O roubo dos personagens
Da Coluna do Sarney
Erasmo Dias, um grande jornalista e talentoso intelectual da minha juventude, que deixou uma marca indelével do seu talento e da sua personalidade, que rompia todos os cânones da época, escreveu na revista A Ilha, fundada por Tribuzi, Bello Parga e eu, um conto antológico, “O roubo dos personagens”.
Lembro-me dele quando vejo que muitos dos meus pensamentos, frases e iniciativas foram apropriados, sem o menor respeito, e nunca citaram a fonte. Não vou dizer que roubaram, mas se apropriaram.
O primeiro – e que motivou este artigo – é dizer que um programa é de “desenvolvimento com justiça social”. Quem primeiro falou isto no Brasil fui eu, no manifesto da Bossa Nova da UDN, ao tempo de Juscelino, que falava muito em desenvolvimento, mas nada em social. No Maranhão, em 1965, quando fui eleito, era esse o lema do governo. E como presidente da República adotei o slogan “TUDO PELO SOCIAL”.
Minha preocupação pelo social é uma coerência da vida inteira. Ao convocar a Constituinte, coloquei na Mensagem que a encaminhou que ela se destinava a assegurar “os direitos sociais”, até então esquecidos.
Congressista, coloquei pela primeira vez em debate em Brasília a necessidade de quotas para minorias negras, com projeto de minha autoria para entrada nas universidades e concursos públicos. Aprovaram as cotas e ninguém se refere a isto. Lutei 20 anos com numerosos projetos de incentivos à cultura e hoje tudo o que se faz decorre da lei de minha autoria e sancionada por mim. Tinha meu nome e o trocaram por Rouanet, para negar-me crédito.
Presidente da República, criei o vale-alimentação (hoje chamado auxílio-alimentação), este que você e até mesmo os funcionários públicos recebem. Criei o vale-transporte, este com que você, que viaja de ônibus, paga sua passagem. Fiz a impenhorabilidade da casa própria, isto é, a lei que assegura que você não pode mais ter sua casa penhorada por dívida, pois é bem de família, seu teto, que não pode ser tomado. Assim, também facilitei os instrumentos do seu ganha-pão, o automóvel do taxista (dispensei também o IPI na sua compra), a máquina da costureira, o computador do que trabalha com ele, enfim, tudo do seu sustento.
Todos os programas sociais de hoje, que discutem se foi FHC ou Lula, começaram comigo: farmácia básica, aposentadoria do trabalhador rural, cota a deficiente, extensão dos benefícios da previdência ao trabalhador do campo, o 13o salário para o funcionalismo público civil e militar, e o maior de todos, a UNIVERSALIZAÇÃO DA SAÚDE. Todos os brasileiros, inclusive os que até então não tinham onde tomar uma injeção e só encontravam amparo nas Santas Casas e associações de caridade, passaram a ter direito ao tratamento de saúde com a criação do SUS por mim – antes da Constituição, que só mudou o nome para SUS. Quem se lembra disso e agradece, quando recebe esses benefícios?
A correção do salário mínimo acima da inflação, a legalização dos partidos tidos como clandestinos, inclusive do PCdoB, a anistia aos líderes sindicais, inclusive Lula, e a liberdade sindical, possibilitando milhares de novos sindicatos.
O programa do leite, considerado pela Unesco o melhor combate à fome do mundo – quantas vezes encontro mulheres que me agradecem e dizem que seus filhos foram criados graças a ele. 113 mil bolsas científicas. Acesso à energia no interior, que FHC e Lula prosseguiram e hoje é o Luz para Todos. O SEGURO-DESEMPREGO, que o trabalhador recebe no período mais difícil para ele, que é quando perde o emprego.
Daria para escrever um jornal inteiro se eu fosse relatar tudo. Mas não posso encerrar sem lembrar o que mais me orgulha e enche de satisfação, porque diz respeito à humanidade inteira: foi criar – assim que em Vancouver os cientistas anunciaram sua descoberta – a distribuição gratuita do coquetel que detinha a Aids, considerado o melhor programa do mundo contra essa terrível epidemia, e que o Brasil exporta para outros países.
O que fiz está aí. Ajudar, ajudar e ajudar o estado e o povo. Basta refletir sobre essas medidas que tomei.
esse cara e um gozador mesmo, suma da vida política do maranhão e nós só temos a ganhar, a sua ajuda não vale nada!! com você somos os mais miseráveis, fico torcendo para q você suma da vida política do maranhão de vez!!!
