Que o deputado federal Domingos Dutra (PT) tem apreço zero pelo Maranhão já não é mais novidade para ninguém. Basta ver para onde ele mandas as emendas parlamentares a que tem direito.
Mas um bate-boca com o deputado Chiquinho Escórcio (PMDB), em plenário, ano passado, e um vídeo a que o blog teve acesso no início desta semana mostram que ele também não dá muita importância para a família.
No caso do entrevero com Escórcio – mais conhecido do grande público – Dutra nada fez depois que o peemedebista chamou sua mãe de “jagunça”.
“Jagunça é a sua mãe. Sarney é meu papai. Se você xinga meu papai eu xingo a sua mamãe”, disparou à época Chiquinho Escórcio, que respondia a ataques do petista contra o senador José Sarney.
Agora, o que pouca gente sabe é o que a própria família – ou a parte ela que ainda mora em Saco das Almas, berço do parlamentar – pensa de Dutra.
No vídeo postado acima, quem fala é Cláudio Ferreira Costa, 81, quilombola, tio do deputado federal.
“Ele [Dutra] nunca fez nada por nós”, afirmou ele.
O motivo do abandono? Segundo Cláudio Ferreira, o pai e Dutra perdeu uma terras que ganhou quando trabalhava como “vaqueiro da brancalhada” após desapropriação pelo Governo Federal, em 1996.
“Por conta dessa queixa ele [Dutra] nunca fez parte por nós”, disse.
Quando inaugurou uma escola no povoado de Saco das Almas, semana passado, o então governador em exercício, deputado estadual Marcos Caldas (PRB), deu um recado direto ao parlamentar.
“Estou fazendo o que o Dutra nunca fez: valorizar a cidade onde nasci e faço política”, disparou Caldas.
Se Dutra se mostra desalmado com a família, imagine com você, que ele nem conhece.
E um vagabundo