CRISE NO PT: Marcio Jardim detona Valdinar Barros via Twitter

O petista Marcio Jardim não gostou nada das declarações do colega de partido e deputado estadual Valdinar Barros sobre a suposta omissão do deputado federal Flávio Dino (PC do B) da campanha de Dilma Roussef (PT) no 2º Turno.

Pelo Twitter, Jardim disparou contra o ex-agricultor e pode ter aberto mais uma crise dentro do já combalido PT maranhense. Disse que o deputado pisou na bola, e sugere que ele agora é aliado do grupo Sarney.

Petista não gostou de comentário do deputado sobre Flávio Dino e disparou no Twitter

“O Valdinar Barros PISOU NA BOLA, parece que depois de um almoço na BASE DO RABELO ele caiu no canto de Washington [Oliveira, vice-governador eleito na chapa de Roseana Sarney]”, afirmou.

Valdinar acusou Dino de ter-se escondido da campanha da presidenta eleita no 2º Turno. Ele se disse decepcionado com o comunista.

“Eu ainda vou falar isso pessoalmente para o deputado [Flávio Dino]: eu estou decepcionado com a atuação dele, que se escondeu da campanha no 2º Turno”, emendou.

Maranhão: território do lulismo

Se chamou a atenção de alguns incautos a verdadeira surra que a petista Dilma Roussef aplicou no tucano José Serra, aqui no Maranhão – atingindo 79,09% dos votos válidos – ao blog não foi nenhuma supresa.

Dilma teve 5% de votos a menos que Lula no MA

Na verdade, causou espécie a queda de rendimento do “lulismo” no nosso estado.

Tudo bem que, este ano, o eleitor parece não ter-se interessado muito a votar. Some-se a isto as dificuldades que a Justiça Eleitoral impôs ao transporte de eleitores.

O resultado foi que Dilma, com pontencial para obter mais de 80% dos votos válidos pras bandas de cá, conseguiu captalizar “apenas” os 79,09% citados acima. Uma diferença, pró-Dilma, de “apenas” 1,6 milhão de votos.

E por que “apenas”?

Porque o Maranhão, como o Nordeste, é território do lulismo por excelência e a tônica seria esperar da nova presidenta um desempenho igual ou melhor aos índices de aprovação do atual presidente Lula em todas as últimas pesquisas, que beira a casa dos 85%.

Além do mais, se analisarmos os números das eleições de 2006 fica mais fácil de entender por que poder-se-ia esperar mais da petista: no 2º turno contra Alckmin (PSDB), Lula atingiu a marca de 84,64% dos votos válidos, contra 15,36%.

Se a diferença este ano foi de 1,6 milhão de votos pró-Dilma, em 2006 foi de 1,8 milhão de votos pró-Lula. Ele obteve 2,2 milhões de votos.

Vendo por esse ângulo, fica claro que aqui é mesmo território lulista e que Dilma poderia ter capitalizado ainda mais eleitores na disputa deste ano.