“Não tenho nada contra a deputada Eliziane”, diz Vieira Lima

Vieira Lima: "nada pessoal"

O vereador Vieira Lima (PPS) declarou, nesta terça-feira (31), que o fato de ter assinado moção de repúdio contra seis deputados estaduais, dentre eles sua colega de partido Eliziane Gama (PPS), não foi nenhuma retaliação específica à parlamentar.

Segundo ele, a sua assinatura no documento encaminhado à Assembléia Legislativa, criticando a atuação dos parlamentares no caso da fraude apontada pelo MP no IPTU de São Luís, deveu-se a um dever protocolar.

“Os vereadores da Casa aprovaram e eu, na condição de primeiro secretário, assinei, ou seja, não foi um ato isolado meu direcionado a ela”, disse, em entrevista ao blog do John Cutrim.

O vereador fez questão de afirmar que não tem problemas pessoais com a deputada.

“Nesse sentido, faço questão de ressaltar que não tenho nada contra a deputada Eliziane”, completou.

Não é bem o que se tem ouvido nos bastidores. Mas talvez a ameaça da deputada de levá-lo ao Conselho de Ética do partido tenha feito Vieira Lima repensar a estratégia.

Eliziane levará Vieira Lima ao Conselho de Ética do partido

A deputada estadual Eliziane Gama (PPS) aifrmou, nesta segunda-feira (30), que vai encaminhar ao Conselho de Ética do Partido Popular Socialista denúncia contra o vereador Vieira Lima (PPS).

Lima é acusado pela colega parlamentar de ter assinado moção de repúdio contra a sua atuação no caso da fraude no IPTU, segundo aponta o Ministério Público.

“Vou encaminhar cópia da moção ao Conselho de Ética e solicitar providências”, disse.

A nota, assinada dia 18 de maio, condena a atuação de Eliziane e de outros cinco deputados no caso do IPTU.

“Moção demonstrando nossa insatisfação e veemente repúdio ao tero dos pronunciamentos ofensivos e desinformados proferidos contra esta Casa Legislativa Municipal pelos senhores deputados Eliziane Gama [PPS], Roberto Costa [PMDB], Marcelo Tavares [PSB], Jota Pinto [PR], Marcos Caldas [PRB] e Raimundo Cutrim [DEM]”, diz o texto do documento.

Veja ao lado, cópia da moção e a identificação da assinatura do vereador Vieira Lima (clique na imagem para ampliá-la).

Eliziane reafirma: PPS terá candidatura própria

A deputada Eliziane Gama (PPS) mandou mais um recado ao prefeito João Castelo (PSDB) e ao colega de partido Othelino Neto: o PPS terá candidatura própria em 2012. A declaração foi postada via Twitter, na noite do último sábado (2).

Na última sexta-feira (1º), o prefeito empossou Othelino secretário de Desenvolvimento Metropolitano de São Luís. O acordo fechado entre os dois – e avalizado por Miosótis Lúcio e Paulo Martos – é garantir os popular-socialistas na base aliada do tucano e barrar mais uma candidatura da oposição.

Mas Eliziane não dá o braço a torcer. Segundo ela, “a volta de Othelino não representa aliança” com João Castelo.

“A volta de Othelino pra Prefeitura não representa aliança do PPS com Castelo. O partido terá candidatura própria no campo da oposição!”, afirmou na rede social.

Recentemente, Gama já havia condenado a primeira reunião entre os caciques do PPS e o prefeito, há cerca de duas semanas. Ela disse que o encontro era de filiados e não do partido.

Diante da insistência nas articulações, foi buscar amparo na Executiva Nacional e conseguiu do presidente do PPS, deputado federal Roberto Freire, garantias de que a legenda tem como prioridade lançar candidato a prefeito da capital ano que vem.

Essa briga promete.

Eliziane diz ter garantias do PPS nacional para ser candidata a prefeita de São Luís

A deputada Eliziane Gama (PPS) afirmou, nesta segunda-feira (28), ter as garantias do PPS nacional para ser candidata a prefeita de São Luís.

– Tenho um documento encaminhado pela direção nacional, que me assegura as garantias para disputar as eleições – afirmou a parlamentar.

Na semana passada, o grupo liderado pelo presidente da legenda, Paulo Matos, esteve reunido com o prefeito João Castelo (PSDB), o que levou a especulações de que o partido poderia se alinhar ao projeto castelista.

Eliziane disse que a reunião foi apenas de um grupo e que não representava a posição oficial do partido. A deputada tem resistido à aliança que Matos quer fazer com Castelo por que, segundo ela, “o prefeito não tem compromisso com a cidade”.