Kkkkkkk
Já fez tudo, ajudou bastante, trabalhou demais, agora está na hora de descansar e ficar junto da mamãe Kiola.
EU NÃO SEI QUEM É MAIS CARA DE PAU, SE QUEM ESCREVEU ESSE ARTIGO MITÔMANO OU SE QUEM PUBLICOU…
acho que é quem comentou
Gilberto, me desculpe, mas é você.
Sou maranhense e tenho vergonha, bem como a grande maioria dos maranhenses, de falar sobre a política do meu Estado. Você deveria ter vergonha de republicar esse artigo, só para citar de cabeça uns breves exemplos, pelo IDH, pela falta de infraestrutura, falta de leitos hospitalares, ou superfaturamento dos hospitais etc…
O velho Sarney, pela idade avançada, pode até ser desculpado pelas deturpadas reflexões.
Mas tu……bem, você sabe como age pois não?
Essa é a turma que se diz democrática… pq o artigo é do Sarney, não deveria ser publicado… tsc, tsc…
Nosso amado Estado (pelo menos por mim é amado) é vice-campeão de analfabetismo e de mortalidade infantil. Exibe a pior renda per capita do país. Em matéria de IDH, o Índice de Desenvolvimento Humano, está em penúltimo lugar, à frente apenas de Alagoas. Contra esse pano de fundo, a crise no sistema prisional maranhense é a maior contribuição da oligarquia Sarney ao Brasil. Sim, podem espernear! Trata-se de uma oligarquia!
E só para não restar dúvidas do quanto tal tipo de governo é nocivo, o filósofo Aristóteles destacou as seguintes características do termo oligarquia: o governo de poucos; a riqueza desses poucos; o nepotismo; o exercício do governo sem atender aos interesses da maioria.
Ora, basta rever a nossa história, o Maranhão sempre foi governado por Sarney e pelos grupos políticos autorizados por ele, temos como única exceção o falecido Jackson Lago.
Assim, só me resta questionar:
Nosso Estado tem um dos piores índices de educação do Brasil graças à família Sarney, ou a família Sarney tem o Maranhão graças ao pior índice de educação do Brasil?
Esse Sarney acha q tudo q ele fez na vida foi por favor e não por obrigação de um político. Ele fez foi pouco e quase nada, isso sim!
ajudar o seu povo, meu dúzia de almofadinha que afundou o Maranhão, e da ilha de curupu. agora estão com medo de ter que trabalhar. mas não nem precisa o tanto de dinheiro mandado para os paraísos fiscais dá pra comprar um novo maranhão
Ele descobriu o Brasil, mas falamos que foi Pedro Alvares Cabral apenas para não
Dar o crédito!!! Compra-me um bonde!!!
cara de pau! Ele ajudou sim, mas, a afundar o Maranhão e tona-lo o pior estado da federação.
“A IGNORANCIA É AUDACIOSA!” O cara ser ignorante e radical deveria doer igual a dente furado! O POVO é ingrato, estão hj os ratos magros querendo o poder e cospem no prato que comeram! Mas nunca esqueçam que quem trai para tomar o poder de um. Trai denovo!
VOCÊS SÃO UM BANDO DE IDIOTAS A PONTO DE SEREM IRRESPONSÁVEIS. EU NASCI EM SÃO LUÍS NOS IDOS DE 1950, QUANDO SARNEY SE ELEGE GOVERNADOR ASSISTIR A TRANSFORMAÇÃO QUE ELE IMPLANTOU NESSE ESTADO, PRINCIPALMENTE EM SÃO LUÍS. SÃO LUÍS NÃO TINHA UM METRO DE ASFALTO, NÃO EXISTIA A BARRAGEM DO BACANGA, A PONTE SÃO FRANCISCO, A ILUMINAÇÃO PÚBLICA ERA SEGURA POR POSTES DE FERRO QUE VEZ POR OUTRA MORRIA ALGUEM ELETROCUTADO. O PORTO DO ITAQUI EXISTIA SÓ NO PAPEL. E OUTRAS COISAS QUE SE FOR CITAR PASSAREMOS A TARDE INTEIRA.
POR ISSO RESPEITEM O MARANHENSE MAIS ILUSTRES DOS ÚLTIMOS TEMPOS.
Torna-se perfeito por ser cabível