Emendas ao PNE batem recorde na Câmara

Gastão: não há consenso

O total de emendas recebidas pela Comissão Especial que analisa o Plano Nacional de Educação (PNE) até esta terça-feira (7) já passam de 2.300. Segundo o Sistema de Informação Legislativo da Câmara dos Deputados, esta é uma marca nunca alcançada por um projeto de lei em análise, comparando-se apenas a Constituinte de 1988.

Sobre o recorde atingido, o deputado federal Gastão Vieira (PMDB-MA), presidente da Comissão, afirmou que o grande número de propostas de modificações se dá por não haver consenso entre os protagonistas da Conferencia Nacional de Educação. “Mais uma vez, reforço a necessidade de ouvirmos todos, como defendo desde quando criamos a Comissão Especial. Estamos organizando as emendas de acordo com as metas para contituir a análise que será feita pelo relator”.

A maioria das emendas apresentadas pelos parlamentares aborda temas sugeridos pelos movimentos sociais que não foram atendidos pelo Ministério da Educação durante a produção do texto entregue à Câmara, em dezembro de 2010. Entre os temas mais apontados estão o aumento do financiamento da educação de 7% para 10% e a inclusão do pacto federativo de responsabilidade entre União, estados e municípios com os recursos da educação.

O presidente explica que o comparecimento de parlamentares durante as reuniões deliberativas e audiências públicas tem sido maior que o número de membros efetivos da Comissão, de 26 deputados. “Isso mostra a importância que todos estão dando ao projeto que receberá parecer conclusivo na Comissão e seguirá para apreciação no Senado. Tenho feito um apelo pessoal para que todos participem com o objetivo de melhorar a proposta que recebemos. Fico feliz em bater esse recorde de emendas durante minha gestão à frente da Comissão”, disse Vieira.

(As informações são da assessoria)

Comissão Especial reúne especialistas para debater PNE

O deputado federal gastão Veira (PMDB) convocou audiência pública para a próxima quarta-feira (18), na Câmara dos Deputados, com o intuito de discutir com especialistas o Plano Nacional de Educação (PNE).

Foram convidados Simon Schwartzman, que preside o Instituto de Estudos do Trabalho e Sociedade no Rio de Janeiro e também foi presidente da Fundação Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) (1994-1998); e José Francisco Soares, professor da Faculdade de Educação da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), com mestrado em Estatística pelo Instituto de Matemática Pura e Aplicada (1977), doutorado em Estatística pela University of Wisconsin – Madison (1981) e pós-doutorado em Educação pela University of Michigan Ann Arbor (2002).

Presidente da Comissão Especial que discute o PNE na Câmara, Gastão tem sido um dos maiores entusiasta das discussões sobre o assunto.

“Estamos trazendo especialistas na área, que reúnem experiências internacionais e que não foram ouvidos durante a produção do plano pelo Ministério da Educação (MEC). Queremos dar espaço às sugestões e caminhos para melhorar nossa educação”, explicou, segundo a Agência Câmara.

Criada no dia 22 de março, por Ato da Presidência e instalada no dia 13 de abril deste ano, a comissão é destinada a proferir parecer ao Projeto de Lei n.º 8035/2010, do Poder Executivo, que “aprova o Plano Nacional de Educação para o decênio 2011-2020. O deputado Gastão Vieira (PMDB-MA) é o presidente e o deputado Ângelo Vanhoni (PT-PR), o relator. A análise do PNE é conclusiva na comissão especial, que substitui as comissões temáticas e as comissões de Finanças e Constituição e Justiça. Por dar um procedimento mais célere a analise da proposta, após aprovação, segue para votação no Senado.

Com informações da Agência Câmara

Haddad e Gastão debatem PNE com dirigentes municipais de Educação

A União Nacional dos Dirigentes Municipais de Educação (Undime) realizou reunião quinta-feira (5) para debater o Plano Nacional de Educação (PNE) junto aos secretários municipais de Educação de todo o Brasil. Uma das principais preocupações da instituição é a falta de recursos para atender as metas estabelecidas pelo Governo Federal.

O ministro da Educação, Fernando Haddad, informou que durante a elaboração do PNE várias entidades e organizações sociais, além de instituições de ensino, foram ouvidas para chegar ao texto atual. “Há muita coisa para fazer, ajustar e honrar. Façam chegar pela Undime suas reivindicações para que possamos respondê-las de maneira organizada. Peço apenas que nos comportemos como educadores, não queremos saber de partido político. Nossa prioridade é criança na escola”, garantiu.

