O presidente nacional do PSB, Eduardo Campos, governador de Pernambuco e pré-candidato do partido à Presidência da República, mencionou ontem (22), em reunião na cidade de Teresina com a deputada estadual Eliziane Gama, pré-candidata a governadora do Maranhão pelo PPS, a relação da parlamentar com Marina Silva, mais nova filiado aos quadros socialistas.
“Eu fiquei muito feliz porque nem precisei tocar no assunto. O Eduardo Campos foi quem mencionou essa nossa ligação, disse saber que a Marina tem muito carinho por mim e que ele leva isso muito em consideração”, revelou a parlamentar.
Eliziane e Eduardo trataram durante o encontro sobre a possibilidade de uma composição PPS/PSB no Marahão em 2014, segundo revelou este blog em primeira mão na terça-feira (reveja).
“Foi um primeiro contato muito cordial e o Eduardo Campos nos deixou as portas abertas para um contato mais próximo com o PSB no Maranhão. Eu também mostrei a ele que a nossa pré-candidatura é viável e a única no Maranhão de oposição ao governo federal, já que as outras duas que estão postas aí são de aliados da presidente Dilma”, disse a popular-socialista, referindo-se ao secretário de Estado de Infraestrutura, Luis Fernando Silva (PMDB), e ao presidente da Embratur, Flávio Dino (PCdoB).
A deputada informou, ainda, que Educardo Campos e o presidente nacional do PPS, deputado federal Roberto Freire (PPS), já têm marcado para a próxima semana um almoço em que discutirão a possibilidade de alianças. “Em nível nacional, estamos no mesmo campo, de oposição ao governo Dilma Rousseff”, analisou.
O movimento de aproximação de Eliziane em direção ao PSB ocorre exatamente no momento em que o PCdoB maranhense deixa uma espécie de “vácuo” nessa relação. Desde as eleições de 2012, quando os dois partidos – mais o PDT e o PTC – estiveram aliados na coalizão que garantiu a eleição do prefeito de São Luís, Edivaldo Holanda Júnior (PTC), os socialistas ressentem-se de um posicionamento mais claro do pré-candidato comunista sobre um acordo que garantiria ao vice-prefeito da capital, Roberto Rocha (PSB), a candidatura o Senado.
Empenhado em conseguir o apoio do maior número possível de aliados, o PCdoB acabou fazendo acenos demais ao PT e até ao PSDB no Maranhão, o que provocou um afastamento natural do PSB, cujo candidato a presidente disputará a eleição de 2014 contras petistas e tucanos.
E isso pode ter efeitos desastrosos nas bases oposicionistas no ano que vem.