Uma rápida conversa com o presidente do Tribunal de Justiça, desembargador Guerreiro Júnior, e o comentário esclarecedor de um leitor do blog jogaram por terra a argumentação do deputado Raimundo Cutrim (PSD), de que teria havido um arquivamento (e posterior desarquivamento) do pedido feito pela Polícia Civil para que ele fosse investigado por suposta participação no assassinato do jornalista Décio Sá.
Ao blog, Guerreiro Jr. disse que o arquivamento a que se referiu Cutrim em discurso ontem (29) – reveja no post Quem arquivou (e quem desarquivou) o pedido de investigação contra Cutrim? – é mero rito administrativo.
“O arquivamento a que se refere o deputado é apena do ofício eletrônico. Ocorre que toda comunicação feita ao TJ é digitalizada e processada por meio do DIGIDOC. Sendo assim, no momento em que a juíza da 1ª Vara encaminhou o ofício com o pedido de investigação, nós transformamos aquela informação digitalizada em processo físico, demos o encaminhamento necessário e, só então, arquivamos o processo digital, para que ele não ficasse sendo movimentado ad eternum”, declarou.
Em comentário no blog, o leitor que se identificou como Geone Castro disse o seguinte:
“Caro blogueiro, o arquivamento ao qual o documento se refere não é nada mais que o arquivamento do ofício encaminhado pela juíza ao Des. Guerreiro, após este tomar conhecimento. Não se trata de processo algum, nem na esfera administrativa. Para vc que não conhece, o DIGIDOC é o sistema por onde tramitam os processos administrativos internos do TJ, como também os memorandos e ofícios.
Desta forma, o despacho que vc cita não tem conotação nenhuma. A chefe de gabinete só fez cumprir um rito normal = o documento chegou pelo DIGIDOC à presidência, foi recebido, lido e arquivado dentro do próprio sistema, já que é tudo eletrônico. Mesmo que se tratasse de uma investigação, não seria pelo DIGIDOC o procedimento normal para tramitação.
Não tente ver coisas onde elas não existem. Espero ter esclarecido”.
Desarquivamento
Na segunda-feira, o deputado Raimundo Cutrim havia levantado suspeitas sobre o procedimento. “Após as denúncias, fui apanhar cópia do processo, onde não há nada de novo. O que há é um ofício da juíza, um documento escrito à mão, e depois um despacho assinado pelo presidente [do Tribunal de Justiça do Maranhão, desembargador Antônio Guerreiro Júnior] mandando arquivar o procedimento. Isso foi arquivado no dia 4 de dezembro. Quando foi agora, 18 de abril, outro documento, encaminhando para as Câmara Criminais, onde o dr. José Luiz [Almeida] analisou e encaminhou o documento para o Pleno, que foi novamente distribuído”, afirmou.
Mesmo tendo sido acionada desde ontem, a assessoria de comunicação do TJ não emitiu qualquer resposta aos questionamentos dos titular do blog.
gilberto quanta implicação com cutrim, será que esse teu comportamento é investigativo? porque vc não escreve uma linha a respeito do que relata o BLOG CESAR BELO a respeito de um tal de telminho parente de uma desembargadora? vc fica tentando jogar o cutrim contra os integrantes do judiciário, isso é postura de jornalista? acho que se o cutrim deve ele tem que pagar, agora forçar o cara a uma indisposição com todo mundo, não é jornalismo. só para fins de duvida, seu leda é do ex-prefeito que muito lutou pelo povo sofrido daquele município que prosperou pela honestidade do gestor?
Comentário apaixonado não merece resposta. qdo vc vier debater com franqueza e serenidade, quem sabe a gente converse
Boa noite meu caro GILBERTO!
Quem bom que o tema levantado por um questionamento meu em relação a uma já clara e nítida PATACODA na entrevista do Presidente GUERREIRO no programa do ROBERTO FERNANDES tenha levantado o presente debate, inclusive meus comentários sobre o assunto lá estão para quem quiser ver!
E agora, confirmada a BARRIGADA quero deixar minha sincera opinião sobre o tema!
1 – Não vejo nenhum problema no equívoco ocorrido durante a entrevista e por diversas razões, entre elas:
A – Doutor GUERREIRO é altamente competente, e o fato ocorrido ali reflete nada mais nada menos o quanto anda o estado de nervos dos senhores responsáveis pelos órgãos constituídos de nosso estado, tudo isso ocasionado pela passagem de 01 ano da morte do DÉCIO, e não enxergo qualquer tipo de maldade no equívoco, estando isso já devidamente esclarecido.
B – E não poderia ser diferente, pois os fatos narrados por toda a imprensa na semana passada, capitaneadas pela reportagem televisiva do ALEX BARBOSA, foram determinantes para que o caso se reavivasse na memória de nossa população, nos oportunizando conhecer aspectos da investigação que até então eram de conhecimento apenas dos envolvidos na ação penal que corre na primeira vara do tribunal do júri de nossa cidade.
C- Os nervos andaram tão a flor da pele, que quando divulgado a lista das prefeituras, ilações e cobrança descabidas para divulgação de nomes começaram a pipocar pelos quatro cantos, cobranças essas claramente direcionadas à nossa Polícia Civil, órgão este que vem demonstrando uma serenidade e tranquilidade incomuns, diga-se de passagem, pois desde o início do caso, a mesma vem sendo submetida a “malhos quentes” em diversas ocasiões, como nos primeiros vazamentos ocorridos lá atrás, e que hoje sabemos perfeitamente de onde partiram e com que finalidade espúria.
D – isso graças ao trabalho jornalístico efetuado por você e outros colegas de profissão que tem compromisso com a notícia e com a transmissão real dos fatos para seus leitores, e mais uma vez, quando acuamos a Polícia Civil, tendo alguns colegas até postados a frase ” DIREITO DE EXIGIR QUE DIVULGUEM OS NOMES DOS ENVOLVIDOS”, o debate desperta nossa atenção de que, além da Polícia Civil, também temos à Polícia Federal que está com cerca de 35 inquéritos abertos sobre esse nojento esquema de corrupção capitaneados pelos agiotas.
E – Neste ponto, e aqui fala uma pessoa que além de formação jornalística possui formação jurídica, caberá bem pouco trabalho para a Policia Civil maranhense, pois verbas de merenda escolar e de saúde são de origem federais, estando a COMPETÊNCIA PREVENTA a favor da UNIÃO.
Finalizando, o falso debate se o pedido de investigação estava ou não arquivado para mim está totalmente esvaziado, pois o tema verdadeiro que estava sendo tratado e se o pedido de autorização de investigação feito pela Polícia e corroborado pelo juízo competente de primeiro grau em relação a uma pessoa que possui prerrogativa de foro estava tendo seu trâmite legal, e independentemente do que tenha acontecido até agora, A LEGALIDADE ESTÁ DE VOLTA AOS TRILHOS na presente questão, isso graças em grande parte ao papel desempenhado pela imprensa séria de nosso estado, cumprindo seu verdadeiro papel nesta árdua arte que é o de COMUNICAR O CORRETO PARA OS RECPTORES DE INFORMAÇÕES! E seu papel foi de DESTAQUE!
CONGRATULATIONS, MISTER GIL!!!!!
Lisonjeado!