Às vésperas da definição, pelo Conselho Nacional de Justiça (CNJ), sobre abertura de processo administrativo disciplinar para apurar suposto assédio sexual cometido pelo desembargador Jaime Ferreira de Araújo (foto), contra a hoje juíza Sheila Cunha, da comarca de Cururupu, um novo diálogo do magistrado traz à tona o que pode ter sido uma atitude recorrente durante o concurso para juiz realizado pelo Tribunal de Justiça do Maranhão em 2009.

A transcrição do áudio foi publicada no blog do Itevaldo Jr. na terça-feira (14), e, segundo ele, é fruto de laudo da perícia criminal realizada pela Polícia Federal (PF) nos computadores que armazenaram as gravações da prova oral do concurso.

No diálogo divulgado, Jaime Ferreira conversa com outra candidata, identificada como Tereza Cristina Franco Palhares. Ele pede a ela o telefone e, pela conversa, ela explica ao desembargador onde deixou o número anotado.

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Blog do Itevaldo: Jaime Ferreira “conversou”com outras duas candidata

Eles combinam um encontro em Brasília, para onde a candidata – hoje juíza – voltaria no dia seguinte. Ela era, então, analista judiciária do Tribunal de Justiça do Distrito Federal.

“Estou indo a Brasília. Parece que é dia 14”, anuncia o desembargador. “Então me liga”, diz a candidata, que passou no concurso e foi nomeada, dia 5 de janeiro de 2011, como juíza substituta da comarca de Poção de Pedras (veja aqui).

No caso do assédio sexual a Sheila Cunha, 11 membros do CNJ já votaram pela abertura do PAD (reveja). A relatora do processo é a ministra Eliana Calmon. Dia 21 de agosto, na próxima sessão, o conselheiro Tourinho Neto apresentará voto-vista.

Veja abaixo o diálogo de Jaime Ferreira e Tereza Cristina: