Membros da Comissão Parlamentar de Inquérito instalada pela Câmara Municipal para investigar “vícios e irregularidades” no programa governamental “Bom Peixe” participaram na tarde desta quinta-feira (27) de uma reunião técnica com o controlador-geral do município, Délcio Rodrigues, e com o adjunto dele, Jackson dos Santos Castro, na sede da Controladoria Geral do Município.

Os vereadores Pedro Lucas Fernandes (PTB – presidente), Chico Carvalho (PPS – relator), Rose Sales (PCdoB), Edmilson Jansen (PTC) e Estevão Aragão (PPS) foram à CGM à convite do controlador-geral, que havia sido convocado para depor na comissão, mas que teve o depoimento adiado por conta dos protestos que acontecem em todo o país e que tem parado as cidades.

Durante a reunião, Délcio Rodrigues defendeu o relatório das acusações de “montagem” e de ser um documento “cheio de falhas com pareceres jurídicos incompletos”, feitas pelos ex-secretários Júlio França e Eliana Bezerra. Segundo o controlador-geral, o documento – parte de uma investigação preliminar – foi elaborado por um competente grupo de controladores e auditores baseados em informações consistentes e transparentes da própria Secretaria Municipal de Agricultura, Pesca e Abastecimento (Semapa) e da Secretaria Municipal de Fazenda (Semfaz). Ele descartou ainda qualquer direcionamento do relatório ou da investigação, que numa segunda fase irá ouvir os envolvidos, garantido a todos o direito do contraditório e da ampla defesa.

Pedro Lucas Fernandes considerou a reunião muito proveitosa. “O encontro serviu para dirimir dúvidas a cerca do relatório além de contribuir para que a comissão tenha mais embasamento daquilo que está sendo investigado”, disse.

A CPI do Bom Peixe deve ouvir nos próximos dias o proprietário da empresa Pacific e vereador de Cedral, Luís Moraes, que pode esclarecer a remessa ou não de notas fiscais à Prefeitura de São Luís, que comprovem o quanto foi gasto na aquisição e comercialização do pescado.

Também ouvirá o secretário municipal de Agricultura, Pesca e Abastecimento, Marcelo Coelho, que suspendeu as atividades do programa Bom Peixe, com base no relatório da CGM. O documento apontou desvios de cerca de R$ 1,7 milhão na execução do programa, na gestão do ex-prefeito João Castelo (PSDB), sob a coordenação do ex-secretário Júlio França.

(As informações são da assessoria)