Delegada-geral nega indiciamento do advogado no caso do assassinato do jornalista Décio Sá, mas diz que polícia constatou ligação dele com agiotagem

A delegada-geral da Polícia Civil, Cristina Meneses, explicou, nesta terça-feira (28), em entrevista ao programa Rádio Patrulha, da Mirante AM, que a Justiça ainda não negou a prisão do advogado Ronaldo Ribeiro (foto) no caso de envolvimento com a quadrilha de agiotagem comandada por Gláucio Alencar.

O pedido de prisão foi feito junto com os de busca e apreensão – os mandados foram expedidos e cumpridos semana passada (reveja). Como o primeiro não foi expedido de pronto, imaginou-se que havia sido negado pela Justiça.

Mas a delegada explicou o que houve. “Não é verdade que a justiça negou esta prisão. Ela está aguardando a documentação para decidir”, frisou, lembrando que a prisão do advogado pode acontecer a qualquer momento.

A delegada também disse que Ronaldo Ribiero não está indiciado no caso do assassinato do jornalista Décio Sá – embora dois delegados que realizaram a busca e apreensão no escritório tenham garantido ao advogado o seu indiciamento, semana passada.

“Não há nenhuma prova de envolvimento dele com a morte de Décio. Seu envolvimento é com a agiotagem e desvio de recursos públicos”, declarou (veja aqui que não é a primeira vez que o pessoal da Segurança Pública diverge sobre informações relacionadas ao caso).

Mas garantiu que a polícia tem fortes indícios da ligação dele com a agiotagem. “Esta ligação [de Ribeiro com a agiotagem] já foi constatada no inquérito do homicídio [de Décio Sá]. Mas como estávamos investigando primeiro aquele caso, não nos detivemos muito no caso da agiotagem. Agora que estamos iniciando a investigação da agiotagem, a comissão de delegados decidiu coletar a documentação de comprovação – ressaltou a delegada.