Para o presidente da Comissão Especial do PNE, deputado federal Gastão Vieira (PMDB-MA), o período de análise do novo Plano é favorável. “Vivemos um momento excepcional da Educação brasileira. Todos falam sobre educação. Quatro grandes jornais brasileiros destacaram repórteres para cobrir o assunto e todos são unânimes ao falar em qualidade”, destacou.

O presidente afirmou que o PNE deve ser modificado na Câmara. “Temos a visão de que vamos tratar de problemas educacionais do século passado e do próximo século e precisamos ajustar as regras de transição para algumas etapas. Portanto, a palavra é equilíbrio, é buscar o contraditório, mas acima de tudo, criar condições para que a gente possa entregar até novembro ao Senado”, defendeu.

Três propostas da Comissão

Durante seminário da UNESCO em parceiria com o Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (IPEA), realizado também nesta quinta-feira, Vieira informou sobre a necessidade de elaborar um PNE que seja um instrumento forte para melhorar a educação do país. Ele acredita que não seja possível tratar de forma linear todas as demandas educacionais. “Precisamos saber o que vamos priorizar nos três primeiros anos, nos anos seguintes, nos três últimos anos e assim por diante.”

Por último, o deputado sugeriu ao ministro Haddad que o PNE seja apresentado durante reunião do Conselho de Desenvolvimento Econômico e Social do Governo Federal – que reúne ministros, sociedade civil organizada e os principais empresários brasileiros. “A idéia é criar interfaces com alguns ministérios e informar a importância do Plano para toda a sociedade brasileira”, encerrou.

(As informações são da assessoria)

Gastão Vieira defende adiamento do PNE para avançar no debate

O adoção do novo Plano Nacional de Educação (PNE), proposto pelo governo para os anos 2011-2020, deve ser adiada para aprofundar o debate sobre as suas metas. A proposta é do presidente da comissão especial do PNE na Câmara, Gastão Vieira (PMDB-MA), para que se discuta um acordo sobre as prioridades da educação com o governo federal, estadual e as prefeituras.

“Não basta dizer que tem um plano, mas sim ter um que permita executar um processo perene de melhoria da educação brasileira”, declarou o parlamentar. A proposta contraria os interesses do governo e do próprio ministro da Educação, Fernando Haddad, que declarou a intenção de aprovar esse projeto ainda em 2011.

Vieira listrou três pontos prejudiciais à elaboração imediata de um PNE adequado ao Brasil.

Há dois anos o Ministério da Educação (MEC) realiza discussões com movimentos sociais sobre a proposta, mas não incluiu nessas conversas deputados da oposição que integram a comissão especial. De acordo com Vieira, também teriam sido alijadas personalidades importantes da educação no Brasil, mas que não seguem a linha de pensamento do governo.

A maioria dos atuais governadores e prefeitos não demonstraram interesse no projeto de lei 8035/2010, do PNE. “Só que se essa proposta for aprovada, não perderão tempo em questioná-la e interpor recursos na Justiça, como aconteceu com o Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica e de Valorização dos Profissionais da Educação (Fundeb)”, lembrou.

Acrescentou, ainda, que o Congresso desconhece o que pensa o governo como um todo, além do MEC, do ponto de vista econômico. Vieira acha que é preciso levar em consideração variáveis como a inflação, o descontrole do câmbio, a crise econômica internacional e questionar se é o melhor momento para discutir, por exemplo, aumento de despesas para a realização das metas definidas.

Para enfrentar esta questão, talvez a melhor solução seja adiar a vigência do novo plano, sustenta. Vieira, quando presidiu a Comissão de Educação, realizou seminários para tentar identificar porque as ações do governo para o ensino público não surtiram os efeitos esperados.

Ouviu representantes de países que melhoraram seus sistemas educacionais, como a Coreia do Sul e o Chile, depois de terem vivido com uma educação de baixa qualidade. Assim como convidou países que sempre tiveram projetos escolares de qualidade e que, assim mesmo, os aprimoraram, como a Irlanda e Finlândia.

Gastão Vieira acha necessário ampliar o debate para assegurar a construção de uma proposta que tenha o apoio dos mais importantes segmentos ligados à educação no Brasil.