FACTOIDE! “The Economist” critica prisões brasileiras; O Globo e oposição dizem que foram as do MA

economistgloboUm erro de interpretação do texto em inglês ou má-fé (acreditaria mais na segunda opção). Desde e noite de ontem (16), o jornal O Globo e, claro, a turma da oposição no Maranhão comemoram o fato de que o site da revista inglesa “The Economist” teria se referido ao sistema penitenciário no estado como “infernal, superlotado, violento e brutal”.

A reportagem produzida pelo noticioso sulista, no entanto, não consegue apresentar uma única linha de texto em que a revista fale especificamente do caso maranhense.

Ou seja: criaram mais um factoide, apenas para não deixar o assunto “morrer”.

A tradução livre do título de do subtítulo da matéria internacional é:

BEM-VINDO À IDADE MÉDA

O infernal sistema penitenciário BRASILEIRO é superlotado, violento e brutal

O texto toma como ponto de partida a narrativa de um vídeo gravado em Pedrinhas, no qual os próprios presos filmaram membros de uma facção rival decapitados.

“The Economist” acrescenta que as imagens “acordaram” muitos brasileiros para a situação “infernal” em que se encontram as prisões do país. E apresenta números: pelo menos 218 internos foram assassinados em 2013, em 24 dos 27 estados; e outros tantos morreram em condições suspeitas; a população do Brasil cresceu 30% nos últimos 20 anos, enquanto a carcerária praticamente quintuplicou – hoje na casa dos 550 mil presos, embora o sistema tenha, oficialmente, vagas para apenas 300 mil.

O site da revista apresenta entrevistas com especialistas e representantes de órgãos ligados aos direitos humanos e debate o tema com amplitude nacional. Para, ao final, concluir: “Com muitos prisioneiros entrando, e nem tantos saindo, uma fossa apodrece no meio. No papel, as prisões do Brasil são um paradigma da modernidade. Na prática, diz Marcos Fuchs, do Instituto Pro Bono, um outro grupo de direitos humanos, eles são medievais”.

Mas O Globo e a oposição viram na reportagem uma aordagem sobre o Maranhão. Como? Não se sabe.

Um erro de interpretação do texto em inglês, quem sabe. Ou má-fé mesmo…

PS1: Para tirar qualquer dúvida, leia aqui o texto (em inglês) da “The Economist” e aqui a matéria produzida por O Globo, na qual produziu-se uma introdução fantasiosa apenas para fazer parecer que a reportagem original é sobre Pedrinhas.

PS2: A mídia sulista e seus adoradores maranhenses já fizeram coisa parecida há duas semanas. Provocado pela Folha de S. Paulo a falar sobre a crise carcerária no Maranhão, O Alto Comissariado das Nações Unidas para os Direitos Humanos mostrou, em comunicado oficial, preocupação com o “terrível estado das prisões no Brasil”. É claro que, nos textos produzidos por essa turma, eles deram a entender que a preocupação era apenas com o nosso estado.

19 pensou em “FACTOIDE! “The Economist” critica prisões brasileiras; O Globo e oposição dizem que foram as do MA

  1. LEDA, a todo momento você tentar contra a população nas suas postagens babacas, não sei aquem queres convencer, a população eu sei que não é, isto porque, todos sabem que o mundo todo se comoveu diante das barbarie acontecidas nos presidios do nosso estado, ou tu achas que só voce é inteligente ou achas que todos nós somos burros, que pode ser o contrario, o Maranhão faz parte do BRASIL, e no momento quem está na midia da imprensa mundial é o nosso estado com noticias ruins, no qual não gostariamos que estivesse acontecendo, então as criticas são dirigidas as mazelas propiciadas pela falta de uma ´poltica de estado no sistema penitenciario, seja pelo menos uma vez na sua vida real, não tente colocar para debaixo do tapete as responsabilidade do atual governo. è triste ver e ouvir o nosso estado na imprensa nacional e internacional somente com noticias que denigrem a imagem do nosso estado.

    • Amigo, concordo em partes com vc já que o Maranhão tbm faz parte do Brasil e está atravessando uma de suas piores crises penitenciárias, mas se vc ler o artigo perceberá que nele fala do sistema carcerário paulista e carioca, entre outros. Cita, inclusive, casos em que as detentas são obrigadas a utilizar PÃO para estancar o sangramento causado pela menstruação, locais em que era pra se abrigar 2.000 detentos com 4.000. Portanto, o Léda erra ao tentar amenizar a situação do Maranhão, mas sejamos parciais o suficiente para ver que o caos no sistema prisional não é exclusivo do nosso estado, como mostra o próprio artigo do “The Economist”.

