Edivaldo Holanda Júnior quer PEC 300 na pauta de votação da Câmara

Nos primeiros meses deste ano, o deputado federal Edivaldo Holanda Júnior participou de audiências públicas e entre os principais assuntos discutidos estava a votação da PEC 300, que trata da valorização do profissional de segurança pública.

Os policiais militares são, quase sempre, a primeira barreira da sociedade contra o crime e a violência, pois cabem a eles, o policiamento ostensivo e a preservação da ordem pública.

No desempenho dessa missão, os policiais freqüentam os lugares mais perigosos, enfrentam quadrilhas dispostas a tudo, colocam as próprias vidas em risco.

Neste contexto Holanda Júnior ressaltou: “A nossa segurança pública carece de equipamento, treinamento, estrutura, e precisam, sem dúvida, de quadros motivados por uma remuneração que lhes dê a garantia de vida digna, sem necessidade de “bicos” para complemento da renda familiar”.

A PEC 300 determina a fixação por lei de um piso remuneratório para os policiais militares e ao Corpo de bombeiro Militar, através da formação de um fundo para que a União complemente o pagamento, já que nem todos os estados terão condições de arcar com essa despesa em curto prazo.

Para Edivaldo Holanda Júnior não há motivos para que o assunto continue parado na casa. “Precisamos resgatar o compromisso assumido pela Câmara dos Deputados na legislatura passada, de concluir a votação da PEC 300, assim fazendo justiça aos policiais militares e ao corpo de bombeiro militar”, finalizou o parlamentar.

(As informações são da assessoria)

Quatro meses depois, vendedor atingido por PMs dentro de casa anda de muletas; policiais estão nas ruas

Vendedor também foi agredido

O vendedor Marco Marcos Antonio Araújo Cruz, 35 – que foi baleado três vezes nas pernas depois que cinco PMs invadiram sua casa, na manhã do dia 2 de janeiro – ainda sofre na pele as conseqüências da ação que o próprio comandante do Policiamento Metropolitano, tenente-coronel Jefferson Teles, classificou de equivocada.

Nesta segunda-feira (2) completam-se quatro meses do ocorrido. O vendedor, que não pode trabalhar por causa dos ferimentos nas pernas, sobrevive de um seguro do INSS.

Ele anda de muletas e mal consegue sustentar a família.

Segundo amigos, são os antigos colegas de trabalho que o ajudam todos os meses, cotizando e comprando mantimentos e roupas para a família.

Marco Curz tem uma filha, que ainda não completou seis meses de vida. À época da ocorrência, a criança estava recém-nascida.

“É uma vergonha isso tudo. O Marcos não pode trabalhar para sustentar a família, enquanto isso, os policiais que fizeram isso estão soltos”, diz uma das colegas de trabalho do vendedor. Ela prefere não se identificar.

Revolta

A principal revolta de familiares e amigos diz respeito ao desenrolar do processo que culminou com detenção dos dois PMs acusados do crime.

Eles reconhecem que houve ação enérgica por parte do Comando da Polícia tão logo o fato ganhou notoriedade na imprensa, mas dizem não ter sentido o mesmo pulso para dar seguimento às investigações.

Segundo a família, os PMs já foram liberados e trabalham normalmente. Um exame de balística, que servirá para comprovar a origem dos disparos que atingiram Marcos Curz, também nunca teve seu resultado divulgado.

“A gente espera que a sociedade e as autoridades, que tanto apoiaram o marcos quando tudo isso aconteceu, não se esqueça de que o caso não foi resolvido”, completa a colega.

Outro lado

O blog já entrou em contato com a Secretaria de Segurança Pública para obter mais informações sobre o caso. Estamos aguardando retorno.

Ação de policiais militares na Vila Kiola foi equivocada, afirma coronel Jeferson

Coronel Jeferson acompanhará pessoalmente o caso

O comandante do Policiamento Metropolitano da Polícia Militar, tenente-coronel Jefferson Teles, afirmou, nesta segunda-feira (3), por meio da assessoria de imprensa da Secretaria de Segurança Pública, que foi equivocada a ação dos policiais militares que invadiram uma residência na Vila Kiola, no último domingo (2), e atingiram a tiros o vendedor Marcos Cruz, 35.

Ele garantiu que comandará pessoalmente as investigações. Os policiais envolvidos são lotados no 6º BPM, de onde o coronel já foi comandante.

Também nesta segunda, a assessoria da SSP informou ao blog que dois dos PMs envolvidos na ação estão presos administrativamente. São os soldados Walbernilson dos Santos Garcês e Raimundo Ferreira Serra Junior. Ambos já foram ouvidos no Comando Geral.

Além disso, o militar identificado como sargento Amâncio – que deu um tiro no próprio pé quando tentava acertar uma coronhada na vítima – está internado, sob escolta policial, e também será preso.

O Comando Geral da Polícia Militar já instaurou um Conselho Militar para apurar o caso. A Delegacia do Jardim Tropical, que responde pela área da Vila Kiola, aguarda o relatório do Plantão da Cidade Operária – onde a ocorrência foi registrada – para abrir inquérito policial.

Boletim

O último boletim médico informa que é estável o quadro clínico do vendedor Marcos Cruz. Ele ainda tem uma bala alojada na perna direita, que não deve ser removida. Não há risco de morte.