Flávio Dino pede que PDT recue, mas Lupi reafirma que partido exige vaga

lupiO presidente nacional do PDT, Carlos Lupi, disse ontem (29), em entrevista ao blog, que no encontro que manteve na segunda-feira (28) com Flávio Dino (PCdoB), ocorrido na sede nacional do PDT, no Rio de Janeiro, reafirmou ao comunista a disposição do partido de apoiá-lo, desde que possa indicar o candidato a vice-governador – o empresário Márcio Honaiser já foi escolhido em plenária interna como indicado da sigla.

Na ocasião, Flávio Dino chegou a ponderar que precisa dar uma vaga na chapa ao PSDB e ofereceu outras formas de compensar o PDT caso eleito governador. Lupi não aceitou.

“Eu reiterei a posição do partido em apoiá-lo desde que tenha o compromisso da vice ser indicada pelo partido”, pontuou o pedetista, que disse continuar firme no propósito de garantir seu partido na disputa majoritária de 2014. “Continua [o propósito do PDT de participar da chapa comunista apenas de indicar o candidato a vice]. Nós não abrimos mão do que foi combinado”, completou.

O “combinado” é um acordo firmado entre Dino e o PDT em 2012. Na ocasião, para apoiar a candidatura do atual prefeito de São Luís, Edivaldo Holanda Júnior (PTC), os pedetistas queriam indicar o candidato a vice-prefeito.

Após uma série de negociações, a vaga ficou com o PSB. Mas ao PDT ficou garantida, desde então, a certeza de que o candidato a vice-governador, neste ano, seria do partido.

No ano passado, ao comentar o assunto, Carlos Lupi classificou como “guerrinha” o imbróglio sobre a coligação que elegeu o atual prefeito da capital.

“Estou falando antes, anunciando aquilo que eu falo em particular, porque da outra vez nós tivemos que ceder. Tava uma guerrinha aqui, que não dava para a gente articular o que a gente queria”, disse, referindo-se a 2012.

Ainda de acordo com o dirigente, a conversa entre desta semana ele e Flávio Dino não foi definitiva e o pré-candidato pediu para levar o posicionamento do PDT a uma “avaliação conjunta” dos demais partidos da coalizão oposicionista.

“Ele disse que iria fazer uma avaliação conjunta com os demais partidos. Então eu disse: ‘Está bem, vamos aguardar essa avaliação’”, declarou.

Lupi ressaltou que ao fim da reunião não se definiu nenhuma nova data para que Flávio Dino apresente o resultado dessa “avaliação”. “Não marcamos, não [nova reunião]. Ficou de ele conversar e depois nos dar um retorno”, concluiu.