Que me perdoe o caro leitor pela série de elogios gratuitos que farei a seguir, mas não poderia deixar de exaltar – sob pena de ser o único injusto em toda a história – a atuação do comandante de Policiamento Metropolitano, tenente-coronel Jeferson Teles, no caso da invasão dos policiais militares à casa do vendedor Marcos Cruz, 35, na Vila Kiola.
Jeferson Teles foi duro o suficiente, agindo energicamente para controlar a situação e retirar os PMs imediatamente das ruas;
Jeferson Teles foi honesto, ao encarar o problema de frente, dando à imprensa em geral todos os esclarecimentos necessários, sem esconder a crise, mas também sem se abster de tomar as medidas administrativas necessárias;
Jeferson Teles foi humano, porque entendeu a gravidade do fato, mesmo quando se tratava de um desfavorecido;
Jeferson Teles foi cuidadoso, ao investigar todos os pontos dos depoimentos das vítimas e dos acusados. Foi assim que descobriu incongruências, por exemplo, nos depoimentos do sargento Amâncio;
Por fim, Jeferson Teles foi corporativista, no sentido mais puro da palavra, porque defendeu os interesses da corporação, mesmo sabendo que isso pode levar ao fim da carreira de dois colegas.
Parabéns, Jeferson Teles!
É de homes assim (e mulheres, por que não?) no comando que a PM precisa para crescer no conceito popular, para acabar de vez com o conceito de que policiais militares são bandidos.
Não o são.
Há uns poucos que maculam a imagem da instituição, mas os bons hão de prevalecer.