Dezembro chegou e com ele o gosto do ano novo. Já começam a badalar os sinos do Natal, no mês desta festa universal em que toda a Humanidade se reconcilia na alegria do despertar de que todos somos habitantes do mesmo barco, esta bela Terra que gira sobre o seu eixo e em torno do sol, e já nesta dualidade de movimento nos ensina o destino de nós mesmos, circulando em torno dos nossos sonhos e das vicissitudes do viver. Mas, por outro lado, girando em torno do sol nos mostra que não podemos estar só no egoísmo de nós mesmos, mas vinculados a uma lei que interliga as estrelas e os outros objetos cósmicos a nós, que do universo fazemos parte.

Aqui no Maranhão havia um velho provérbio que ouvi muitas vezes na minha infância e juventude, quando se falava das pessoas de humor duplo, que iam da expansividade até a tristeza, em questão de segundos: “É como os sinos de São Pantaleão, que repicam nas alegrias e dobram nos defuntos”. Era uma alusão aos enterros que por ali passavam, numa cidade sem carros, quando todos tinham de levar os amigos ao Gavião, e o caminho era a Rua de São Pantaleão.

Os meses também têm seu rosto, e se dizem que “Maior é trovão e raio, se junho é do fogo e de São João”, “Agosto, mês de desgosto”, dezembro é todo fitas, luzes, música, bebidas, alegrias e tempo de perdoar e celebrar a vida, celebrando o Criador.

Até a presidente da República, saindo da montanha de problemas que está vivendo, vem juntar-se e associar-se conosco, chegando amanhã a São Luís. Disse-me ela que vem para abraçar a cidade no ano do 4º Centenário, antes que ele acabe, porque infelizmente ela não conseguiu sair de Brasília em setembro. E disse-me mais, que abraçando São Luís e seu povo estava abraçando o Maranhão. Respondi-lhe que eu sempre digo que “falar São Luís é falar Maranhão”. A cidade se confunde com o estado. A presidente Dilma é esta criatura tão querida pelo povo brasileiro, pelo grande governo que está fazendo, de harmonia e de seriedade. Vamos dançar com ela, neste estado em que ela teve a maior votação no 1º turno das últimas eleições.

Entremos em dezembro com o estado de espírito da fraternidade e do amor, pensado positivo, no progresso do Maranhão e na felicidade do seu povo. Quando assumi o governo do Maranhão disse no meu discurso de posse: “Fazer um bom governo é fazer a felicidade do povo”.

Agora, com mais alguns anos de vida, entro em dezembro atendendo ao mandamento de Cristo, perdoando meus inimigos e louvando a Deus, o nosso sol, para que ele nos ilumine.

Mas não nos esqueçamos de dizer a dezembro que ele chegue trazendo chuva, pois dela estamos precisando, para um fim de ano verde, quando o Maranhão fica mais belo. O padre Vieira já nos chamava “Maracatins do Maranhão, gente mais bem criada nas águas!”