A Companhia de Saneamento Ambiental do Maranhão (CAEMA) pode estar cometendo um crime na cidade de Bacabeira. Denúncia de uma moradora do povoado Santa Quitéria, no programa Abrindo o Verbo desta segunda-feira (20), dá conta de que o órgão tem cobrado contas de água que variam de R$ 70 a R$ 80 de uma das comunidades mais pobres do município.

Mas isso não é o pior: segundo a moradora, o povoado já é atendido por uma sistema de abastecimento construído pelo município, o chamado Sistema Autônomo de Água e Esgoto (SAAE).

“Então, o que eu queria saber, é o que eles estão cobrando, porque o povo não tem condições de pagar. Um povo que vive de plantar mandioca para fazer farinha e vender”, declarou a moradora, que identificou-se como Raimunda.

Em contato mais tarde, ainda no programa miranteano, o ex-prefeito Reinaldo Calvet também estranhou a cobrança. Ele lembrou que foi na sua administração que o SAAE de Bacabeira foi implantado.

“Eu estarei amanhã [terça-feira] (21) na CAEMA para esclarecer esse assunto. A população daquele povoado é mesmo muito pobre e a comunidade já é atendida pelo sistema de abastecimento do município, implantado na minhas administração”, completou.

Outro lado

Em contato como blog, a assessoria de Comunicação da CAEMA informa que, na verdade, o bairro Santa Quitéria é abastecido pelo Italuís e por poços da Caema. Ainda segundo a nota, a CAEMA estava há dez anos com o faturamento suspenso nessa localidade. Agora em junho esse faturamento foi retomado.