Mal-educados, tremei! Operação contra poluição sonora continua

Operação medirá poluição sonora in loco

A operação Força Tarefa, montada para combater a poluição sonora nos bairros da Região Metropolitana de São Luís, continuará neste fim de semana. As atividades dessa etapa terão início na noite desta sexta-feira (21) e se estenderão até a madrugada de domingo (23).

Os trabalhos são coordenados pela Secretaria de Segurança Pública (SSP), por meio das polícias Civil, Militar e contam com o apoio do Corpo de Bombeiros, Instituto de Criminalística do Maranhão (Icrim), Ministério Público (MP), Promotoria da Infância de Juventude, Secretaria Municipal de Trânsito e Transportes (SMTT), entre outros órgãos. Nessa etapa, a Guarda Municipal e a Delegacia de Narcóticos (Denarc) também participarão da ação.

Nos próximos três dias, equipes formadas por profissionais das instituições percorrerão vários bairros da capital combatendo qualquer indício de desrespeito a Lei do Silêncio. Bares, casas de shows, postos de gasolina serão os alvos da Força Tarefa. Além dos crimes ambientais e relacionados à poluição sonora, as forças policiais combaterão ainda tráfico de drogas, prostituição infantil e roubos.

(As informações são do Governo do Estado)

50% das ocorrências registradas no CIOPS são por poluição sonora

Poluição sonoroa: o cidadão não aguenta mais

Ainda há os que se posicionam contra a campanha de combate à poluição sonora, deflagrada por uma força-tarefa formada por equipes das polícias Civil e Militar, além do Ministério Público Estadual (MP), mas a verdade é que a ação era mais do que necessária.

Para se ter uma idéia, só neste fim de semana dezessete pessoas foram presas em São Luís por abusar do volume do som. No CIOPS (Centro Integrado de Operações de Segurança), cerca de 50% dos registros são reclamações por poluição sonora. Som alto mesmo!

E por quê?

Porque o cidadão comum já não agüenta mais ter sua casa literalmente invadida pela farra de gente sem a mínima noção de coletividade, que pensa apenas em beber e se refestelar, independentemente de quem está na casa ao lado.

Eu também adoro sair para me divertir. Mas penso que quem vai produzir a festa – e, na maioria dos casos, ganhar dinheiro com isso – tem que proporcionar o melhor para quem chega para a folia, pensando também no conforto de quem não dá a mínima para o evento.

O caso é tão grave, dada a impunidade que imperava até bem pouco tempo, que basta lembrar o que aconteceu ao vendedor Marcos Cruz, 35. Ele acabou espancado e atingido por tiros da própria PM depois de reclamar, um dia antes, do volume muito alto na casa-bar dos vizinhos.

Caso típico de total inversão de valores. Os policiais em questão, quando deveriam trabalhar para fazer valer a Lei do Silêncio (ela ainda existe?), preferiam oprimir o denunciante.

Mas a polícia de verdade está nas ruas. Se você quer curtir seu som nas alturas, procure um local deserto. Ou aprenda a viver em sociedade…