Da Coluna do Sarney
As minas de Carajás, no Pará, foram descobertas de uma maneira misteriosa, embora no século XIX o engenheiro Krieger, que chefiava uma missão científica exploradora na região tenha afirmado que ali existia ferro “que podia abastecer toda Europa”. Mas foi um helicóptero da United Steel, gigante do aço americano, que, num vôo de turismo, posou numa montanha e aconteceu o milagre: era de ferro. Ninguém acreditou na história, mas foi ela que pediu e ganhou a concessão do governo brasileiro.
A então Vale do Rio Doce não se interessou pela mesma, pois estava concentrada em Minas Gerais e nada queria nesta região. Com a ida do César Cals, que tinha sido meu superintendente da Cemar e de Boa Esperança, para o Ministério de Minas e Energia do Governo Médici, combinei com ele que devíamos fazer uma companhia de mineração para esta região, porque a Vale não iria fazer nada. Ele criou a Amazônia Mineração e nomeou seu presidente Vicente Fialho, que tinha sido meu secretário e prefeito de São Luís. Fialho estruturou a companhia e partiu para comprar a concessão de Carajás da United Steel e promovermos o projeto que iria embarcar o ferro pelo Itaqui, viabilizando este como um grande porto.
A coisa andou e quando a Vale viu que Fialho ia fazer o projeto independente dela, abriu os olhos. Então Eliezer Batista tomou a peito a tarefa de incorporar a Amazônia Mineração do Fialho e deslanchou o projeto. Comprou a Mina de Carajás por 50 milhões de dólares, ela que era a maior mina de ferro do mundo, com alto teor, quase 70%, ferro puro.
Iniciado o projeto era essencial definir escoamento viável. O Pará queria que fosse por via fluvial, descendo o Tocantins. Tinha o obstáculo de transpor Tucuruí. Então ele queria fazer as eclusas do Tucuruí. O projeto do escoamento por estradas de ferro e pelo Itaqui era muito mais fácil e o porto paraense de Barcarena não tinha calado para receber navios de grandes tonelagens. Mas a guerra foi grande. Os paraenses me atacavam por querer trazer o ferro de Carajás para o Maranhão e um deles chegou a dizer que só faltava agora eu trazer a Festa de N.S. de Nazaré.
Com a luta grande entre os dois estados, eu reuni minha equipe e disse que devíamos “melar” o estudo de viabilidade e propor uma solução fluvial pelo Maranhão. Usamos a mesma técnica que havíamos usado na SãoLuís-Teresina. Haroldo Tavares bolou, com sua criatividade, que podíamos abrir um canal ligando o Mearim ao Tocantins (!) e o escoamento seria pelo Itaqui.Embora fosse uma proposta mirabolante, o certo é que a solução fluvial podia também levar ao Itaqui. A guerra foi grande. A bancada do Pará foi ao presidente Médici, e o Epílogo de Campos, deputado pelo Pará, disse: “O Pará tem direito.” Médici respondeu: “Tem direito mas não tem porto”.
Nossa equipe trabalhava junto à área técnica e sabíamos que a solução tinha de ser o Itaqui e só ela viabilizava o aproveitamento das Minas de Carajás. Briguei, foram dois anos de luta, mas vencemos, e hoje o Itaqui exporta 120 milhões de toneladas de ferro, é o 2° porto do Brasil e, recebendo 1.550 navios/ano, é um dos maiores do mundo.
Depois eu fui presidente, dei toda força à Vale e concluímos o projeto e atingimos o objetivo. A Vale era estatal e o governo não negava recursos ao Itaqui e ao projeto Carajás. Eu estava vigilante e sempre cobrando seu andamento.
Completávamos o nosso sonho. Tínhamos construído o Ponta da Madeira, no Itaqui, conseguimos que ele fosse o Porto de Carajás, e hoje ele está recebendo os maiores navios do mundo (400.000 toneladas), que só ancoram aqui e em Roterdã, e alavanca o progresso do Maranhão.
Repito, em torno de um grande porto sempre floresce uma grande civilização. No futuro só teremos que ter grandes e boas notícias. O Itaqui, a estrada de Carajás, a Norte-Sul que eu comecei a construir, tudo era e é para dar emprego, deu e está dando milhares, criando riqueza para o bem-estar de nosso povo. Foram os 50 anos de atraso!… dos cabeças de inveja.
Prezado Gilberto, trabalhei mais de 20 anos na Vale e te garanto que ele deixa no maranhão mais problemas que benefícios, toda compra em grande escala é feita fora do MA, são centenas de acidentados,mortos e mutilados em virtude do baixo investimento em saude e segurança, principalmente nas empreiteiras.
