este foi o grupo oposicionista.

Senão, vejamos: a Mesa Diretora é formada majoritariamente por governistas, desde o seu presidente, passando por secretários e vice-presidentes. Dos nove, apenas dois deputados de oposição foram eleitos.

Um deles é o tucano Neto Evangelista, cujo partido aderiu ao Bloco de União Democrática, declaradamente de apoio ao governo.

No meio do embate entre Blocão e ex-Bloquinho, a bancada do PDT na Casa também aliou-se ao Palácio dos Leões. Graça Paz, Vianey Bringel, inclusive, compuseram a chapa encabeçada pelo deputado Manoel Ribeiro (PTB).

Restaram na oposição Marcelo Tavares (PSB), Rubens Pereira Jr. (PC do B), Luciano Leitoa (PSB), Eliziane Gama (PPS) e Cleide Coutinho (PSB).

São cinco, contra 37 parlamentares claramente governistas.

Não fossem as articulações para garantir a coesão do Bloco de União Democrática, a oposição teria, no mínimo, 9 membros, divididos em dois blocos – com a possibilidade de ainda atrair o PSDB.

Para quem poderia ficar com 12 e terminou o processo com apenas 5 membros…

Quem saiu perdendo?

Resolução de Marcelo Tavares pode ser um tiro no pé

Marcelo Tavares: erro de estratégia?

A resolução proposta pelo deputado Marcelo Tavares (PSB) e aprovada no fim do ano passado, garantindo a formação de blocos parlamentares com apenas quatro membros, pode acabar se revelando um empecilho nas intenções do ainda presidente de unir a oposição num grupo mais forte.

Ocorre o seguinte: o PDT tem quatro deputados – Camilo Figueiredo, Graça Paz, Carlinos Amorim e Valéria Macedo.

Em cenários normais, o mais correto seria imaginar uma composição com o PSDB de Gardeninha, Fufuquinha e Neto Evangelista. Mas a filha do prefeito está isolada pelos dois novatos, que podem pender, inclusive, para algum bloco do governo.

O PDT não vai junto, apesar de o blog ter apurado que Ricardo Murad (PMDB) já teria conversado sobre o assunto com Graça Paz (PDT). A negociação não evoluiu.

Do lado da oposição, o grupo do atual presidente, Marcelo Tavares, tem cinco deputados. Se compuser com PPS, PSB e PC do B, o PDT acaba formando um bloco de 9 deputados, o que lhe garantiria uma vaga na Mesa que não seria disputada com ninguém. Já seria automaticamente do PDT e de Graça Paz. Bom negócio.

“Ainda não desistimos [de ter o apoio do PDT]”, diz fonte graúda oposição.

O problema é a nova resolução. Se quiserem, os pedetistas formam o bloco de um partido só, também garantem uma vaga na Mesa – também para Graça Paz – e, de lambuja, levam uma liderança, com tempo para falar no grande expediente. Um ótimo negócio!

Um verdadeiro tiro no pé disparado pelo próprio presidente.

Flávio Dino quer “frente” disputando a prefeitura, mas tem muitos cacos a juntar

O deputado federal Flávio Dino (PC do B) declarou no Twitter, que uma frente de oposição deve ser formada para disputar as eleições de 2012 em São Luís. Segundo ele, o PC do B deve coligar com PDT, PSB, PPS, PCB, PTC, provavelmente para lançá-lo candidato contra o prefeito João Castelo (PSDB).

“A oposição deve disputar a eleição p/ prefeitura de São Luís, em uma frente formada PCdoB, PDT, PSB, PPS, PCB, PTC”, diz o comunista, concordando com recado postado pelo petista Sílvio Bembém através da rede social.

Na teoria, o plano é perfeito. O problema é a prática.

PDT, PSB e PPS estão se esfacelando em disputas internas e jogos de interesse que cada vez mais enfraquecem as legendas – vide caso Aderson Lago X Cândido Lima; ou, ainda, Marcelo Tavares/José Reinaldo X Ribamar Alves/Helena Duailibe.

O PTC, dos Edivaldos, parece mais interessado em compor com Castelo e o seu PSDB, de onde pode sair muito mais forte. Vai ser difícil convencer os trabalhistas-cristãos a aceitar coisa menor que a vaga de vice numa improvável composição.

E aí começam as velhas brigas por migalhas dentro da já combalida oposição.

Restaria ao PC do B o humilde PCB.

