Aos poucos, o “gigante” – metáfora criada pelos movimentos das ruas para simbolizar o povo brasileiro, que protagonizou um mês inteiro de manifestações por moralidade na política – vai adormecendo de novo.
Depois de forçar o Congresso Nacional a ter uma semana produtiva como nunca se havia visto antes, os protestos diminuíram de intensidade e os mesmos políticos que se mostraram acuados e responderam aos anseios da população há três semanas, voltam a a se posicionar como se nada houvesse acontecido.
Ontem (9) o Senado rejeitou uma Proposta de Emenda à Constituição (PEC) que, se aprovada, proibiria que senadores escolhessem parentes de sangue de até segundo grau (pais, filhos e irmãos), como suplentes – que assumem o cargo do titular quando há afastamento temporário ou definitivo.
No Maranhão, há uma caso assim. O senador Edinho Lobão (PMDB) é filho do ministro das Minas e Energia, Edison Lobão (PMDB), e assumiu o lugar do pai assim que ele foi nomeado para a equipe da presidente Dilma Rousseff (PT).
Ainda para ficar no Maranhão, na segunda-feira (8) a Assembleia Legislativa aprovou, por unanimidade uma moção de repúdio ao Congresso e ao próprio Governo Federal pela proposta de reforma política via plebiscito. As not;icias que chegam de Brasília dão conta de que essa pressão política nacional sobre os ombros dos “nossos representantes” pode acabar surtindo efeito e a reforma ser discutida sem a participação efetiva da população.
Já no Rio de Janeiro, o Governo do Estado resolveu substituir, sem licitação, o helicóptero que caiu no mar de Copacabana em 2012 (veja). A operação custou R$ 7 milhões e ocorre justamente no momento em que as viagens aéreas do governador Sérgio Cabral (PMDB), cujos gastos com esse tipo de transporte dobraram em seis anos, viram alvo de investigação no Ministério Público.
Em São Paulo, a Câmara Municipal da capital resolveu gastar R$ 20 milhões com publicidade “para atrair o cidadão”.
Hoje (10) a Câmara dos Deputados vota o texto final da proposta que pode definir a destinação de 75% dos royalties do petróleo para a educação e 25% para a saúde. A proposta já passou pelo Senado.
Se o povo não ficar de olho, surpresas podem acabar acontecendo. O problema é que o “gigante” parece cansado depois de um mês de trabalho duro, e vai adormecendo novamente aos poucos. Enquanto os mal-intencionados, esses continuam alertas 24 horas por dia, sete dias por semana.
Jornalista, você sabe muito bem quem são esses mal-intencionados. Só não saberia se você não tivesse o rabo preso.
Mais que idiotice desse sujeito! Devia ter mais comedimento e respeito com as pessoas. Qual o interesse de denegrir o jornalista?
Este não o seu lugar ´para fazer sua política de baixaria.
Tudo volta como era antes, o gigante sofre de amnésia, esqueceu de acordar definitivamente, infelizmente. Assim caminha a humanidade…