Do blog Vientos de Brasil (veja tradução do texto abaixo)

José Sarney, con más de 50 años de vida política, expresidente de la República y cuatro veces Presidente del Senado, ha vuelto a a sus 82 años, a ocupar el sillón de la Presidencia de la República, aunque sólo por tres días.

Ello ha sido posible gracias a la ausencia en el país de la Presidenta Dilma Rousseff que está en Rusia y a la del vicepresidente Michel Temertambién en viaje en el exterior.

Sarney será Presidente durante tres días. Lo suficiente para que se cumpliera la profecía de un mago que le había asegurado que sería dos veces presidente de Brasil.

Desde Moscú, Dilma, elegante, llamó por teléfono a Sarney que ocupaba su despacho presidencial para decirle que estaba “muy feliz” de saber que él estaba ocupando su sillón y mostró “gran alegría” de haberle proporcionado la vuelta a la Presidencia de la República.

De Sarney, el expresidente Lulallegó a decir, cuando surgió un presunto caso de corrupción dentro del Senado por él presidido, que Sarney “no era una persona común” y que por eso merecía respeto y admiración.

Hace ahora 27 años, tras la muerte inesperada, la víspera de tomar posesión como presidente, deTancredo Neves, que debía haber sido el 31 Presidente de la República, Sarney que era su vice tuvo que hacerse cargo de la Presidencia.

El presidente del Senado se emocionó al sentarse de nuevo en el sillón presidencial que había ocupado hace dos décadas. Allí fue homenajeado por políticos hasta con ramos de flores. Se hizo fotografiar junto con uno de sus nietos y hasta le cantaron.

Rodeado a veces de críticas por parte de sus adversarios políticos, lo que nadie le niega a Sarney, que está ultimando sus memorias de casi 60 años de vida política, es el haber contribuido a la consolidación de la democracia en este país que había sido duramente vulnerada por una dictadura militar de más de 20 años.

Y una faceta a veces desconocida para el gran público del famoso político es la literaria. Sus novelas y libros de poesía fueron elogiados por dos de los mayores escritores de este país: el novelista Jorge Amado y el mayor poeta vivo, Ferreira Gullar.

Autor de obras como El norte de las aguas; Dueño del mar ySaraminda, fue fundador de la revista Ilha, propulsora del modernismo. Hoy es miembro de la Academia de las Letras de Brasil y ya está preconizado como el próximo presidente de la prestigiosa institución, cuando próximamente dejará la presidencia del Senado y con ella su vida política oficial.

Suele decirse que la política es el arte del compromiso, del diálogo y de las negociaciones. En todo ello, Sarney ha sido en este medio siglo maestro incomparable ya que ha sabido navegar en todas las aguas.

Se dice también que en la política o te corrompes o te corrompen. Y una vez el escritor peruano Vargas Llosame dijo que lo único que podía redimir a un político de los inevitables pecados y flaquezas del cargo era la pasión por la literatura.

Si eso es verdad, ha sido ese amor por la literatura que sin duda se revelará ahora en sus tan esperadas memorias, lo que le ha permitido a Sarney salir a flote incólume de tantas tormentas en tierra y mar, como las que él describe magistralmente en sus obras.

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Sarney volta presidência ao Brasil após 22 anos

Juan Arias*

José Sarney, com mais de 50 anos de vida política, o ex-presidente da República e presidente do Senado por quatro vezes, voltou aos 82 anos a ocupar a cadeira de presidente da República, mas apenas por três dias.

Isso foi possível devido à ausência no Brasil da presidente Dilma Rousseff, que está na Rússia, do vice-presidente Michel Temer, que também viaja para o exterior (e do presidente da Câmara dos Deputados, Marcos Maia).

Sarney será presidente por três dias. O suficiente para cumprir a profecia de um assistente (o amigo Moacyr Neves) que lhe assegurou que seria duas vezes presidente do Brasil.

De Moscou, Dilma, elegantemente, telefonou para Sarney que ocupava o gabinete presidencial para dizer que estava “muito feliz” ao saber que ele estava ocupando sua cadeira e mostrou “grande alegria” de ter propiciado a volta dele à Presidência da República.

Sobre Sarney, o ex-presidente Lula chegou a dizer, quando houve um caso suspeito de corrupção no Senado por ele presidido, que o parlamentar “não era uma pessoa comum” e, portanto, merece respeito e admiração.

Há cerca de 22 anos, após a morte inesperada de Tancredo Neves na véspera de sua posse como presidente,  Sarney – o seu vice – teve que assumir a presidência. Seria o presidente de número 31 do Brasil.

O presidente do Senado estava animado para se sentar novamente na cadeira presidencial, que ele havia ocupado por duas décadas. Não foi homenageado por políticos com buquês. Ele foi fotografado com um de seus netos e até cantou.

Às vezes cercado de críticas de seus adversários políticos, o que ninguém nega a Sarney, que está completando suas memórias de quase 60 anos de vida política, é a de ter contribuído para a consolidação da democracia neste país que tinha sido severamente violada por uma ditadura militar de mais de 20 anos.

E uma faceta muitas vezes desconhecida pelo público em geral do político famoso é o seu lado literário. Seus romances e livros de poesia foram elogiados por dois dos maiores escritores deste país: o romancista Jorge Amado e o poeta vivo, o maior, Ferreira Gullar.

Autor de obras como O Norte das águas; O Dono do Mar e Saraminda, ele foi fundador da revista Ilha, precursora do modernismo. Hoje, Sarney é membro da Academia Brasileira de Letras e agora é preconizado como o próximo presidente da prestigiosa instituição, assim que deixar a presidência do Senado e sua vida política oficial.

Costuma-se dizer que a política é a arte do diálogo, do compromisso e das negociações. Durante toda ela, Sarney tem sido neste meio século um mestre único que tem sabido navegar em todas as águas.

Diz-se também que, na política, ou você se corrompe ou será corrompido. E uma vez o escritor peruano Vargas Llosa disse que a única coisa que um político poderia fazer para redimir os pecados inevitáveis ​​e fracos do escritório era a paixão pela literatura.

Se isso é verdade, tem sido o amor da literatura que, sem dúvida revelará agora em seu livro de memórias tão esperado, o que lhe permitiu a Sarney sair ileso à tona de tantas tormentas em terra e mar, como ele descreve de forma brilhante em suas obras.

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* Juan Arias é jornalista e escreve no blog Vientos de Brasil, que tem como objetivo compartilhar com os leitores no Brasil o que interessa economicamente para os países americanos no cenário mundial.