A recente declaração da deputada federal Eliziane Gama, pré-candidata da Rede Sustentabilidade á Prefeitura de São Luís, confirmando que nunca procurou o PT para aliança na capital – mas que tem sido procurada por setores da militância – é mais um sinal de como a crise de credibilidade que abala o partido em Brasília reflete na sua capacidade de influenciar no jogo sucessório nos municípios.

Não é apenas Eliziane quem não faz questão de ter o PT ao seu lado.

O prefeito Edivaldo Holanda Júnior (PDT) e o governador Flávio Dino (PCdoB), por exemplo, não andam dando muita bola aos petistas locais.

E isso quem diz não sou eu, é uma petista.

Berenice Gomes, espécie de censora nacional do PT no Maranhão, admitiu esse isolamento publicamente, em manifestação formal tornada pública ontem (19).

Disse ela ao avaliar o cenário pré-eleitoral e conjecturar sobre os rumos da sigla:

“Já em 2016 temos de considerar: 1) Que o PT esta no governo Edivaldo – ainda que o espaço esteja restrito e que não tenha sido repactuado; 2) Que o prefeito está na base do governo Flavio Dino e o PT integra o Governo – mesmo que não tenha tido decisão institucional, mas é fato; 3) Que Edivaldo sendo do PDT está na base da presidenta Dilma e a apoiou em um momento que muitos se esconderam (a vereadora Rose Sales também, sejamos justos).

Porém, isto não se justifica se o próprio prefeito não tem demonstrado disposição em ter o apoio do PT, mesmo com as investidas do Diretório Municipal que marcou reunião com a Executiva do PT e o prefeito”

Ou seja: o PT tem se oferecido para o prefeito e para o governador, mas nenhum dos dois tem dado muita bola.

E, como a deputada Eliziane Gama anda muito mais próxima do PSDB, é muito provável que o partido marche mesmo sozinho no que vem.

Que coisa…