Editorial do programa Voz das Ruas (#VDR), da TV Guará, de sexta-feira (14)
Esta semana São Luís viveu uma comoção, que pra variar, virou nacional. Um homem que se intitulava o Pirata morava dentro de um fusca, na Avenida Litorânea há cerca de três anos. No meio da semana um promotor de justiça entrou com “um pedido” para que o automóvel fosse retirado do estacionamento. A Secretaria Municipal de Trânsito e Transportes, mediante o pedido e algumas ameaças de processo por improbidade administrativa, não pensou duas vezes: guinchou o fusca.
No final do século XIX o filósofo francês, Pierre-Joseph Proudhon escreveu um livro chamado “O que é a propriedade?”. O velho anarquista já começava o livro com uma resposta seca: “roubo”. Indignado com a questão da retirada do Pirata da litorânea o jornalista Luís Mello escreveu que São Luís “é uma grande invasão consentida”. E cita avenidas da cidade que foram projetadas para serem triplicadas, mas que hoje estão acuadas, parecendo becos de cidades medievais.
As calçadas são tomadas, ou por muros, ou carros, ou bancas de camelôs. Assim é toda a cidade. Do centro ao São Cristovão, do Anjo da Guarda ao Olho D’água. As praças foram ocupadas por particulares, a Praça da Alegria é um restaurante a céu aberto, todas as praças que circundam a Biblioteca pública estão tomadas por camelôs de todos os tipos, Comida é vendida no meio do lixo, óleo é derramando no pé das árvores, que também servem de banheiro público. O parque Bom Menino está tomado por floriculturas particulares. A rua Grande e todas as transversais estão repletas de bancas, que à noite dão ao centro uma aparência de cidade devastada. São Luís é a Berlim de 1945: bombardeada, destruída.
O terminal da Fonte do Bispo é um local pleno de miséria, lixo, tráfico, transporte ilegal. Aliás o transporte em toda a ilha é uma ofensa a lei e a moralidade. Pessoas são tratadas como gado. Estão expostas à todo tipo de violência. Os assaltos são constantes.
Temos um vasto conjunto de irregularidades e crimes que poderiam ser atacados pelas autoridades. São estas situações que o promotor Claudio Guimarães e todo o ministério Público deveriam não admitir.
Tirar o Pirata da Litorânea é fácil. Quero ver tirar o prédio da Cirela de cima da avenida Jerônimo de Albuquerque, no Cohafuma.
Em São Luís, a propriedade não é um bem capital em si. É um bem de quem pode pagar segurança privada ou de quem não tá nem aí para a lei e toma, invade, ocupa e mata por ela.
Se eu tivesse que responder à seguinte pergunta: O que é a escravidão? E respondesse numa palavra: É o assassinato, meu pensamento seria imediatamente compreendido. Não teria necessidade de um discurso muito longo para mostrar que o poder de espoliar o homem do pensamento, da vontade, dá personalidade, é um poder de vida e morte, e que escravizar um homem é assassiná-lo. Por que, então, a esta outra pergunta: O que é a propriedade? Não posso responder da mesma forma: É o roubo, sem ter a certeza de que não serei compreendido, embora essa segunda proposição não seja mais que a primeira transformada? (Pierre-Joseph Proudhon).
A mídia que se diz amar ” O Maranhão ” se ama o Maranhão com certeza ama a cidade de São Luís, “esses mesmo que dizem ter amor são os mesmos que !odeiam” veja só bombardear negativamente o prefeito da capital e um promotor e a justiça porque foi retirada uma lata velha do espaço publico. Rotular uma pessoa que ninguém sabe quem é , não sabe de onde veio, sem identificação de coitado , só acontece em uma cidade provinciana como a nossa. As pessoas que são contra a retirada deste fusca e ate choraram na mídia deveriam é trabalhar são os verdadeiros desocupados mamando nas tetas do governo . Não acredito que seu FABIO CÂMARA, como vereador desta cidade não conhece as leis. ele não tem um projeto para nossa cidade, só sabe é fazer critica mesmo sabendo que suas criticas são nefastas. O que o prefeito deveria fazer era pegar essa joça juntamente com pirata e mandar de volta para sua cidade natal. De problemas nossa cidade tem de mais, só os nossos já bastam. Agora querer tiraram proveito de uma pessoa que não acrescenta nada para a cidade a não ser sujar com tantos cacarecos. Qual tipo de de artesanato praticado por este homem. Qual a atração turística, que tipo de turismo nós iremos ter com o tal Pirata?. Manda ele colocar esse fusca lá no Farol da Garra, e vejam se isso fica lá, eu duvido e aposto. Por favor, deixem de serem hipócritas e mande este ” PIRATA ” para terra dele, lugar de onde ele não deveria ter saído.
Caro blogueiro, poderia fazer a gentileza de corrigir meu sobrenome, anotado na décima linha. O correto é Mello. Obrigado.
O fusca não causava nenhum problema, mas é preocupante o aterro que estão fazendo nos manguesais no fundo hospital UDI e na Av. dos Africanos nas proximidades da entrada para o Pindorama. Espero que o Ministério Público faça alguma coisa para coibir essa que é uma verdadeira agressão ao meio ambiente.
Amigo, sou leitor frequente em sei blog e, por isso,
sinto à vingade para tecer meu pensamento acerca do que é divulgado.
Eu pergunto: nesse contexto de invasão ao patrimônio público, onde fica a ilha de sarney??
Outro ponto, por que razão a SMTT não multou e nem rebocou um só carro
das dezenas que estavam estacionados no canteiro central em frente ao shopping da ilha? Ou mesmo na avenida do
Maranhão novo?? Há interesses empresariais muito maiores que o
cumprimento da Lei???
Obrigado.
Hipocresia! O q VC fez para ajudar esse cidadão, bem como o Estado omisso.pq não fazem um a campanha para far um a casa out um emprego. E será q ele quer? Nao quer vver ness a mendicância? Poupe-me seu bloguueiro!
Ontem, 16/02 (domingo), Li, No Estado do Maranhão, um artigo escrito pela Dra. Sonia Amaral, Juiza de Direito da Capital, u artigo intitulado ‘Bonzinhos do Poder’, mais ou menos isso. Nele,a Dra., dizia que a atitude da Prefeitura em Tirar o Pirata do Fusca da Litoranea estava correata pois ninguem pode usar o espaço público.Pois bem. Será que a Praça Pedro II, onde esta localizado o Pala´cio da Justiça não é um espaço público? Se for, que a Justiça da qual a jornalista é Serventuária, mande returar os CARRÕES dos Desembargadores que ocopam todo o paseio público, demarcam o asfalto com o nome das autoridades dona do espaço, e não permitem que nenhum, MORTAL dele se servam. BELO EXEMPLO DA DR.Só que a Magustrada esqueçe dos seus SUPERIORES. PORQUE?
Sábias palavras mas infelizmente é como clamar no deserto