Líder do PMDB, Henrique Eduardo Alves confirma que partido pode trocar 1ª Vice por 1ª Secretaria

Sem renovação ou rodízio entre as forças políticas, a eleição para as Mesas da Câmara e do Senado, na próxima terça-feira, deverá mais uma vez ter o PT e o PMDB, principais partidos da base governista, como protagonistas. A expectativa do governo Dilma Rousseff é assegurar, sem dificuldade, a reeleição dos atuais presidentes das duas Casas do Legislativo. A candidatura avulsa do deputado Sandro Mabel (PR-GO) não deverá comprometer a recondução do petista Marco Maia (RS) ao comando da Câmara.

Sem concorrentes, José Sarney (PMDB-AP) diz que aceitou o “sacrifício” imposto pelo partido e deverá conquistar, pela quarta vez, a presidência do Senado. Isso a despeito de ter sido um dos protagonistas da crise provocada pelo nepotismo e descalabro administrativo de sua gestão nos últimos dois anos.

As principais disputas, este ano, estão sendo travadas dentro dos próprios partidos pelo direito de compor os cargos nas Mesas da Câmara e do Senado e nas comissões permanentes. Para evitar um racha logo no início da legislatura, a bancada petista do Senado vai dividir o mandato do primeiro vice-presidente da Casa entre os dois postulantes da vaga: José Pimentel (CE) e Marta Suplicy (SP). Cada um ficará um ano no cargo.

Tucanos querem a primeira secretaria no Senado

O PSDB, com a terceira maior bancada da Casa, terá o direito de pleitear a cobiçada primeira secretaria, que deverá ser entregue a Cícero Lucena (PSDB-PB). Na Câmara, a maioria dos partidos já definiu os candidatos que disputarão a eleição para a Mesa. Com sete nomes na disputa ao cargo de primeiro vice-presidente, o PMDB cogita trocar a opção pela primeira secretaria.

“Na primeira vice, a expectativa é de assumir a presidência, em uma sessão ou outra, uma coisa simbólica. A primeira secretaria é um desafio, tem a missão de administrar a Casa, modernizar. Mais interessante para o partido mostrar trabalho”, argumenta o líder do PMDB, Henrique Eduardo Alves (RN).

Entre os peemedebistas que pleiteam a vaga estão: Rose de Freitas (ES), Alexandre Santos (RJ), Edinho Bez (ES), Osmar Serraglio (PR), Leonardo Quintão (MG), Elcione Barbalho (PA) e Gastão Vieira (MA). A expectativa do líder do PMDB é conseguir o consenso nesta segunda e evitar a disputa em plenário.

Embora estejam dependendo da decisão dos peemedebistas, os tucanos já decidiram indicar o deputado Eduardo Gomes (TO) para representar a legenda na Mesa, seja como primeiro-secretário ou primeiro vice-presidente. Para evitar outras candidaturas avulsas que pudessem comprometer a eleição de Marco Maia, o PT decidiu abrir mão de sua segunda vaga na Mesa Diretora da Câmara em favor do PSB. O posto é pleiteado pelo deputado Júlio Delgado (PSB-MG).

As outras vagas deverão ser divididas entre PP, PR e DEM. O PP deverá lançará a candidatura do deputado Dudu Fonte (PE), que segurava a mala do ex-presidente da Casa Severino Cavalcanti e acabou eleito deputado com o apoio do padrinho político. O PR terá mais uma vez como candidato o deputado Inocêncio Oliveira (PE), que há anos integra diferentes Mesas e já chegou a trocar de partido para garantir uma vaga.

(As informações são de O Globo)