Os advogados do agiota Júnior Bolinha desistiram, ontem (16), de um pedido de habeas corpus impetrado na Justiça do Piauí, onde ele tem prisão preventiva decretada sob a acusação de participação na morte do também agiota Fábio Brasil, ocorrida em março do ano passado, em Teresina.
Bolinha (foto) está preso em São Luís, acusado de também integrar a quadrilha que matou o jornalista e blogueiro Décio Sá, menos de um mês depois do crime do estado vizinho. Nos dois casos, ele é apontado como o homem que contratou o pistoleiro Johnatan de Souza Silva, responsáve pelas duas mortes.
No Piauí, o acusado já havia tentado a revogação da prisão duas vezes. Em ambos os casos, o mesmo desembargador, Sebastião Rbeiro Martins, negou o pedido. No fim do ano passado, mais uma tentativa.
Diante do parecer do Ministério Público pela manutenção da prisão (veja trecho ao lado – clique para ampliar), o advogado de Júnior Bolinha acabou dando entrada em petição desistindo do HC.
A estratégia da defesa de todos que estão presos e são acusados pelos dois assassinatos – de Fábio Brasil e de Décio Sá – é a mesma. Tentam sempre conseguir primeiro a revogação das prisões no Piauí para, só então, dar entrada em habeas corpus no Maranhão.
Como a maioria tem residência e família aqui, não querem correr o risco de ter as prisões revogadas no Maranhão e ser transferidos para o estado vizinho.