Ao longo da estrada de ferro fica somente um rastro de poeira que agride a saude de toda população ribeirinha, comercio, somente a venda de refeições realizada por crianças para os passageiros do trem.
Com a desculpa de preservar o meio ambiente a Vale patrocinou o maior destruição das matas do nosso estado plantando eucalipto em vários municípios, contaminou com agrotóxicos muitos dos lenções freáticos em nosso estado.
Com certeza gerou muitos empregos, para o nosso povo quase nenhum a nível de gerente, estes vieram importados de outros estados , com uma serie de isenções fiscais a Vale lucra e o maranhão muito pouco é beneficiado, somos apenas um corredor para exportar riquezas do Brasil.
No ultimo capitulo da novela do sarney ele vai dizer que descobriu o Brasil e escreveu a carta e pêro Vaz de caminha só fez selar o envelope.
Gostaria de ver o senador SARNEY,contar toda essa FAROFA,sobra :SAÚDE,
EDUCAÇÃO,SEGURANÇA PÚBLICA,MORADIAS,IDH;CAEMA(FALTA D’ÁGUA), inclusive,hoje,ESTRADAS,SANEAMENTO BÁSICO;ESGOTO A CÉU ABERTO em quase toda São Luís,PRAIAS POLUÍDAS e do sistema prisional(Pedrinhas),
que vem sendo MANCHETES da imprensa do Brasil e do MUNDO.É,Pelo visto,
ele gosta mesmo é de falar sobre RIQUEZA…e qual beneficio que essa VALE, ,
hoje,uma MULTINACIONAL,trouxe aos MARANHENSES???
O ex presidente fala que fez isso e aquilo, etc… O fato é que foi tudo com dinheiro do governo federal, dinheiro arrecadado através de impostos nos estados que produzem alguma coisa. O Brasil precisa de um novo pacto federativo onde a quantidade de políticos no congresso e no senado seja proporcional ao PIB dos estados é necessário acabar com essa armação engendrada ainda nos tempos de Golbery, para garantir os votos da Arena, na qual o ex presidente foi filiado. Os investimentos foram feitos pelo governo federal, mas o povo maranhense continua na miséria, o estado do Maranhão detém os piores índices de desenvolvimento do país, essa é a realidade, o resultado de 50 anos de domínio de uma família que contribuiu de forma importante para isso.
O presidente Sarney deveria nos mostrar sua historia, que é seu trabalho e sua contribuição com o nosso país, e calar a boca desses perseguidores.
ESSA FOI BEM NA LATA DE FLAVETE PAPADA E SEU BANDO DE PSEUDOS COMUNISTAS.
ÊSSE VELHO É PIÓR DE QUE AS SETE PRÁGAS DO ÉGITO
Com tanta coisa que diz que fez é muito triste ser tão desprezado. É desprezado exatamente porque ao lado do que fez de bom, fez muito mais coisas erradas e a prova é que o Ceará que nos exportava famílias inteiras, hoje causa-nos sentimentos de inveja.
POr falar em riqueza, Sarney devia era justificar, ou pelo menos tentar explicar, como conseguiu amealhar toda essa fortuna de cem milhões que avaliam ter. Nunca foi nada na vida além de politico e nem herdou de família qualquer fortuna. Não é impressionante a performance patrimonial desse cidadão?
Adoro quando ele diz: Meu superintendente, Meu secretário. Sim, progredimos tanto, e continuamos com os piores índices indicativos de desenvolvimento. O Estado do Maranhão, não é pobre, é muito mal administrado por esse pessoal arrogante e miserável que acha que tirou dinheiro do bolso deles pra fazer uma coisinha aqui, outra acolá. Tudo é hiper, super faturado. Tudo é maquiagem ridícula, e o povo tem inveja! Inveja de que, cara pálida? da miséria, da falta da educação, da saúde e da segurança, não digo ideal ou de qualidade, mas razoáveis. E vão continuar tendo votos. Para isso o Governo do qual essa família faz parte, mantém seus currais dando esmolas, no lugar de oportunidades.
ENTÃO ESSA VELHA MÚMIA CONTA PORQUE NOSSO ESTADO É POBRE, COM OS PIORES IDH MAIOR NUMERO DE ANALFABETOS, TEM O TROFÉU DE SER PIOR EM TUDO. SARNEY SÓ É BOM PRA PUXA SACO QUE COMEM AS CUSTA DESSE DESGOVERNO.
