De O Estado
O Partido Socialista Brasileiro (PSB) aguarda a definição de aliança política no cenário nacional para decidir futuro no Maranhão. Foi o que garantiu a O Estado o prefeito de Timon e presidente estadual da sigla, Luciano Leitoa. Ele explicou que, apesar de já haver entendimento de apoio do partido ao pré-candidato Flávio Dino (PCdoB) para as eleições de outubro, há possibilidade de a legenda seguir outro destino, caso assim determine a direção nacional. O deputado estadual Marcelo Tavares (PSB) e o vice-prefeito de São Luís, Roberto Rocha (PSB), compartilharam do mesmo entendimento de Leitoa.
A aliança com o PCdoB no Maranhão é uma articulação de 2012, firmada para fortalecer a eleição do prefeito Edivaldo Júnior. Mas no acordo há o compromisso de apoiar a candidatura de Roberto Rocha ao Senado, o que nunca foi admitido publicamente pelos comunistas.
De acordo com Luciano Leitoa, a direção estadual da sigla segue com a intenção de formar aliança política com o PCdoB. Ele lembrou de um acordo firmado em 2012 entre o seu partido, o PCdoB, PDT e o PTC, que tinha por objetivo eleger o prefeito Edivaldo Holanda Júnior (PTC) e em seguida manter aliança para a eleição deste ano, com a composição de chapa. “Temos o entendimento desde 2012, de que o partido deve compor a chapa de Flávio Dino, mas dependemos de uma definição nacional. A tendência, contudo, é de aliança com o PCdoB”, disse.
Apesar da intenção de manter aliança com o comunista, Leitoa ponderou que determinados cenários nacionais podem inviabilizar um acordo. Um destes cenários, explicou, seria uma aliança política entre o PCdoB e o PT, partido que até o momento permanece na base do Governo do Estado.
“A direção estadual por meio de seus membros tem a intenção de manter a aliança com o Flávio. Agora, se houver uma composição entre o PCdoB e o PT, isso dificultará muito o entendimento, justamente pelo fato de os dois partidos terem candidaturas à presidência da República”, disse. O PT buscará a reeleição de Dilma Rousseff, já o PSB tentará eleger à Presidência o governador de Pernambuco, Eduardo Campos.
Cenário – Quem também cogita a possibilidade de rompimento, caso o PCdoB apóie a reeleição de Dilma, é o deputado Marcelo Tavares. “O partido está com Flávio Dino e não tem por que mudar o seu posicionamento. Mas, na possibilidade de o partido do Flávio ir com o PT, haverá o conflito de alianças nacionais, o que aí sim, inviabilizaria a parceria entre o PSB e o PCdoB. Fora isso, estamos no mesmo palanque e no mesmo projeto”, disse.
O vice-prefeito de São Luís, pré-candidato ao Senado pela chapa majoritária de Dino, também falou da necessidade de haver uma definição de cenário nacional para a composição de aliança no estado. Disse que, no momento, o partido está ao lado do PCdoB, mas fez questão de citar justamente, como já haviam adiantado Leitoa e Tavares, a possibilidade de afastamento da sigla, caso Flávio Dino conduza o partido ao palanque do PT. “Faço das palavras do deputado Marcelo Tavares as minhas”, finalizou.
ÊSSE VELHO É PIÓR DE QUE AS SETE PRÁGAS DO ÉGITO