Edilázio se solidariza a família de Daniel Smith

edilazioO deputado estadual Edilázio Júnior (PV) lamentou hoje, durante o Grande Expediente na Assembleia Legislativa, o brutal e covarde crime que vitimou o empresário Daniel Smith. Ele solidarizou-se a família de Smith e se posicionou favorável a menor idade penal no país. Isso após ter sido informado que um dos autores do homicídio é um adolescente com sete passagens na polícia somente em 2013.

O parlamentar referiu-se a Daniel como um “amigo, uma pessoa de bem que sempre o ajudou”. “É uma lacuna e uma dor muito grande que o Daniel está deixando. Quero deixar registrado nos Anais desta Casa a perda que boa parte da sociedade ludovicense está sentindo, desde os mais humildes até as pessoas mais exacerbadas. Podemos notar o luto que há em São Luís”, lamentou.

Edilázio Júnior lamentou o fato de um dos autores do assassinato ser menor de idade e com uma lista já extensa de práticas criminosas. “Vale registrar o esforço do secretário Aluísio Mendes, e de toda a Polícia Civil e Militar do Maranhão, que incansavelmente não desistiu de prender os responsáveis. A polícia trabalhou, porém, infelizmente o nosso Estatuto da Criança e do Adolescente protege e incentiva o menor a ir para a rua e fazer esse tipo de coisa”, disse e completou: “Eu tive a oportunidade de ler um artigo na Revista Veja, quando estava em voga esse Estatuto, do qual eu tinha dúvidas em relação ao meu posicionamento. Mas agora revi e sou favorável sim à diminuição penal”, assegurou.

Esforço – Edilázio Júnior também pediu uma ação específica da Secretaria de Segurança Pública no bairro Vila Conceição, área de atuação de pelo menos dois bandidos envolvidos no crime. “Todo mundo sabia que os marginais estavam lá. Então, porque esperar que alguém morra? Eu queria pedir ao secretário Aluísio Mendes que faça uma ação enérgica ali naquele bairro. Acho que é o momento da secretaria de Segurança Pública dar uma resposta”, afirmou.

O parlamentar recebeu o apoio dos deputados Rogério Cafeteira (PMN), José Carlos (PT), Roberto Costa (PMDB), Antonio Pereira (DEM), Hélio Soares (PP), Cleide Coutinho (PSB), Graça Paz [sem partido], Marcos Caldas (PRB).

Ascom

2 pensou em “Edilázio se solidariza a família de Daniel Smith

  1. Para refletir…
    Estamos transformando a polícia em uma instituição de covardes. Hoje, poucos policiais têm o ímpeto de agir imediatamente diante de uma injustiça ou de uma situação delituosa. Poucos têm a vontade de investigar e se expor às ruas e a seus conflit…os, poucos têm a inconsequência de ir, quando a prudência normal e comum recomendam não ir.

    A polícia não é uma profissão de certezas, de escolhas fáceis e certas, de ausência de riscos, de legalidades simples dos bancos acadêmicos. Polícia é risco e incerteza 24 horas do dia. Não existe a possibilidade de esperar um criminoso sacar a arma e apontá-la para você antes de você decidir atirar. Não se pode pedir sempre um mandado de busca para entrar em uma casa. Não existe sempre situações claras de risco e de flagrante delito que lhe permitam saber 100% do sucesso de suas escolhas e suas ações. Nas ruas é sacar a arma antes e atirar, entrar sem pensar para surpreender e não ser surpreendido. A polícia não é uma profissão de certezas e legalismo acadêmico. Não podemos transformar nossos policiais em pessoas acuadas e com medo de agir, com medo de responder por crimes, por abusos, por excessos.

    Claro que não se pode permitir tudo, autorizar desmandos, torturas, abusos de autoridade. Mas não se pode exigir certezas e antecipações que os imprevistos das ruas não permitem. Não podemos colocar nossos policiais em uma situação de desconfiança prévia em relação aos seus atos que os imobilizem, não podemos exigir garantias que não podemos dar aos nossos policiais. Prejulgando ações policiais como de má-fé, transformamos nossos protetores em covardes que têm medo da decisão, que preferem não sair às ruas para investigar e prender. Hoje na polícia é mais cômodo não fazer nada, pois aí você evita os riscos das decisões incertas e os procedimentos que delas advém. Ocorre que isso é o fim da polícia, de nossos cães pastores, de nossos protetores.

    Desgastes, equívocos e erros sempre existirão na atividade policial; mas nenhum erro será maior para a sociedade do que transformar a polícia em um lugar de covardes burocratas, que se escondem atrás de procedimentos e regras acabadas que não resolvem o imediatismo do pavor de um crime acontecendo.

    Precisamos de policiais um pouco inconsequentes – pois ninguém em um raciocínio lógico e normal vai enfrentar criminosos que não tem nada a perder ou a ganhar – que não tenham medo da morte, que anseiem pelo confronto, que tenham coragem de ir quando a prudência mandar não ir. Não existe o discurso do herói, do fazer o bem para a sociedade, do transformar o mundo em lugar melhor quando apontam uma arma para você. Ninguém vai pra rua quando o confronto é iminente e a derrota certa, seja morrendo ou voltando vivo para casa. Logo nossa polícia será formada apenas por covardes. Logo o caos habitará entre nós.

    • Proposições mal pensadas, mal avaliadas, um posicionamento até precipitado de sua parte. Isso é perigo…

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