A deputada pretende apresentar o documento do PPS na sessão desta segunda-feira na Assembléia Legislativa.

Eliziane reage: “Reunião com Castelo foi de filiados, não do partido”

Eliziane defende candidatura própria

A deputada estadual Eliziane Gama (PPS) reafirmou, nesta sexta-feira (25), em conversa por telefone com o titular do blog, que defende candidatura própria do partido nas eleições de 2012.

Gama já havia anunciado o desejo de levar o partido a disputar a Prefeitura de São Luís, mas foi apanhada de surpresa quando se viu isolada pelos caciques do PPS, que se reuniram com o prefeito João Castelo (PSDB), na última quarta-feira (23), e ofereceram o apoio do partido em troca de uma secretaria municipal.

Eliziane diz que, apesar do encontro – articulado por Othelino Neto e Paulo Matos –, não há nenhuma decisão formal sobre aliança.

“Não há nenhuma definição formal. Aquela foi uma reunião de alguns filiados, que têm representatividade, mas que não representam a integralidade do partido”, avaliou.
E completou: “Eu continuo defendendo a candidatura própria”.

Unidade

A deputada comentou, também, o que chamou de mal-entendido em relação a uma postagem que fez em sua página no Facebook. Ela afirmou na rede social que defende “a unidade de oposição de São Luís”.

Blog locais entenderam isso como uma declaração de que a oposição ao grupo Sarney deveria se unir em torno da reeleição de João Castelo.

“Nunca falei dessa unidade. Falei da unidade da oposição a Castelo em São Luís. O que estamos discutindo, agora, são as eleições de 2012 e a situação é o governo João Castelo. Por sinal um governo descompromissado com a cidade”, esclareceu.

O jogo começa a esquentar.

Othelino Neto quer levar PPS “pelo beiço” para Castelo

Othelino foi secretário de João Castelo

Uma reunião ontem à noite (23) pode ter selado uma aliança formal entre o PPS e o PSDB em São Luís.

Articulado pelo ex-secretário de Governo de João Castelo (PSDB) e suplente de deputado estadual Othelino Neto (PPS), o encontro teve a participação do prefeito e de caciques dos popular-socialistas, como Paulo Matos e Altemar Lima.

Miosótis Lúcio, que já chegou a ser cotada para assumir uma pasta no Executivo Municipal também foi. A contragosto.

A intenção é levar a legenda de volta ao ninho tucano e viabilizar uma aliança política que leve ao apoio à reeleição de Castelo.

Mas, para isso, Othelino e sua turma cobram a fatura: querem assumir a Secretaria Metropolitana.

O problema deles é a deputada estadual Eliziane Gama (PPS), que tem assumido postura de oposição a Castelo na Assembléia Legislativa e sonha com uma candidatura a prefeita. Por ela, o partido não vai “pelo beiço” para o prefeito, como quer Othelino.

Resolução de Marcelo Tavares pode ser um tiro no pé

Marcelo Tavares: erro de estratégia?

A resolução proposta pelo deputado Marcelo Tavares (PSB) e aprovada no fim do ano passado, garantindo a formação de blocos parlamentares com apenas quatro membros, pode acabar se revelando um empecilho nas intenções do ainda presidente de unir a oposição num grupo mais forte.

Ocorre o seguinte: o PDT tem quatro deputados – Camilo Figueiredo, Graça Paz, Carlinos Amorim e Valéria Macedo.

Em cenários normais, o mais correto seria imaginar uma composição com o PSDB de Gardeninha, Fufuquinha e Neto Evangelista. Mas a filha do prefeito está isolada pelos dois novatos, que podem pender, inclusive, para algum bloco do governo.

O PDT não vai junto, apesar de o blog ter apurado que Ricardo Murad (PMDB) já teria conversado sobre o assunto com Graça Paz (PDT). A negociação não evoluiu.

Do lado da oposição, o grupo do atual presidente, Marcelo Tavares, tem cinco deputados. Se compuser com PPS, PSB e PC do B, o PDT acaba formando um bloco de 9 deputados, o que lhe garantiria uma vaga na Mesa que não seria disputada com ninguém. Já seria automaticamente do PDT e de Graça Paz. Bom negócio.

“Ainda não desistimos [de ter o apoio do PDT]”, diz fonte graúda oposição.

O problema é a nova resolução. Se quiserem, os pedetistas formam o bloco de um partido só, também garantem uma vaga na Mesa – também para Graça Paz – e, de lambuja, levam uma liderança, com tempo para falar no grande expediente. Um ótimo negócio!

Um verdadeiro tiro no pé disparado pelo próprio presidente.