Mas há quem acredite na força aglutinadora do deputado. Para quem não conseguiu convencer Bira do Pindaré (PT) a ser seu vice em 2008, acho que a tarefa será difícil.

Nota do blog: post alterado às 17h47 para alterar informação. Na verdade, o tweet original é de Bembém, com o qual Flávio Dino concorda integralmente ao dar RT sem acrescentar nenhum comentário.

Oposição na Assembléia ficará reduzida a cinco deputados

Marcelo Tavares deve ser o líder do bloco

A partir da próxima legislatura, a bancada de oposição na Assembléia Legislativa deve ficar reduzida a nada mais que cinco deputados. O atual presidente, Marcelo Tavares (PSB), Rubens Jr. (PC do B), Eliziane Gama (PPS), Cleide Coutinho (PSB) e Luciano Leitoa (PDT) devem ser os únicos verdadeiros oposicionistas na Casa.

Há a possibilidade de que Graça Paz (PDT) e Bira do Pindaré (PT) também integrem o grupo, mas atualmente, como bloco, só existe a proposta de formação com os cinco citados. Marcelo deve ser o líder.

Estes cinco são os únicos que devem realmente entrincheirar-se contra o governo. Os demais, mesmo que não apóiem a administração da governadora Roseana Sarney (PMDB), não querem colar suas imagens à de Flávio Dino (PC do B), que é quem deve liderar a oposição até 2014.

Assim, ficarão numa espécie de limbo, votando normalmente a favor do governo sem estar diretamente ligado a ele, mas nunca atrelados aos dinistas.

É como se apresenta o cenário no momento.

O nada confiável Edson Vidigal…

É sempre assim: basta os interesses do ex-presidente do STJ serem contrariados para ele “sair atirando” para todo lado.

Vidigal: o "Menino Maluquinho" da política maranhense

Nesta sexta-feira (29), em entrevista ao programa do jornalista Sandro Morais, na Rádio São Luís AM, Vidigal contou detalhes de uma reunião ocorrida em maio deste ano em Matões, na residência do ex-deputado Rubens Pereira, e fez duras críticas a aliados.

Segundo ele, participaram do encontro, dentre outros, o ex-prefeito de São Luís Jackson Lago (PDT), o ex-governador José Reinaldo (PSB), o deputado federal Roberto Rocha (PSDB), além dele próprio e do dono da casa, acompanhado da esposa, a prefeita Suely Pereira, e do filho, o deputado estadual Rubens Pereira Junior (PC do B).

Na reunião, ainda de acordo com o ex-ministro, ficou acertado que Lago seria o candidato único das oposições, para forçar uma eleição plebiscitária “com quem quer que viesse do outro grupo” – como se, em maio, eles já não soubessem que era a candidata do PMDB.

Todos votaram a favor da tese. José Reinaldo foi voto vencido e Vidigal garante que ele foi o único que não aceitou a proposta e insistia na candidatura de Flávio Dino.

E é nesse ponto que o candidato derrotado ao Senado libera toda sua bile contra o ex-governador. Para ele, José Reinaldo foi o “arquiteto da derrota” de Jackson Lago.

“Dizem que ele foi o arquiteto da vitória de Jackson em 2006, mas foi também o arquiteto da derrota este ano”, disparou.

Não é a primeira vez

É bem verdade que essas declarações surgem após várias intervenções raivosas de José Reinaldo contra a candidatura do próprio ex-ministro e de Roberto Rocha – o ex-governador queria ser o único candidato a senador das oposições, pois assim, acredita ele, teria chances contra os peemedebista João Alberto e Edson Lobão.

No entanto, não é a primeira vez que Vidigal revela inconfidências das táticas oposicionistas para satisfazer a sua ira.

Já em 2009, depois de concluído o processo de cassação de Jackson Lago, ele andou revelando detalhes da estratégia da natimorta “Frente de Libertação do Maranhão”, quando se disse enganado pelos amigos, uma vez que teria sido convencido a candidatar-se no Maranhão com a promessa de que ele seria o candidato prioritário do grupo. Os demais seriam os “laranjas”. Todo mundo sabe o que houve.

Este ano, já em plena pré-campanha eleitoral, andou disseminando, via Twitter, a informação de que Flávio Dino não era mais candidato. Para provar que não mentia, contou novamente detalhes de uma reunião da qual participaram caciques do tucano-pedetismo maranhense, rebatendo as críticas despejando toda sua ira contra os que o contestavam.

Não à toa, à boca pequena alguns o chamam “O Menino Maluquinho” da política maranhense.