Após déficit de R$ 100 mi na meta fiscal, Edivaldo Jr. quer R$ 77 mi emprestados

edivaldo_jrEstá na Comissão de Constituição de Justiça da Câmara Municipal de São Luís uma mensagem do Poder Executivo com o projeto de Lei Ordinária que autoriza a Prefeitura a abrir crédito adicional especial de até R$ 77 milhões. A matéria, que aguarda parecer da Comissão, promete esquentar o parlamento municipal após o Carnaval.

Na semana passada, em audiência na Câmra Municipal, a secretária de Fazenda, Suely Bedê, apresentou balanço supostamente positivo da arrecadação na Prefeitura em 2013. Mas ela foi desmentida pelo líder da oposição, Fábio Câmara (PMDB), que revelou déficit de quase

R$ 100 milhões entre a meta estipualda pela Prefeitura e o que foi efetivamente realizado.

Apesar de negar o déficit, a Prefeitura encaminha o projeto de empréstimo.

De acordo com o balanço apresentado pela Semfaz, houve aumento na receita tributária, composta pelo IPTU, ITBI e ISS. No entanto, os números mostram divergências: a previsão destas receitas em 2013 era de R$ 624.611,422, mas no acumulado alcançou uma arrecadação de R$ 512.572.273, ou seja, bem menor que o previsto.

Na audiência, Câmara ocupou a tribuna para contestar os dados apresentados. Disse no seu pronunciamento que, por causa da irresponsabilidade fiscal, da Secretaria Municipal de Fazenda, a Prefeitura de São Luís fechou o ano de 2013 com um déficit de R$ 30.316.260,86, comprometendo, inclusive, o orçamento de 2014.

Queda de braço na Semfaz

bedeA revelação feita ontem (26) pelo líder da Oposição na Câmara Municipal, vereador Fábio Câmara (PMDB), de que a Prefeitura de São Luís pode ter feito “maquiagem contábil” para esconder um déficit de R$ 30 milhões nas contas públicas pode ser apenas parte de um problema muito maior que vem sendo enfrentado na Secretaria Municipal de Fazenda (Semfaz).

De acordo com o balanço apresentado pela secretária Sueli Bedê (foto acima) em audiência no legislativo municipal, houve aumento na receita tributária, composta pelo IPTU, ITBI e ISS. Em 2013, a previsão destas receitas era de R$ 624.611,422, mas no acumulado alcançou uma arrecadação de R$ 512.572.273, ou seja, bem menor que o previsto.

Para o peemedebista, a Prefeitura deixa de arrecadar tributos porque a fiscalização é falha, especialmente em relação às grandes empresas. “O Município está deixando de arrecadar graças a uma portaria da própria secretária que proíbe os auditores fiscais de exercerem suas funções. Ou seja, a Semfaz tem auditor fiscal, mas eles não podem exercer seu papel de fiscalizar e cobrar o cumprimento das obrigações tributárias. É exatamente por isso que tivemos uma arrecadação bem menor que a prevista”, afirmou.

É uma verdadeira queda de braço, que tem gerado prejuízos ao Município. Bedê tenta limitar a atuação dos servidores da Semfaz, que lutam por mais liberdade de atuação e fiscalização.

Sem o apoio da categoria, a secretária não consegue aumentar a receita. E o déficit tende a aumentar.

Pior para o prefeito…