Maranhão: o reino da mentira. Padre Vieira.
É MAS VCS QUE CRITICAM ESQUECEM DE VER QUE ELE FOI GOVERNADOR UMA VEZ E PARA UM GOVERNO FEZ MUITO! COMO SENADOR, ARTICULOU A SAIDA DO MINERIO PELO PORTO DO ITAQUI.
CONHEÇO PARAENSES QUE ATE HOJE FALM QUE O QUE FAZ FALTA NO PARÁ E UM SARNEY.
AGORO CONVIDO VCS A VEREM OS POST’S DO MARCO DEÇA FALANDO DA OLIGARQUIA MUNICIPAL DA OPOSIÇÃO
Senhor Gilberto, é estarrecedor ver como tem tantos maranhenses miseráveis de corpo e mesquinhos de espírito.
Como pode ser explicadas as críticas idiotas ao grupo SARNEY? Pessoalmente nada recebi desse grupo mas tenho imensa gratidão pelo o que já foi pelo nosso estado e pelo próprio país.
E como temos :Imbecis,incautos,áulico,alienados…cruz credo.
Os dois projetos teriam juntos, em uma primeira fase, capacidade de movimentar cerca de 8 milhões de toneladas de soja por ano. O Tegram é um projeto antigo cuja implementação já foi tentada, sem sucesso, nos últimos anos, pela Empresa Maranhense de Administração Portuária (Emap), que responde pelo porto. A atual gestão de Itaqui reviu o projeto e buscou integrá-lo com o corredor ferroviário que chega ao Maranhão.
O MARANHÃO É UMA MARAVILHA, NOSSA TEM TUDO DE BOM, BOAS ESCOLAS, BONS HOSPITAIS, ESTRADAS BEM ASFALTADAS E DUPLICADAS, REDE DE ESGOTO E DE ÁGUA ENCANADA, E TUDO ISSO NÓS DEVEMOS A JOSÉ SARNEY E SEU GRUPO POLÍTICO.
Cartas de si para si
Posted: 12 Feb 2014 01:00 AM PST
Por Abdon Marinho
Abdon Marinho.
Pensei muito na forma de melhor definir estas colunas com as quais ex-presidente Sarney nos brinda aos domingos, sobretudo aquelas em que canta os seus feitos ao longo destes quase cinquenta anos. Encontrei em Franklin Távora, no seu “O Matuto”, a construção “de si para si”, que ao meu ver é a melhor definição para as epístolas. São isso, nada mais que cartas de si para si, essa louvação a todos os feitos que fez nesta metade de século. É como se pretendesse guardar para si as lembranças dos tempos idos.
Ora, os críticos do ex-presidente, a quem o próprio chama de invejosos na carta de hoje, a menos os tolos, não desconhece tudo que o grupo que está no poder esse tempo todo, até porque, considerando que a última alternância de poder tendo se dado num lapso temporal tão extenso, não se teria como fazer qualquer comparativo com os governos anteriores. A realidade do país, antes de 1965 era muito distinta da atual. Se tudo hoje é diferente do que era a uma década, imagine cinco. Não bastasse isso, a mudança da sociedade e do estado ao longo dos anos, não há referência, pela longevidade no poder, que permita qualquer comparação, seja pelo alegam terem feito no passado ou no presente. Sem querer espancar a história, acredito que o que mais se aproxima do tanto de poder acumulado pelo atual grupo se deu no Segundo Reinado. É isso, acredito que se houvesse algum parâmetro para comparar, seria o parâmetro do Segundo Reinado. Ai, não podemos comparar, pois o Imperador D. Pedro II, ainda hoje figura entre os dez maiores estadistas de todos os tempos deste país – principalmente pela promoção das liberdades dos cidadãos –, enquanto que o ex-presidente não figura sequer na lista, e aqui não declinaremos as razões. Em comum, só a longevidade no poder.
Dito isso, qualquer discussão deve partir do pressuposto que quase tudo que há no Maranhão, para o bem é para mal, foi produzido nos últimos cinquentas anos. Este é o fato. E, se não se tem como comparar com qualquer outra gestão, o “revival” tardio que se materializam nestas cartas de si para si, nada mais são que o discurso do óbvio, sobre o nada, absolutamente inócuo, sob qualquer aspecto que se examine.
No mesmo sentido caminha o artigo que o pré-candidato do grupo fez publicar em diversos veículos do Brasil e do Maranhão na qual vende as potencialidades do estado. Estes também são dados que não são desconhecidos de ninguém.
