Flores e cordialidade

jerryOuvintes desavisados talvez tenham se surpreendido ao sintonizar o programa Ponto Final, da Mirante AM, na manhã de ontem. No estúdio, em tom cordial, o secretário de Estado de Articulação Política, Márcio Jerry, conversou com o jornalista Roberto Fernandes e respondeu – ou pelo menos tentou responder – perguntas dos ouvintes.

Nas ondas do programa jornalístico de maior audiência do rádio maranhense, Jerry cumpriu fielmente o seu papel. Jogou flores no governo do qual é homem de frente e rasgou elogios ao governador Flávio Dino.

Durante exata uma hora, quatro minutos e 19 segundos, falou das principais ações do Executivo em áreas básicas como educação, saúde, segurança e economia. Destacou programas como o Mais IDH – idealizado para mudar a realidade dos 30 municípios com os piores índices do estado – Escola Digna e Mais Asfalto. Mencionou ainda a valorização do servidor público, embora a relação com alguns segmentos não ande às mil maravilhas.

Jerry não perdeu oportunidade de fazer um balanço positivo dos primeiros 11 meses de governo – uma “governância participativa”, avaliou. Citou o contexto nacional para justificar resultados ainda não atingidos, principalmente na área de segurança, mas enumerou avanços como a diminuição do número de rebeliões no complexo prisional e de homicídios. Reconheceu que a sensação de insegurança é real entre os maranhenses, todavia vislumbrou mudanças no cenário a partir de 2016, com o incremento de 1.400 policiais ao efetivo e investimento em novos equipamentos para a Segurança.

Cobrado sobre a realização de concurso público para a saúde em vez de um seletivo, conforme assegurado em campanha, Jerry afirmou que o governo honrará promessas feitas no período eleitoral e que o seletivo “já foi um avanço, dentro das possibilidades atuais do governo”. Em contrapartida, citou a concretização de concurso para a área de educação, com a promessa de ampliar os certames para outras pastas futuramente.

Provocado sobre as eleições de 2016, reafirmou o compromisso do PCdoB com Edvaldo Júnior (PDT), mas disse que o seu partido não tem pretensões de indicar um vice para compor chapa com o atual prefeito. Frisou, entretanto, que o governador Flávio Dino não adotará palanque no próximo ano, em respeito aos aliados da base governista que já revelaram pretensões de disputar o pleito.

Em miúdos, a postura hábil de prover o governo casou com o que se poderia esperar do principal articulador da imagem e do projeto político da atual gestão.

Da coluna Estado Maior, de O Estado do Maranhão

2 pensou em “Flores e cordialidade

  1. CONFESSO QUE NÃO ENTENDI ESSA ENTREVISTA DE DINO NA MÍDIA OLIGÁRQUICA. ELE NÃO PODE COMETER OS MESMOS ERROS DO FINADO JACKSON LAGO , QUE ABASTECEU AS CONTAS BANCÁRIAS DA MIRANTE COM MUITO DINHEIRO , E RECEBEU EM TROCA UM DESGASTE POLÍTICO , SEGUIDO DE UMA CASSAÇÃO.
    A PROPOSITO, PORQUE RICARDO MURAD CHAMOU A MIRANTE DE DIABO?! SERIA O COMEÇO DO ARREPENDIMENTO DE TER FINANCIADO SEUS BLOGUEIROS COM MUITO DINHEIRO DESVIADO DA SAÚDE , QUANDO ERA SECRETÁRIO DE SAÚDE NO DESGOVERNO DE ROSEANA, E AGORA , ESTÃO SENDO OBRIGADOS A BATEREM PALMAS A DINO.

    • vc se fez de desentendido nessa né? quem considerava a Mirante o diabo eram os comunas… ele fez referência a isso… para mostra a incoerência dessa turma

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