Se chamou a atenção de alguns incautos a verdadeira surra que a petista Dilma Roussef aplicou no tucano José Serra, aqui no Maranhão – atingindo 79,09% dos votos válidos – ao blog não foi nenhuma supresa.
Na verdade, causou espécie a queda de rendimento do “lulismo” no nosso estado.
Tudo bem que, este ano, o eleitor parece não ter-se interessado muito a votar. Some-se a isto as dificuldades que a Justiça Eleitoral impôs ao transporte de eleitores.
O resultado foi que Dilma, com pontencial para obter mais de 80% dos votos válidos pras bandas de cá, conseguiu captalizar “apenas” os 79,09% citados acima. Uma diferença, pró-Dilma, de “apenas” 1,6 milhão de votos.
E por que “apenas”?
Porque o Maranhão, como o Nordeste, é território do lulismo por excelência e a tônica seria esperar da nova presidenta um desempenho igual ou melhor aos índices de aprovação do atual presidente Lula em todas as últimas pesquisas, que beira a casa dos 85%.
Além do mais, se analisarmos os números das eleições de 2006 fica mais fácil de entender por que poder-se-ia esperar mais da petista: no 2º turno contra Alckmin (PSDB), Lula atingiu a marca de 84,64% dos votos válidos, contra 15,36%.
Se a diferença este ano foi de 1,6 milhão de votos pró-Dilma, em 2006 foi de 1,8 milhão de votos pró-Lula. Ele obteve 2,2 milhões de votos.
Vendo por esse ângulo, fica claro que aqui é mesmo território lulista e que Dilma poderia ter capitalizado ainda mais eleitores na disputa deste ano.