Já está definida a estratégia do pai do prefeito Edivaldo Holanda Júnior, o ex-deputado Edivaldo Holanda, ambos do PTC, ao adiar o quanto pode a indicação no novo secretário municipal de Educação: o objetivo do prefeito paralelo da capital é isolar, ao mesmo tempo, PDT e PCdoB.

A Semed é terreno sabidamente do PCdoB na atual gestão – mas o PDT, que já mandou por lá durante anos, ainda tem braços do partido por lá e sonha em retomar o controle.

Oficialmente, o secretário-geral do PDT, deputado federal Weverton Rocha, garante que a legenda não reivindicou o espaço. “Este espaço é do PCdoB! Sabemos respeitar acordos”, disse. Mas não é bem assim.

Aos pedetistas, Holanda, o pai, garantiu que só não nomearia um indicado da sigla se o escolhido fosse mesmo um comunista. De outro lado, ele não quer ninguém muito próximo do presidente da Embratur, Flávio Dino (PCdoB).

A solução? Edivaldo Holanda quer o vereador Antônio Lisboa (PCdoB) como secretário. Assim, ele mantém o PDT sob controle, já que o parlamentar é um comunista, e “escanteia” os dinistas da Semed, já que o indicado não tem muita ligação com o presidente da Embratur.

A avaliação de um comunista que tem participado da discussão sobre a escolha do substituto de Allan Kardec é a mais lúcida até agora colhida pelo titular do blog.

“Ele [Edivaldo Holanda] quer derrotar os candidatos [a secretário] de Flávio Dino. Passar a impressão ao PDT que foi golpe, porque o discurso era que, se não fosse um de nós, seria ela [Kariadne Maia]. Levar Flávio Dino a uma resposta figadal e desconsiderar a secretaria como nossa”, avaliou.

E segue o impasse…