A definição de alto e baixo clero varia de casa para casa. No Senado, em tese, não deveria existir tal classificação afinal são apenas 81 parlamentares, da nata da política no Brasil, porque já foram governadores, prefeitos e ate Presidentes, mas não é bem assim. Existem senadores que sua visibilidade, participação e nas decisões da Casa, os colocam no alto clero, enquanto que os do baixo clero se restringem somente ao seu estado e se coloca a disposições dos lideres.
Já na Câmara Federal, com seus 513 deputados, existe mais baixo que alto clero. Os de primeiro mandato vão direto para o baixo clero. A situação tende a melhorar a partir do segundo ou terceiro mandato, casos façam a fazer parte do grupo que comanda as ações da Casa.
Para entrar no médio clero, em primeiro mandato, os parlamentares devem ter pedigree político (parentes de ex-caciques políticos), ou ainda que tenham tido significativa votação, dependendo da sua atuação.
Existem senadores e deputados federais que extrapolam a classificação de alto clero, chegam a ser classificados como ícones ou estrelas de primeira grandeza na política nacional. Por isso, a imprensa sempre está em seus encalços para entrevistá-los e, assim, saber quais são as verdades dos bastidores políticos.
Veja os senadores tidos como ícones:
José Sarney (PMDB-AP) – Presidente do Senado, ex-Presidente da República
Arthur Virgilio (PSDB-AM) – líder do partido na Casa
Agripino Maia (DEM-RN) – líder do partido na Casa
Fernando Collor (PTB)-AL) – ex-Presidente da República
Marcos Maciel (DEM-PE) – ex-vice Presidente da República
Renan Calheiros (PMDB-AL) – ex-presidente do Senado, líder do partido.
Romero Jucar (PMDB-RO) – líder do governo na Casa
Senadores do alto clero
Marconi Pirillo (PSDB-GO)
Aloisio Mercadante (PT-SP)
Eduardo Suplicy (PT-SP)
Edison Lobão (PMDB-Ma)
Tasso Jereissati (PSDB-CE)
Pedro Simon (PMDB-RS)
Álvaro Dias (PSDB-PR)
Heráclito Fortes (DEM-PI)
Mão Santa (PSC-PI)
Jarbas Vasconcelos (PMDB-PE)
Marina Silva (PV-AC)
Garibaldi Alves (PMDB-RN)
Deputados Federais do Alto Clero
Michel Temer (PMDB-SP) – Presidente da Casa e vice-presidente eleito
Inocêncio Oliveira (PR-PE)
Antonio Carlos Magalhães Neto ( ) Neto de ACM
Rodrigo Maia (DEM-RJ), filho de César Maia ex-prefeito do Rio de Janeiro
Ciro Gomes(PSB-CE), ex-governador do Ceará
Gabeira (PV-RJ)
Luiza Erundina (PSB-SP) – Ex-prefeita de São Paulo
Miro Texeira (PDT-RJ)
Ronaldo Caiado (DEM-GO)
Sandro Mabel (PR-GO)
Simão Sessim (PP-RJ)
Vicentinho (PT-SP) sindicalista
Jaime Martins (PR) Ops, ia esquecendo, ele é presidente de uma das mais importantes comissões, “Viação e Transportes”
Pedro Novaes (PMDB-MA)
Gastão Vieira (PMDB-MA)
Vaccarezza (PT-SP) – líder do governo na Casa
José Carlos Aleluia (PSDB-BA)
Como se vê, a maioria esmagadora dos ícones e do alto clero no Congresso Nacional é formada por nordestinos e nortistas, coisa que deixa os paulistanos, principalmente os jornalões, revoltados e preconceituosos.
Veja o que disse Lula em Estreito (MA), que deixou os paulistanos ainda mais revoltados com o Nordeste: “… Nós não queremos tirar nada do Sudeste, nós queremos que São Paulo continue crescendo, que o Rio de Janeiro continue crescendo, que o Sul continue crescendo, mas nós achamos que o século XXI é a vez do Nordeste e do Norte deste país começar a crescer”.
Diante desse depoimento do presidente Lula, observa-se a importância desses ícones e dos de alto clero nordestinos e nortistas para que as regiões fossem vistas pelo governo federal.