O desembargador Lourival Serejo, (foto) relator do pedido da Polícia Civil para que se iniciem investigações sobre a suposta participação do deputado estadual Raimundo Cutrim (PSD) na morte do jornalista Décio Sá, solicitou hoje (29) manifestação do Ministério Público sobre a forma de distribuição do processo.
Em despacho assinado no final da manhã, ele lembra que o Regimento Interno do Tribunal de Justiça é omisso quanto à forma de distribuição de processos que envolvam detentores de foro privilegiado e pede o parecer do MP sobre o assunto – o que pode ocorrer em até cinco dias.
“Ante a omissão do Regimento Interno deste Tribunal, já reconhecida no despacho de fl. 131, reputa-se conveniente colher manifestação da Procuradoria Geral de Justiça, para o que se confere o prazo de 5 (cinco) dias”, despachou.
O pedido de investigação do deputado chegou semana passada ao gabinete do desembargador José Luiz Almeida, após sorteio. Mas, argumentando a necessidade de se evitar “nulidade processual”, ele determinou nova distribuição. Segundo o magistrado, na primeira apenas os integrantes das Câmaras Criminais foram incluídos no sorteio.
“Compete ao Plenário o processo e julgamento de deputados estaduais na prática de crimes comuns. No presente caso, observo que a distribuição do feito restringiu-se às Câmaras Criminais (fls. 02), o que conduziria à nulidade processual tendo em vista que a competência por prerrogativa de foro é de natureza absoluta. […] Com esses argumentos, com o fim de afastar possível arguição de nulidade, determino a nova distribuição do feito, considerando a composição plenária da Corte”, justificou.
Lourival Serejo, então, foi o sorteado. E agora quer saber se o procedimento foi correto.
Eita batata quente ninguém quer segurar um diz que ta errado, outro quer saber se ta certo fala sério quem vai segurar este veneno, ou melhor dizendo quem vai conseguir julgar o caso.
Acredito que não seja para saber se “está certo ou errado.” Acredito que isso seja precaução, pois mais da metade deles (senão todos) possuem ‘rabo preso’ com o parlamentar.
Pra depois o investigado não vir cobrando favores de longas datas.