A Copa e a copa
Da Coluna do Sarney
Cheguei a Macapá e fui perguntando a dona Maria, encarregada da minha casa: “E a Copa?”. Ela foi logo me respondendo: “Doutor Sarney, não sei o que aconteceu, mas com a ajuda do senhor Alvarenga conseguimos estancar a água, mas ficou tudo inundado na copa e a água escorreu por todo o corredor e foi até a varanda, escritório e toda a casa. Mas, graças a Deus, já está tudo resolvido. Apenas estragou o armário, molhou o estufado das cadeiras, manchou a tinta das paredes e agora só resta concertar o forro de gesso que veio abaixo. O resto está bem”. É que por estas artes do diabo que vive criando problemas dentro das residências, um cano estourou na saída da caixa d´água e veio o dilúvio. Chamado o encanador tudo foi estancado, mas o estrago ficou.
O estranho é que eu perguntei a dona Maria pela Copa do Mundo, coisa que todos falam e é assunto predominante no Brasil. Expliquei a ela que não sabia do estrago na casa e queria saber da Copa do futebol: “Dessa coisa eu não entendo e só vejo o jogo do Brasil e eu não sei dessas outras terras. Só sei que ganhamos da Acácia (Croácia) e não ganhamos do Mixicu (México).
Ao bom Deus agradecemos que com a Seleção não aconteceu o que aconteceu com a minha copa. A Fifa, que melhor seria Rifa, que só trata de dinheiro, sorte e prêmio, toda hora dá palpite, tabela preço, exige banheiro limpo e fica todo tempo como bicho papão e dragão da maldade dando ordem ao governo e falando grosso. O calmo e doce Aldo Rebelo, educado e culto tem sofrido no bafo dela.
A Copa entra nas minhas lembranças, porque a primeira vez que fui ao Rio de Janeiro foi no dia em que o Brasil tomou aquele gol do Uruguai, que justamente aconteceu quando o nosso avião, um Curtiss Comander do Loyd Aéreo do Borgi, misto de passageiro e carga, com os assentos laterais, que saia de São Luís às cinco da manhã e chegava ao Rio às seis da tarde. Parava em Formosa, em Goiás, para apanhar carne que vinha em fardos amarrados no meio do avião, dos quais escorria um fio de salmoura.
A cidade estava triste. Todos arrasados.
Outra vez que ouvi sobre Copa no Brasil foi do presidente Figueiredo. Disse-me ele “Ora veja, o Havelange, que então era presidente da Fifa, veio me oferecer a Copa no Brasil e eu respondi-lhe “Não quero”. “Só faltava essa. Isso ia me dar muita dor de cabeça, o que já tenho de mais”. Eu considerei o Figueiredo tapado, recusando a Copa no Brasil, que era um acontecimento desejado por todos. E agora eu penso, com os problemas vividos pela Dilma e as encrencas que estamos vivendo desde a Copa das Confederações que o tapado era eu. O sabido era o Figueiredo.
Mas, black bloc à parte, a Copa está sendo um sucesso, cheia de surpresas inusitadas como o sucesso da Costa Rica, o fracasso da Espanha, que tomou aquele Lexotan que o Ronaldo tomou quando entrou em campo no jogo do Brasil com a França e saímos de Paris de calções molhados.
O espetáculo belíssimos da alegria dos visitantes-torcedores de outros países, nossas ruas enfeitadas, o povo feliz participando de todos os jogos, enchendo todos os estádios (me recuso a chamar de Arena) e o Brasil sendo noticiário no mundo inteiro, com o testemunho de quantos aqui vieram que esse negócio de baderna é coisa de poucos arruaceiros que existem em todos os lugares, mas o Brasil é o mais pacífico dos países, com gente boa, hospitaleira e que transformou o futebol para além do esporte sendo uma cultura da alegria, um veículo de aproximação entre os povos e de confraternização de todos, sem preconceitos de raça, religião e ideologia. Transformou-se numa festa latino-americana, a maior de todos os tempos. De certo modo, revelando ao mundo esse lado bom e extraordinário do nosso Continente.
Errado estávamos eu e o Figueiredo e o certo estava o Lula quando lutou e trouxe a Copa para o Brasil. Até os estádios estão bonitos e educados. Feia estava a minha copa, que tinha mais água do que Natal no jogo de México e Camarões.
Um grande escritor, um grande homem da Literatura Brasileira e Maranhense. Um grande contador de causos e histórias. É um Ilustrado.Gostaria de saber se ele lembra do búile de café (que não tinha café) na campanha de 1965, em Presidente Dutra-Ma.No palanque.
“concertar” é!?????!!????? Bem aí eu parei… Ainda é Imortal!!!!!! Kkkkkkkkkk!!!!
Sarney continua o mesmo cara de pau de sempre. Se recusa chamar os estádios de ARENA, que lembra o partido que apoiou a ditadura e do qual ele foi um expoente. Cretinizado, Sarney já está na história, porém, de forma completamente diferente do seu desejo.
Parabéns pela reflexão. Eu, apesar de Pernambucano, tenho orgulho de ter sido adotado pelo Maranhão, berço do homem que brilhantemente soube conduzir a transição entre o militarismo e a democracia
Hoje aqueles que o criticam e até ofendem sua honra e família, se beneficiam justamente da democracia instalada em sua gestão democrática.
Abram as porteiras, PAI FRANCISCO
Abram as porteiras, PAI FRANCISCO chegou!!!!
Sarney, o nosso Rey!!!!
Como sempre, dando aulas de sabedoria…
Viva o Maranhão, vida longa para o nosso eterno presidente!!
Meu Deus, nunca vi um texto tão mal escrito. Ele poderia pedir ao Bruno Duailibe, que é casado com a neta dele, para fazer uma revisão, pois os artigos de Bruno são muito mais coerentes, gramaticalmente corretos e engraçados. O Sarney não é um bom contador de piadas. Ele coloca ponto onde deveria existir vírgula Por ex. (seis da tarde. Parava em ) deveria ser: (…) seis da tarde, e que parava em (…). Outra aberração: “Até os estádios estão bonitos e educados” Nunca vi dizer que estádio pudesse ser educado. – Os estádios estão bonitos e os torcedores educados. Poderia dar lugar ao Bruno no domingos com crônicas muito melhor escritas e mais interessantes.
Mário
isso fato, o problema é a gestao da copa!
” Expliquei a ela que não sabia do estrago na casa e queria saber da Copa do futebol…” kkkk Claro que ele não sabe dos problemas da casa dele em Macapá. Kkkk Já foi divulgado na mídia que ele quase não pisa lá kkkk. Abram os olhos donas Marias…
Simples assim. Copa é Copa , Eleição é Eleição. O resto é baboseira e falta do que fazer. Em Outubro na urna coloque sua insatisfação ou insatisfação.
Simples assim. Copa é Copa , Eleição é Eleição. O resto é baboseira e falta do que fazer. Em Outubro na urna coloque sua satisfação ou insatisfação