Calvet e a “saga” por um mandato de verão

Ex-prefeito fez até vista de cortesia à Secretaria Geral da Mesa

O ex-prefeito de Bacabeira, Reinaldo Calvet (PSL), andava todo serelepe esta semana, pois acreditava que a Mesa Diretora da Assembléia Legislativa lhe daria posse em “mandato de verão” devido ao novo entendimento do STF de que o mandato de deputado é do partido.

Calvet sentou praça na Assembléia durante três dias. Articulou com deputados aliados, contactou prefeitos, jornalistas e acreditava piamente que seria beneficiado, mesmo sendo apenas o oitavo suplente da coligação “Maranhão – A Força do Povo”, encabeçada por Roseana Sarney (PMDB) em 2006.

No auge do seu devaneio político, fez uma “visita de cortesia” à Secretaria Geral da Mesa, como se deputado já fosse.

O blog bem que tentou avisar ao incauto. Mas ele não quis ouvir. E acabou levando um enorme tombo – levando junto com ele o ex-prefeito de Codó, Ricardo Archer (DEM).

A Procuradoria Geral da Casa deu parecer contrário ao pedido de nomeação dos dois. A Mesa deve acatar.

É bem provável que, se entrarem com mandado de segurança no Supremo – de onde partiu o novo entendimento –, tanto Calvet, quanto Archer consigam o mandato – ou salário do mandato, já que este termina em 31 de janeiro. Mas até lá ainda leva um tempo.

Decisão do STF no caso Chiquinho Escórcio deve definir o futuro de Calvet e Ricardo Archer

"Caso Chiquinho" pode decidir posicionamento local

Mais do que nunca a decisão do STF no caso Chiquinho Escórcio (PMDB) – que quer assumir já em janeiro a vaga aberta com a saída do também peemedebista Pedro Novais para o Ministério do Turismo – é aguardada com ansiedade no Maranhão.

É que a Procuradoria Geral da Assembléia Legislativa está decidida a só emitir parecer nos casos de Reinaldo Calvet (PSL) e Ricardo Archer (PMDB) após um posicionamento oficial do Supremo.

Chiqunho deu entrada em mandado de segurança, com pedido de liminar, para assumir a vaga de acordo com o novo entendimento do STF de que o mandato de deputado é do partido. Atualmente, o suplente empossado é Costa Ferreira (PSC).

A cautela da Procuradoria tem o objetivo de evitar uma decisão atabalhoada do presidente em exercício, Camilo Figueiredo (PDT).

Não querem ser desmoralizados caso tomem uma decisão agora e, logo em seguida, o STF decida em sentido diferente.

Na tarde da última terça-feira (11) o ainda secretário da Representação Institucional em Brasília Chiquinho Escórcio explicou o porquê da demora na decisão.

O processo já está na mesa do presidente Cesar Peluzo há uma semana.

“Ocorre que, com o recesso, apenas o presidente pode despachar esses mandados de segurança com pedido de liminar e havia muitos processos na frente do meu. Mas tenho a convicção de que ele será apreciado em breve”, pontuou.