Quem primeiro falou em fazer política com “P grande” foi Joaquim Nabuco. Em seu livro Minha formação, em que Gilberto Freyre descobre que uma “autobiografia se confunde com a História nacional”, o grande escritor, aquele que transformou a Abolição numa causa do país inteiro, faz algumas distinções entre o que é política e Política. Primeiro, o Político tem que ter uma “visão da História” e ser um “espectador do país e do século”. Não é somente uma visão do futuro, como definia Churchill, mas do presente, do passado e do futuro.
Os acontecimentos dos nossos dias e dos nossos tempos vão mostrando pouco a pouco que a arte da política, com “P grande”, vai se tornando difícil, mais longe de um horizonte que todos desejam alcançar. Fala-se sempre que todos nós, com o tempo, ficamos nostálgicos, pensando no passado, fazendo comparações, análises e tendo decepções. O Senado Federal, num projeto que tem a carga da memória histórica, esta que é eterna, por excelente iniciativa de Antonio Carlos Magalhães, reuniu em CD alguns discursos de fases dramáticas da política brasileira. Ouvi alguns desses discursos, uns me trouxeram o instante vivo de que fui testemunha, outros a recordação dos caminhos tortuosos e heroicos que tivemos que percorrer para construir instituições e consolidar a democracia. E refletir sobre a contribuição decisiva que os políticos deram nesse processo. Eles não podem ser julgados pelas condutas menores, pelos que se valem da política para atender interesses pessoais e pequenas ambições. É uma arte difícil, convive com a ingratidão, com as seduções do poder e com os amargos da derrota. É preciso ter, como diretriz de sua atividade, um ideal maior, que é o ideal de todo político com “P grande”, o de transformar o mundo, para que ele seja mais justo, transformar os homens para que eles sejam mais humanos, transformar o seu país para que ele possa assegurar melhor qualidade de vida ao povo. Fugir do egoísmo e do individualismo, ter formação de grandeza e jamais deixar que cresça dentro das suas ações outra coisa que não seja uma conduta generosa.
Será política com “P grande” ficar exclusivamente algemado pela concepção de que todos os problemas do homem se resumem ao econômico, à competição em que sempre devem sobreviver os mais fortes? Dizia Victor Hugo que o século XX não seria o tempo da Europa, mas do mundo. Diz-se, hoje, que o século XIX foi o da liberdade, o XX o da busca da igualdade e o XXI será o da fraternidade. Profecias distantes. A globalização, em muitos aspectos, está varrendo os valores espirituais, destruindo as culturas nacionais e tendendo a uma uniformização da busca exclusiva dos valores materiais. O homem, preso nessa armadilha, sem barreiras éticas, cai na violência, nas drogas, na destruição interior. Isso é política com “P grande”?
Para não ficar somente nas divagações, pergunto-me se o capitalismo selvagem, a globalização do mercado financeiro, os altos níveis de pobreza, o desemprego e uma democracia excludente é política com “P grande”?
Logo vc Sarney que insinuou um pensamento socialista qdo apregoava tais ideias com teu sórcio Tribuzi. Bandeita Tribuzi nunca vai te perdoar e Deus está com ele.
Cadê a política com P grande de Sarney? Há tanto tempo mandando e desmandando no Brasil e no Maranhão…mas o que se ver é pobreza da maior parte da população, perseguição, imposição do poder econômico e político sobre os políticos adversários e às massas. É essa a política com P grandão dos Sarney?
Esse texto me fez lembrar de uma propaganda sobre segurança pública que circula diariamente nos meios de comunicação da família poderosa. Lá é dito que a política de segurança do Estado do Maranhão tem servido de modelo para o Brasil. Mas de que Brasil estão falando? Será que dos morros cariocas não pacificados?
Tudo isso seria cômico, se não fosse trágico… Acorda Maranhão…!!!!
Enquanto a população convive com a violência e barbárie a família Sarney e seus serviçais só pensam no poder e no dinheiro que podem ganhar com ele. Isto é uma vergonha!