O que se tem dito é que o Maranhão, dirigido pelo mesmo grupo há quase cinquenta anos, com tudo que alegam terem feito, porto, rodovias, ferrovia e muito mais, apresenta índices de desenvolvimento humano e social iguais aos das nações africanas mais atrasadas.
A análise fica mais constrangedora quando nos damos conta que outros estados, menos aquinhoados com recursos naturais, sem portos, sem grandes ferrovias, sem grandes projetos econômicos encravados em seus solos, apresentam indicadores mais positivos. Comparem os estados do nordeste, apenas estes, nos últimos vinte anos, vejam o salto que deram. Vejam a evolução do Piauí, até há bem pouco tempo sinônimo de pobreza.
O que se tem dito é que estruturação da sociedade maranhense ao longo destes decénios se deu com a maior e mais brutal concentração de renda que se tem noticia no mundo. Na capital do estado
temos pessoas bilionárias, ostentando tudo que o dinheiro pode comprar, convivendo quase ao lado de pessoas que não possuem a refecia do dia a dia.
O que se tem dito é que as pessoas que exercem o poder é as vivem nas suas cercanias têm usado o estado como instrumento para o enriquecimento pessoal e detrimento do bem comum, do interesse da coletividade.
O que se tem dito é que esse modelo de sociedade onde poucos tem tudo e muitos tem nada e que tudo depende do beneplácito das família que dominam as instituições estaduais tem um efeito deletério para a sociedade.
O que se tem dito é que é incompatível com o desenvolvimento que se prega em relação ao estado que as relações em pleno século vinte um ainda se dêem a partir de laços familiares.
O que se tem dito é que as instituições existentes no estado não podem pertencer ao patrimônio das famílias, como eram na aurora do século dezenove.
O que se tem dito é que esse modelo de desenvolvimento, que privilegia alguns e esquece a maioria da sociedade não interessa mais.
Como explicar que o Maranhão, como diz o próprio missivista tendo tudo que tem, e que faz questão de dizer, por sua obra e graça, não consegue ultrapassar os demais estados no se refere aos indicadores sociais? Como um mesmo grupo dirigindo o estado continuamente não tenha colocado-o entre os primeiros país, ainda mais quando sabemos da grande importância que tem as lideranças políticas no cenário nacional, Possuindo entre seus quadros, Ministros de Estado e até um ex-presidente da República? Como explicar que em quase tudo que signifique desenvolvimento estejamos no fim da vida, como saúde, educação, renda, expectativa de vida, etc.?
As cartas de si para si com as quais os poderosos vendem tudo que fizeram no passado e o que dizem que acontecerá no futuro, por mais tentem não conseguem explicar como chegamos a indicadores tão humilhantes. As alegações, mais que motivo de júbilo, deveriam ser motivos para constrangimento e vergonha.
As coisas que alegam terem feito para o bem do povo não se materializaram na vida das pessoas, cuja maior parcela permanece carente de coisas básicas, indispensáveis ao aprimoramento da cidadania. Se apresentam fatos como incontestáveis os indicadores também o são. Se os “invejosos” invejam os feitos por outro lado não deixam de ter razão quando criticam o atraso.
Numa destas epístolas talvez fosse oportuno colocarem, junto com as alegrões do fizeram pelo estado, mostrar tudo que o estado fez por suas famílias e seus apaniguados, o que tinham, de onde vieram e que possuem hoje. Não se tem dúvidas que pessoas não lírios e como tais, se comem, vestem e vivem bem melhor que todos os demais não unicamente pela graça de Deus, mas também pelo concurso do nosso estado que é tão rico e que possui um povo tão pobre. Apenas os lírios, dizia Jesus Cristo, segundo seus apóstolos, não plantam e não colhem, mas ainda ainda assim nem Salomão no auge de seu esplendor vestiu-se tão bem.
As cartas de si para si, talvez devessem suscitar também este tipo de reflexão. Não apenas mostrar e alegar o que dizem terem feito, mas também, reconhecer tudo que o estado fez pelos donos do poder ao longo destes anos.
Autor: Abdon Marinho é advogado eleitoral.
EXCELENTE TRABALHO DO ESCRITOR COMPETENTE, E MAGISTRAL ADVOGADO.
TENHO POUCA PECÚNIA INFELIZMENTE, PARA CONTRATA-LO, PARA FAZER A DEFESA DO DO EX-PRESIDENTE,.
SEI QUE O TEMPO SERÁ O MELHOR JULGADOR. NÃO SEI SE ESTAREI PRESENTE. QUANDO ISSO ACONTECER..