  2. Gilberto, faça um post, ou peça a uma equipe de O ESTADO ou da Mirante para falar sobre a HUMILHAÇÃO que os estudantes da FAMA/PITAGORAS estão passando há dias naquela instituição de ensino superior. A maioria esmagadora dos alunos são participantes do FIES e é justamente esses que estão sofrendo graves humilhações de passar o dia todo, sem exagero, filas quilométricas. tem pessoas dormindo na fila, passe da madrugada e estão lá todos deitados ao relento esperando amanhecer para pegar uma senha de manhã que só será chamada no fim do dia….VERDADEIROS ABUSOS, HUMILHAÇÕES, DESRESPEITO AO CONSUMIDOR, AO SER HUMANO!!!
    Em plena era da informática, uma instituição PRIVADA….ISSO A PROMOTORIA DO CONSUMIDOR NÃO VER, O MINISTÉRIO PÚBLICO FEDERAL NÃO VER….
    SÃO PARTICIPANTES DO FIES, programa do governo federal…qualquer problema vai estourar também no colo da UNIÃO!!!

  3. “Severed heads lie on top of two of the corpses. The video was filmed in Pedrinhas, the biggest prison complex in the northern state of Maranhão, and published on January 7th by Folha de São Paulo, a newspaper.”

    Cabeças partidas estão dispostas em dois dos corpos. O vídeo foi filmado em pedrinhas, o maior complexo prisional no estado nordestino do Maranhão, e publicado no dia 7 de janeiro pela Folha de São Paulo, um jornal.

    “The federal government has pledged to send a task-force of lawyers to plough through a backlog of cases in Maranhão”.

    O governo federal assegurou o envido de uma força-tarefa de advogados para dar conta do acúmulo de casos no Maranhão.

    Só citei esses dois trechos da reportagem para mostrar que o Maranhão é sim citado textualmente duas vezes, mas também o é indiretamente, pelo relato dos fatos que aconteceram em Pedrinhas ao longo da matéria. Em suma, quem está fazendo factóide é você ao dizer que a revista “não consegue apresentar uma única linha de texto em que a revista fale especificamente do caso maranhense”.

  4. DEIXAR O ASSUNTO MORRER? PRA QUE? PRA TODO MUNDO ESQUECER DO INFERNO Q ESTAMOS VIVENDO AQUI NO MARANHAO? NAO SENHOR DEIXE Q MOSTRE A VERGONHA DO MARANHAO.

  5. Cara, é impressionante tua incontrolável capacidade em defender o indefensável, diante do óbvio. É explícita e inegável a ineficiência desse desGoverno de tua ídola. Aconselho-lhe, urgentemente, a procurar uma boa clínica, por precaução. Pois são enormes as chances de uma crise depressiva para com vossa pessoa, logo após o entardecer do dia 05 de outubro próximo, quando forem confirmados os resultados das urnas no MA. Ah, vais ficar uns trocados mais pobre, também ! kkk

      • O mal do malandro é achar que todo mundo é otário !!! Fala sério ! vc acha msm que quem está denegrindo a imagem do MA é a imprensa de fora ? ela só mostra a realidade do nosso estado que conseguiu chegar ao fundo do poço pela obra do descaso, da incompetência , da omissão . Negar ou criar factoides não ajuda em nada a mudar a nossa situação…Deverias honrar seu diploma de jornalista e se ater ao seu ofício de informar com coerência, assumir um compromisso com a verdade, afinal de contas, a verdade é o elemento fundamental para um jornalismo sólido com credibilidade o que não é seu caso.

  6. VC so pode estar de brincadeira? O que é isso? Negando a situação do nosso estado seu jornalista? Que diabo de jornalista é você? Criando entrelinhas…. Querendo distorcer a realidade….

  7. Essa nova função de desmentir factoides tá te tirando do sério né?! afinal, quem sempre esteve do lado oposto, criando factoides, sente dificuldades na hora que tem que fazer o trabalho inverso!!
    Que essa crise acabe logo, meu caro Gilberto. E que voltem os bons tempos em que criar factoides era privilégio de poucos!

  8. A revista COMEÇA a reportagem falando de Pedrinhas e do Maranhão. O Maranhão tem menos de 1% dos presos do Brasil, e é o Estado onde mais morreram detentos, totalizando mais de 28% (VINTE E OITO) das mortes no país. Portanto, o MA tem, dentre VÁRIAS OUTRAS ESTATÍSTICAS, o PIOR sistema carcerário do Brasil. Não precisamos de “midia sulista” para saber que aqui a corrupção manda e nada funciona .

    • Não questiono esses dados. Mas esse não é o enfoque do texto. E é justamente essa incoerência entre o que escreveu a The Economist e o que disseram que ela escreveu – exatamente como vc tentou fazer agora – que mostro no post.

  9. É meu amigo, tentar desacreditar dados e fatos com poucos argumentos é muito difícil, mas você tá na sua função.

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