Médicos param. E a população, como fica?

Thiago Bastos

titular interino

socorrao

Superlotação nas unidades de saúde é a prova da precariedade na saúde pública

Médicos do Maranhão, com exceção dos que prestam serviço nos setores de urgência e emergência dos hospitais, promovem hoje (3) paralisação de advertência da categoria, em virtude de decisão do Governo Federal de trazer profissionais do setor, de outros países, para trabalharem no Sistema Único de Saúde (SUS). Para promover a suspensão temporária das atividades, haverá concentração de médicos, a partir das 9h, em frente à Biblioteca Pública Benedito Leite, Centro. A paralisação deverá ser seguida por outros estados, por orientação da Associação Médica Brasileira (AMB).

Além de reivindicar contra a contratação de pessoas habilitadas em Medicina, do exterior, médicos maranhenses também querem melhores condições de trabalho em hospitais do interior do Maranhão e elevação nos valores repassados atualmente pelos planos de saúde. “É preciso também pensar na preparação de concurso público para encaminhamento de médicos que possam atuar em cidades cuja demanda não é suficiente para atender a população”, disse o presidente do Sindicato dos Médicos do Maranhão, Carlos Alberto Frias.

Resta saber se mais uma vez a população que, além dos transtornos causados pelas manifestações na cidade, terá que enfrentar agora o movimento dos médicos, apesar do funcionamento das urgências e emergências. Como o cidadão sofre!

2 pensou em “Médicos param. E a população, como fica?

  1. Os médicos lutam por condições dignas de trabalho. Condições essas, pouco divulgadas pela mídia, e de responsabilidade direta do poder público.
    Parar as atividades é legítimo, para mostrar à sociedade a forma como a saúde pública tem sido destratada genericamente por todas as esferas de governo ao longo de anos..
    Parar é estratégico, até para que os próprios médicos consigam continuar a ter condições, sobretudo psicológicas, de salvar vidas.

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