O vice-prefeito de São Luís, Roberto Rocha (PSB) respondeu de forma bem-humorada ao comentário do deputado estadual Tatá Milhomem (PSD) segundo o qual o socialista seria o “Cavalo de Troia” na oposição (reveja).
Segundo Rocha, se ele é o Cavalo de Troia, Milhomem seria o “Menelau”, da histórica guerra entre gregos e troianos.
“Nunca imaginei que tivesse poderes para determinar o resultado de uma ‘guerra’ [eleição]. Contudo, é melhor que ser o Menelau do governo”, disse.
Explica-se: Menelau era um rei espartano que teve a esposa, Helena, raptada por Páris, de Troia. Para se vingar do rapto, ele sitiou Troia por 10 anos até que os gregos, por iniciativa de Odisseu, construíram o famoso Cavalo de Troia, como prova de que a guerra estava acabada.
Os troianos receberam o presente dos gregos sem saber que o artefato estava repleto de sodados espartanos. À noite, quando todos dormiam, eles saíram do cavalo, abriram os portões de Troia e permitiram a entrada de todo o exército, que destruiu a cidade.
Na visão de Roberto Rocha, Tatá Milhomem é o Menelau da história grega porque apostou tudo numa candidatura do ministro das Minas e Energia, Edson Lobão (PMDB-MA), ao Governo do Estado. Mas acabou vendo a “noiva” sendo raptada pelo secretário de estado de Infraestrutura, Luis Fernando (PMDB), que agora é o pré-candidato único do grupo da governadora Roseana Sarney (PMDB).
A propósito dessa contenda, indico a leitura de um bom texto do blogueiro Robert Lobato sobre a repercussão da declaração de Milhomen e a falta de posicionamento claro da oposição em apoio a Rocha.
Menelau foi o rei traído pela mulher Helena, que fugiu com o príncipe Páris. A fuga, ou rapto, foi presente da deusa Afrodite a Páris, que era filho do rei de Troia abandonado quando criança. Páris viu o rosto de Helena no Pomo da discórdia, que surgiu no Olimpo numa desavença entre Afrodite e Hera por Zeus. O resto está nos livros.
Nada a ver com essa estória de apostar na candidatura de Lobão e a candidatura ser raptada. Conta outra Bob.