O Sindicato dos Servidores da Justiça do Estado do Maranhão (Sindjus-MA) convocou para a próxima semana paralisação geral da categoria em protesto contra decisão da presidente do Tribunal de Justiça, desembargadora Cleonice Freire, de suspender o pagamento de reajuste de 21,7% nos vencimentos dos servidores sindicalizados.
O índice foi garantido por decisão do Supremo Tribunal Federal (STF), já transitada em julgado, e chegou a ser pago em setembro, mas suprimido em outubro, de acordo com cópias de contracheques encaminhadas ao blog por servidores dos Judiciário (veja acima).
O blog já entrou em contato com a assessoria de comunicação do TJ re aguarda retorno sobre o caso.
Abaixo, nota do Sindjus.
Sobre a decisão da Presidente do Tribunal de Justiça do Maranhão, Cleonice Freire, de excluir por ato administrativo e seletivamente o índice de 21,7% dos vencimentos dos servidores sindicalizados e que fora obtido por decisão judicial transitada em julgado no Supremo Tribunal Federal – STF, o Sindicato dos Servidores da Justiça do Estado do Maranhão – SINDJUS-MA, por seu representante legal, que assina abaixo, vem a público esclarecer o seguinte:
1 – O fato acima já foi comunicado à Secretaria de Planejamento e Orçamento do Estado do Maranhão – SEPLAN, bem como solicitada desta a imediata quitação da suplementação orçamentária solicitada pelo Tribunal de Justiça para o pagamento dos salários dos servidores sindicalizados, na forma assegurada pela decisão judicial transitada em julgado no STF. A referida solicitação foi feita por mandado judicial já cumprido por oficial de justiça, por determinação do juiz de direito Raimundo Nery, titular da 5ª Vara da Fazenda Pública de São Luís, conforme decisão proferida nos autos do Processo nº 7659/2011-TJMA.
2 – Ainda em relação ao ato da Presidente Cleonice Freire, uma vez que a sua decisão administrativa de excluir dos vencimentos dos servidores filiados ao SINDJUS-MA o índice de 21,7%, na folha de salários de OUTUBRO/2014, e isto após três meses decorridos da incorporação judicial do referido índice aos vencimentos da categoria, o SINDJUS-MA informa que ajuizará ainda hoje MANDADO DE SEGURANÇA contra a referida decisão administrativa, tendo em vista que ela resulta em redução de vencimentos dos servidores, o que é expressamente vedado pela Constituição Federal. O ajuizamento do competente MANDADO DE SEGURANÇA será levado adiante pelo SINDJUS-MA independente da SEPLAN providenciar, nas próximas horas, o repasse da parcela da suplementação orçamentária solicitada pelo Tribunal de Justiça e ainda pendente de quitação pelo Estado.
3 – Por fim, em repúdio à atitude arbitrária, ilegal, irresponsável, fascista, desumana e truculenta tomada unilateralmente pela Presidente do TJMA, Cleonice Freire, sem qualquer diálogo com os trabalhadores, o SINDJUS-MA decidiu convocar os servidores para PARALISAÇÃO GERAL DAS ATIVIDADES DA CATEGORIA EM TODAS AS COMARCAS DO ESTADO DO MARANHÃO, na próxima QUARTA-FEIRA, 29/10, em protesto contra o caos administrativo que se instalou do Poder Judiciário do Estado do Maranhão e para a imediata deflagração da campanha “FORA CLEONICE”, e em defesa de rigorosa e inadiável auditoria pública na gestão administrativa e financeira do Tribunal de Justiça do Maranhão.
DIREITO CONQUISTADO É DIREITO MANTIDO! A LUTA CONTINUA!
São Luis (MA), 23 de Outubro de 2014. ANIBAL DA SILVA LINS
Presidente do SINDJUS-MA
Um absurdo! Total falta de respeito para com o servidor público. A atual gestão do TJMA apenas demostra a falta de capacidade administrativa. Todos devem aderir a campanha “Fora Cleonice”.
Gilberto, respeito a luta e os direitos dos servidores do TJMA, mas não podem penalizar o jurisdicionado maranhense. O sindicato não pode exigir justiça promovendo injustiça. Espero equilíbrio e harmonia entre as partes.
Falta de capacidade administrativa sem contar a situação dos fóruns dos interiores, sem material de expediente nem mesmo para imprimir um mandado.Direiro líquido e certo aos servidores do TJ e essa criatura nos trata como lixo, mas não mostra o salário exorbitante que ela recebe.
Advogados,jurisdicionados e servidores insatisfeitos. Ate uma simples água mineral falta em qualquer unidade. Acho q o Cnj deveria investigar e ver a causa de tanta “fartura “
Voltaram atrás, já.
aguardo posicionamento do TJ. obg