Discussão sobre aliança abre crise no PSDB

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Brandão quer ser vice

Não é nada bom o clima no PSDB entre o presidente estadual do partido, deputado federal Carlos Brandão, e os deputados estadual Neto Evangelista e Gardênia Castelo.

O motivo de uma crise que parecia contornável quando se instalou, mas cresce a cada dia, foi a antecipação de Brandão ao praticamente fechar questão com o presidente da Embratur, Flávio Dino (PCdoB), seduzido pela ideia de ser candidato a vice na chapa comunista.

Neto e Gardeninha não gostaram nada. Por dois motivos: primeiro porque a prioridade dos tucanos é, pelo menos, manter a atual bancada tanto na Assembleia Legislativa, quanto na Câmara dos Deputados.

Depois, porque, garantida a coligação para a reeleição dos parlamentares, o objetivo é fazer do ex-prefeito João Castelo candidato a senador.

Mas com Brandão candidato a vice – onde quer que seja – fica difícil prometer ao PSDB mais uma candidatura na chapa majoritária. Principalmente se o escolhido for João Castelo e, mais ainda, se houver a exigência de que ele seja candidato único ao Senado na coligação em que o tucanato entrar.

Dificuldade

A “afobação” de Brandão – termo usado por um tucano para tratar do assunto – se deve principalmente ao fato de que o ex-governador José Reinaldo (PSB) praticamente já fechou questão em relação a sua candidatura a deputado federal – deixando a disputa pelo Senado aberta para o vice-prefeito de São Luís, Roberto Rocha.

Coligado com a oposição, o PSDB forçaria seu presidente estadual a disputar votos com o socialista em municípios nos quais ele pensava em atuar sem concorrência da esquerda. E Brandão morre de medo disso.

Aliás, logo depois da derrota de João Castelo em 2012, o deputado já havia confidenciado a correligionários a intenção de não mais tentar a reeleição. Sem a capital, na visão dele, seria difícil (e dispendioso) demais.

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