PDT “se mexe” para que Flávio Dino cumpra acordo

Já está claro até mesmo para o menos atento dos observadores políticos que, se precisar, o presidente da Embratur, Flávio Dino (PCdoB), romperá mesmo o acordo que tem com o PDT – que garante ao partido a indicação do candidato a vice-governador em 2014 – para ter o PSDB na sua chapa majoritária.

O fato de o próprio Dino nunca se ter pronunciado sobre a manutenção do acerto feito em 2012 – nem mesmo quando publicamente provocado por Carlos Lupi, presidente nacional do PDT (reveja aqui e aqui) -, e a relação de proximidade entre José Reinaldo (PSB), um dos principais articuladores do comunista, e o presidente estadual PSDB, deputado federal Carlos Brandão (PSDB), têm deixado os pedetistas de orelha em pé.

Para evitar a perda de terreno para os tucanos, a solução imediata foi a unidade do partido – demonstrada com força na convenção do último fim de semana.

Em frangalhos há um ano e na expectativa de uma debandada em massa após as desfiliações de Clay e Igor Lago, o PDT manteve a direção partidária sob o comando do grupo de Julião Amin e Weverton Rocha, evitou novas saídas e aposta na garantia de que tem o controle da militância como forma de convencer a oposição de esquerda de que o melhor é manter o acordo firmado antes da eleição de Edivaldo Holanda Júnior (PTC).

Mas a decisão inevitavelmente passará por Flávio Dino – e, obviamente, José Reinaldo. E, por isso, tem gente na oposição que já admite não se surpreender se o destino do PDT for outra candidatura que não a do comunista.